“Sin él, en el Chaco no hay ingenio, ni obraje, ni algodonal”: o mundo do trabalho nas fronteiras do Cone Sul (original) (raw)

2018, Anais do IV Congresso Internacional sobre História Regional: o expansionismo brasileiro sobre a bacia platina e a guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai.

Texto apresentado no IV Congresso Internacional de História Regional, de 11 a 13 de junho de 2018, na UFMS, Campus de Aquidauana-MS. O texto está publicado nos anais do evento (ver atalho na descrição). RESUMO: A frase inicial que dá título a essa proposta de comunicação foi registrada pelo funcionário do governo argentino incumbido de observar e relatar as condições dos trabalhadores no interior do país, em 1904. Juan Bialét Massé foi um dos primeiros agentes do Estado federal enviado para os longínquos territórios do norte e noroeste com este objetivo. Com a criação do Departamento Nacional del Trabajo, em 1907, o governo argentino enviaria intendentes com o mesmo objetivo em anos posteriores. Nas descrições que esses agentes fazem dos trabalhadores, da sociedade e da economia do interior do país, os indígenas [o él da frase no título] são presenças marcantes e a fluidez da fronteira é a marca indelével da região compreendida pelos territórios federais do Chaco, Misiones, Corrientes, Posadas e Jujuy (fronteiras nacionais da Argentina com o Brasil, Paraguai e Bolívia). Pretende-se, aqui, apresentar resultados iniciais das leituras do relato de Juan Massé, bem como dos inspetores do Departamento Nacional del Trabajo, publicados em boletins a partir de 1907, dialogando com a historiografia argentina e brasileira que se dedicaram ao estudo da colonização, exploração capitalista e o emprego de mão de obra indígena e não indígena no Paraguai, no norte e noroeste argentino e nos estados brasileiros do Mato Grosso e Paraná.