Diálogos sobre resistência: organização coletiva e produção do conhecimento engajado (original) (raw)

A formação da cultura de resistência e a experiência de luta na produção de saberes

Horizontes, 2015

Na busca por compreender como ocorre a produção ampliada da vida do povo Chiquitano que vive no estado do Mato Grosso, identificamos a formação de uma Cultura de Resistência resultante das experiências de conflitos travados pelo direito de ser e existir nos diversos contextos históricos que perpassam pela ancestralidade até a atual luta pelo território e pela garantia plena dos direitos humanos. O objetivo central deste trabalho é analisar a partir da discussão teórico-metodológica, servida pelas lentes do materialismo histórico-dialético, o processo educativo presente nas manifestações cotidianas da produção material e imaterial destas mulheres e homens a fim de refletir sobre os saberes da experiência e a educação que se faz no chão da resistência.

e-Book - Territórios de saberes: resistências que educam e transformam

2022

O LIVRO que tenho o prazer de apresentar é resultado de análises desenvolvidas por autores de diferentes formações acadêmicas e com diversificados temas, cujo intento é o de pelo menos, suscitar à discussão acadêmica sobre assuntos que, no meu entender, são extremamente atuais e merecem novas reflexões, novos olhares. A atualidade do tema, por exemplo, da construção social e cultural da mulata, essa figura ambígua, que serve para mascarar o preconceito e a discriminação racial, é um dos temas analisados no livro. A sempre necessidade de discutir sobre as lutas das mulheres por direito e emancipação, se une a uma outra problemática sempre emergente em nossa cultura: a questão da inclusão de pessoas com necessidades especiais na educação brasileira. Difícil imaginar, com base na realidade brasileira, a mulher na liderança de movimentos sociais, sejam eles rurais ou urbanos; pois no Movimento dos Sem Terra, a mulher assume este protagonismo. Na brigada Caétes as mulheres desenvolvem sua participação política com lutas diárias para concretização da reforma agrária, dentre tantas outras lutas. E como pensar o lugar da mulher na própria sociedade, dentro do binômio espaço público – rua, espaço privado – casa? E neste contexto, a violência de gênero? Sabemos que hoje, uma das mais eficazes empresas que ajudam na naturalização de valores e costumes próprios de uma cultura é os meios de comunicação. Aqui, o exemplo contundente é a exposição pública da violência contra a mulher e a sua naturalização como uma prática corriqueira, realizada, muitas vezes, por especialistas da área.

APRESENTAÇÃO - Diálogos Curriculares Brasil-Argentina: redes de resistências

Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências, 2020

Diante de retrocessos e ataques aos direitos na América Latina, em particular à educação, com reformas educacionais, centralização curricular e perseguição a professores e professoras, o dossiê que aqui apresentamos possui dois eixos temáticos, totalizando nove artigos. O primeiro eixo intitulamos de “redes de resistências curriculares na diferença”, e o segundo de “políticas curriculares para além das centralizações”. Nesses eixos, são problematizadas as múltiplas dimensões que envolvem conhecimento, formação de professores (as), diferenças (étnico-racial, gêneros e sexualidades) e políticas curriculares.

Educação e saberes culturais: vozes da resistência

Editora Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Open access publication by Atena Editora Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).

Produções coletivas e leituras compartilhadas: encontro como dispositivo de criação

Revista Polis e Psique, 2020

Nosso objetivo é apresentar um ensaio sobre a experiência de construção, realização e participação no Grupo Aberto de Orientação (GAO), criado em 2013 e que se configura como um dispositivo de criação, em encontros e atividades de leitura e escrita coletivas e solidárias. Composto por docentes e discentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de outras instituições de ensino superior, além de pessoas interessadas, não vinculadas a cursos de graduação ou programas de pós-graduação. Seu objetivo é a produção e discussão de textos de autoria dos participantes (projetos, dissertações, artigos, memoriais, etc.), de tal forma que todos tenham a oportunidade de vivenciar e conhecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão universitárias. A troca entre participantes tem oportunizado a vivência de uma prática de formação inovadora, socializando e produzindo novos saberes, na medida em que abre espaços que valorizem a diversidade e a pluralidade das atividades.

Rodas de conversas sobre o SUS potencializa as resistências no enfrentamento da pandemia

Saúde em Redes

O manuscrito tem como objetivo socializar a experiência coletiva do projeto “Rodas de Conversas sobre o SUS: educação permanente em saúde no enfrentamento da pandemia” de 2020. Construído a partir das necessidades de trabalhadoras(es) da linha de frente da saúde e assistência social, envolveu estudantes, docentes, movimentos sociais, conselhos de direitos. O cenário da pandemia tornou as demandas mais expressivas nos serviços municipais e provocou sentimento de indignação diante do descaso do Estado na ausência de respostas à crise sanitária e da barbárie explícita do projeto neoliberal e conservador que avança no país e na destruição do Sistema Único de Saúde. A aproximação e integração – estar juntas(os) em isolamento social – foi uma atitude de resistência e fundamental para defesa do direito à saúde e à vida. As rodas de conversas são dispositivos significativos e foram adotadas para integração formação-trabalho e potencialização dos sujeitos, na estratégia da Educação Permanent...

Resistencias compartilhadas; comunicação, liberdade e cidadania

Intercom, 2021

Mais uma vez, em meio à pandemia da Covid-19, a Cátedra Intercom manteve seu compromisso de difundir conhecimento por meio de encontros virtuais entre centenas de professores, pesquisadores, profissionais e estudantes da Comunicação. Uma atividade de construção hoje que deve se tornar em uma futura tradição. A partir do tema central dos Congressos da Intercom 2021 - Comunicação e resistência: práticas de liberdade para a cidadania – foi realizada a segunda temporada da série Lives Cátedra Intercom, no período de 20 de abril a 22 de junho de 2021. Foram 19 eventos com transmissão ao vivo na Plataforma Zoom para o público inscrito e, para o público em geral, pelo perfil da Intercom no Facebook: 17 lives organizadas por Grupos de Pesquisa da Intercom e 2 lives organizadas pela Cátedra Intercom. Este e-book é um dos três produtos derivados desta temporada.

A metáfora e a organização do conhecimento: como dialogam?

Informação & Informação, 2017

RESUMO Introdução: A partir do pressuposto de Johnson e Lakoff (1980), de que a organização cognitiva ocorre por via metafórica, procurou-se compreender como tal organização representaria o conhecimento. Objetivo: Propor a construção de um modelo teórico de filtro de recuperação da informação, a que se denomina de metafiltro. Metodologia: Foram analisadas as produções discursivas de um grupo de pesquisa que congrega pesquisadores iniciantes e experientes, no intuito de depreender as metáforas utilizadas para representar seu objeto de pesquisa e seu campo de conhecimento. Resultados: Pela análise, percebeu-se a metáfora ontológica da área, quer dizer, aquela que norteia todas as representações do campo, a saber: Transporte é rede sistêmica. Conclusões: A identificação da metáfora ontológica e das demais metáforas de um campo do conhecimento, quando associadas às facetas propostas por Ranganathan (1967), permite conseguir maior precisão na recuperação de informações inseridas em uma enorme base de dados como a internet. Palavras-chave: Metáfora. Organização do Conhecimento. Recuperação da Informação. Metafiltro. 1 Este texto teve como base a reflexão iniciada em A representação metafórica como filtro de recuperação da informação, publicado na revista on line DataGramaZero-Revista de Ciência da Informação-em 2001. Evelyn Orrico A metáfora e a organização do conhecimento: como dialogam?

Educação e saberes culturais: vozes da resistência (Atena Editora)

Educação e saberes culturais: vozes da resistência (Atena Editora), 2023

O Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Educação e Cultura do Campus do Tocantins/Cametá, da Universidade Federal do Pará, vem realizando há oito anos a formação de mestres e mestras na região do Nordeste paraense, atendendo a uma antiga demanda social e intelectual que nasceu nos idos dos anos 1980, com a fundação do núcleo que viria a se tornar o maior campus universitário dessa região. Com duas linhas de pesquisa — Culturas e Linguagens e Políticas e Sociedades —, às quais se associam docentes e discentes do Curso de Mestrado em Educação e Cultura, o PPGEDUC/UFPA realiza, além da formação acadêmica e pesquisas, eventos de abrangência regional e nacional. Um desses eventos a cargo do PPGEDUC/UFPA foi o IV Colóquio da Linha de Pesquisa Culturas e Linguagens, em 2021, sob a coordenação da professora Vilma Aparecida de Pinho e do professor José Valdinei Albuquerque de Miranda, o qual resultou nesta obra.