A HISTÓRIA CANTADA: HISTÓRIA, CULTURA E MÚSICA (original) (raw)
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HISTÓRIA E ARTE TECENDO A CULTURA
Polos de Cinema: formas de desenvolvimento e integração entre nações, 2019
Este livro é parte da coleção de livros que reúnem o resultado das pesquisas de historiadores diversos, nucleados no tema em questão desde o ano de 2016. A oportunidade do encontro presencial ocorreu primeiramente no evento intitulado III Colóquio da ADHILAC Internacional no Brasil e III Congresso Internacional de História e Literatura Latino-Americana e Caribenha realizado nas dependências na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) entre 8 e 11 de novembro 2016, por ocasião da XV Semana de História- graduação e pós-graduação, dessa mesma universidade. Um ano depois, novo encontro, oportunizado pela XVI Semana de História - graduação e pós-graduação, entre 18 e 22 de setembro.
HISTÓRIA E MÚSICA POPULAR: UM MAPA DE LEITURAS E QUESTÕES
Este artigo traça um roteiro de leituras e questões teórico-metodológicas em torno da reflexão historiográfica sobre a música popular brasileira. Partindo de uma experiência pessoal de formação e pesquisa, aponto tendências de investigação histórica, problemas heurísticos e debates metodológicos que vêm marcando o campo historiográfico da música popular desde os anos 1980. Além de mapear o estado da arte, o artigo sugere novos temas e pro-blemas de trabalho sobre a música brasileira. Música popular: historiografia • História cultural • Música popular: Brasil This article intends to be a map of the historiographic questions on Brazilian popular music. Based on my personal experience as scholar, I propose research trends, heuristic problems and methodological debates, which characterize the agenda of popular music studies in Brazil since 1980's, from a historiographic perspective. Besides this points, the article proposes further themes and problems to new researches on Brazilian music.
"A PALAVRA CANTADA NÃO É A PALAVRA FALADA": A CANÇÃO POPULAR NO ENSINO DE HISTÓRIA
Perspectivas para a pesquisa e o ensino em História da Música na contemporaneidade, 2019
O processo de compreensão das experiências passadas se apresenta das mais variadas formas na vida do homem. Dentro e fora dos limites da educação formal, são diversos os elementos que esbarram cotidianamente na vida dos indivíduos, sendo responsáveis pela criação de narrativas sobre a sua própria vida e a vida do meio no qual ele se insere. Entre tantos vestígios, há uma grande dificuldade em relatar quais dessas vozes do passado têm maior importância e quais delas ressoam com maior frequência na identidade dos sujeitos e dos povos. Apesar de não haver delimitação exata, não se pode negar que-no contexto brasileiro-a música tem um grande protagonismo nesses encontros dos homens com o seu passado. Nos mais distintos períodos da história do país, a construção sonora produzida pela música foi capaz de revelar determinados ordenamentos sociais, explicitar crenças, criar uma imagem sobre certos lugares e colocar em debate os problemas cotidianos. No âmbito da história produzida academicamente, essa importância da música se desenvolveu de modo bastante peculiar, com visível avanço no final do século XX. De lá para cá, o registro de dissertações e teses nos permite dizer que, mesmo que ainda haja muito material a ser pesquisado, já não faz muito sentido afirmar que esse campo de pesquisa ainda esteja dando seus primeiros passos. De fato, à medida em que os historiadores se aproximam da música como fonte histórica, maiores sãos seus desafios e maior é a necessidade de se aproximar das outras áreas do conhecimento que também lidam cotidianamente com essa expressão artística específica. Cabe aqui salientar que o enlace entre a História e a música também se desenvolveu em outro âmbito bastante importante: o do ensino de História. Nesse sentido, já é possível encontrar propostas prontas para trazer a música para as aulas de história, bem como relatos de sua aplicação bem-sucedida. Logo, assim como no meio acadêmico, essa prática passa a ser cada vez mais comum e, consequentemente, oportuniza outros modos de se pensar e debater sobre as experiências dos homens que viveram no passado. No entanto, é importante salientar que-mesmo havendo um certo paralelismo nos último campo vive uma recente revolução um tanto quanto mais dinâmica e desafiadora que a do primeiro. Isso porque, ao contrário da história acadêmica, o ensino de história esteve por muito tempo excluído do campo histórico, entendido apenas como uma questão de ordem didática que só poderia e/ou deveria ser tratado pela própria Pedagogia.
2012
Resumo: O artigo enfoca as possíveis relações existentes entre a história cultural e o teatro. Para tanto faz alusão às distintas acepções que essa arte possuiu no Ocidente, especialmente do ponto de vista da oposição entre o texto dramático e a encenação. Objeto semiótico complexo, o fenômeno teatral abarca também o público, o que significa que sua narrativa histórica deve abranger os dois lados da cena. Como encaminhamento e exemplificação de possíveis caminhos historiográficos são examinados três importantes títulos de teatrólogos internacionais, voltados às questões de método interpretativo: Marco De Marinis, Érika Fisher-Lichte e Juan Villegas. Palavras chave: história; teatro; história cultural; teatrologia. Há um crescente interesse pelo teatro entre os historiadores, o que pode ser constatado pela publicação de vários trabalhos recentes. Todavia, tal como ocorre com outras áreas sobre as quais somente agora começam a se manifestar os historiadores-tais como a biologia, a tec...
História da Música na Madeira, 2021
A redação deste livro foi realizada com bastante entusiasmo e espero que esse mesmo sentimento passe para o leitor. A história da música na Madeira teve um conjunto elevado de protagonistas, de espaços de atuação, de repertórios e estilos variados, que demonstram a riqueza da atividade musical aqui ocorrida. A concretização deste projeto é também a demonstração do avanço que os estudos musicológicos tiveram nos últimos 15 anos na Madeira. Creio que seria impossível a realização deste projeto em finais do século XX. Os estudos musicológicos mais recentes, publicados na Coleção Madeira Música, bem como um conjunto de investigações de diversos autores, vieram permitir reconstituir a história da música na Madeira de uma forma mais pormenorizada, factual e menos especulativa do que no final do século passado. De qualquer modo, há ainda muito para pesquisar e compreender na história da música da Madeira e este livro apresenta também um conjunto de limitações, resultantes dessas ausências. Assim, é honesto admitir que este livro ainda é um puzzle a que faltam muitas peças, e que oferece uma imagem ainda muito fragmentária do nosso passado musical.
O USO DE MÚSICAS COMO FONTE HISTORIOGRÁFICA E DIDÁTICA
O presente trabalho tem por objetivo discutir a utilização de fontes musicais no ensino da história, como alternativa de interação do ensino com a realidade do educando, fundamentando na pedagogia libertadora de Paulo Freire. Primeiramente faz-se uma análise da História como conhecimento científico, também delimitando-a no âmbito do ensino. Também há a crítica quanto o modelo científico, com seus métodos e justificativas, e sua nas escolas, relacionando isso à concepção de ensino bancário de Freire. Faz-se também à análise sobre o estudo das diversas fontes, seu acesso e pluralidade na modernidade, especificando na fonte musical e sua utilização como forma diferenciada de didática, devido sua capacidade como ferramenta na construção do aprendizado em comunhão do educador com o educando. Analisando a música e o contexto de circulação, mostra uma diversidade de perspectivas na história apresentando novas ferramentas para o educando também fazer o desnudamento do mundo. No terceiro momento coloca-se em prática uma análise de rigor crítico de duas músicas "Mosca Na Sopa" e "Metrô linha 743" de Raul Seixas como fonte musical de ensino de história, examinando essas fontes e elaborar o processo de contextualização e problematização dessas fontes na temática da Ditadura Militar, exemplificando o uso da fonte musical a partir da sua análise e contextualização. No último momento, completa-se este trabalho abordando o ensino com fonte musical como uma forma de construção do conhecimento numa forma crítica e transformadora, considerando a viabilidade da utilização da música como ferramenta de aprendizado consciente do sujeito no modelo da pedagogia libertadora. Palavras-chave: ensino de história; fontes musicais; pedagogia freireana; didática. Introdução A história como área do conhecimento surge devido ao intuito e a necessidade do ser humano de certas respostas e explicações sobre seu surgimento, atuações, e reflexos dele, no tempo. Debruçamo-nos sobre o passado para tentar compreender o que estamos passando no momento atual ou amenizar angústias com teorias que nos aproximam do passado, a partir de diversas fontes
O PROJETO CULTURAL " MÚSICA E SOCIEDADE " COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DA HISTÓRIA
Revista Querubim (UFF), 2017
O empreendimento cultural “Música e Sociedade”, desenvolvido pelo músico paulista Rebello Alvarenga, tem possibilitado o acesso de um grande público – nacional e estrangeiro – a amplo conteúdo relacionado a aspectos que envolvem o universo musical e suas mais diversas idiossincrasias. Pode-se ter acesso, nesse sentido, a artigos, reportagens, entrevistas e vídeos que abordam e discutem questões caras ao conhecimento histórico, sobretudo no que tange à própria relação entre a música e o campo social. De forma central, o presente artigo visa, portanto, apresentar o empreendimento cultural “Música e Sociedade” como recurso didático no ensino da ciência histórica. Assim, entendendo que por meio do conteúdo desenvolvido pelo projeto haja a possibilidade de um diálogo interdisciplinar entre a música e a história, será feita, em primeiro lugar, uma breve discussão sobre essa possível relação na educação e, por fim, uma explanação sobre os possíveis usos do conteúdo do site em sala de aula.