Reações ao ceticismo radical (original) (raw)
Related papers
A resposta contrastivista ao ceticismo
O contrastivismo epistêmico (conforme formulado por Jonathan Schaffer) oferece uma resposta ao ceticismo sobre nosso conhecimento do mundo exterior. Apresentaremos essa resposta e a objeção de Duncan Pritchard ao contrastivismo. Por fim, apontaremos uma saída para o contrastivista diante dessa objeção.
As respostas de Berkeley ao ceticismo
DoisPontos, 2004
O artigo compara alguns aspectos da refutação do ceticismo nos Princípios e nos Três diálogos. Embora normalmente não se veja nenhuma diferença importante entre essas obras, duas hipóteses são defendidas aqui: de um lado, Berkeley desloca o foco de sua crítica das idéias abstratas para a noção de matéria e, de outro, muda sua estratégia de combate, da enunciação imediata da verdade para a lenta elaboração das consequências céticas da noção de matéria. Berkeleys answers to skepticism The topic of this paper is a comparison between Berkeley´s refutation of skepticism in the Principles and in the Three Dialogues. It is usually held that there is no philosophical difference between these two works. However, I suggest that not only Berkeley´s diagnosis of the causes of skepticism changes from his criticism of abstract ideas to the notion of matter, but also that he changes his strategy of refutation: from a direct statement of the truth of immaterialism to an examination of the conseque...
O ceticismo como via de tolerância
Ethica, 2010
Pretende-se traçar, inicialmente, as linhas gerais dos argumentos necessários ao estabelecimento de uma relação entre o empirismo e o racionalismo, salientando o potencial opressivo e repressor dessas teorias do conhecimento quando aplicadas à elaboração de preceitos valorativos e recomendações morais. Em seguida, toma-se como tarefa mostrar que, no ceticismo, a ausência de determinados pressupostos realistas aponta para uma possibilidade de coexistência não-discriminatória que prescinda de valores abstratos, favorecendo uma conduta mais tolerante diante do intelectualmente indesejável. É a convicção acerca da segurança e/ou objetividade de nossas asserções que nos permite rejeitar algo que se nos apresenta, sendo responsável pela idéia de que, conhecendo objetivamente o que rejeitamos, somos capazes de saber também o que fazer para conformá-lo àquilo que julgamos como sendo objetivamente aceitável e melhor. Entretanto, a tolerância deveria consistir em uma admissão incondicionada da realidade tal como se apresenta, sem a pretensão de tornarmos tolerável o intolerado. The article initially aims to present some necessary arguments that will help establishing a relationship between empiricism and rationalism, underlining their ability to oppress and repress, when both theories are applied to the structuring of evaluative precepts and moral prescriptions. Secondly, the paper shows that, within skepticism, the absence of realistic presuppositions opens possibilities for a non-discriminatory coexistence that is independent of abstract values, which favors a more tolerating conduct toward non-desirable, intellectual behaviors. It is one's convictions concerning the accuracy and objectivity of one’s assumptions that let them reject all counterarguments. These convictions still make one think that they are able to know what to do to repair mistakes according to their supposedly correct rationale. However, tolerance should consist of an unconditional acceptance of reality, such as it is presented, not intending to make tolerable what is considered to be intolerable.
(2017) Disjuntivismo epistemológico e ceticismo radical
Veritas, 2017
Epistemological disjunctivism is a philosophical theory that has received special attention in the recent years. Particularly because it has been seen by many as a way of renewing discussions that range from the nature of justification of our daily beliefs to the possibility of unveiling the structure of the problem of radical skepticism and of responding to it. Duncan Pritchard is one of the authors who have offered a particular view of disjunctivism and ways of conceiving of disjunctivist treatments to such questions. His work has as its main source of inspiration the seminal work of John McDowell. In this paper, I present a way of understanding the problem ofradicalskepticism and the mannerin which epistemological disjunctivism aimsto offer solutionsto it. In orderto do that, I present McDowell’s general proposal and discuss in which way his account differs from Pritchard’s own disjunctivism. At the end, I try to show how Pritchard’s approach tries to respond to radical skepticism not only by appealing to a disjunctivist reading of our epistemic position, but also by offering a revision of our structure of reasons.
Agradeço ao Professor Dr. Marco Antonio Frangiotti, meu orientador, por sua importante contribuição para a minha formação acadêmica e filosófica.
Este livro parte da origem dos problemas associados ao jiadismo radical e vai até à análise de todas as variantes e fatores potenciadores, da história à evolução das religiões, da geopolítica à complementaridade das ameaças e riscos, das ambições globais aos interesses regionais e locais. São apresentadas, também em vários níveis, as respostas possíveis, desde a contenção do fenómeno, onde o mesmo é mais visível, até às ações de prevenção dentro de cada nação. No fundo, apresenta-se uma abordagem holística, quer das múltiplas dimensões do problema quer da resposta, e apenas assim será possível, verdadeiramente, vencer.
Rejane Carrion 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul O ceticismo põe em dúvida, de forma extremamente rigorosa e conseqüente, nossa capacidade de chegar a crenças verdadeiras justificadas. Para salvar, contudo, a comunicação e a ação, impossíveis sem uma base de crenças compartilhadas, o cético apela a uma linguagem destituída da força ilocuciontiria da asserção, ou a um domínio natural ou prático, capaz de fornecer certezas, ao mesmo tempo, não fundadas e não sujeitas a dúvida. Procura-se mostrar que um ceticismo contemporâneo encontra bloqueadas ambas essas saídas, o que o obriga, pelo menos, a se tornar muito mais radical.
As Reações aos Pós-modernismos
Filosofia e Educação, 2010
A Revista Filosofia e Educação – Revista Digital do Grupo de Estudos e Pesquisas Paideia – abre um importante espaço para a publicação do dossiê intitulado Epistemologia e teorias da Educação: as reações aos pós-modernismos, que estampa as comunicações das mesas-redondas e os trabalhos apresentados no III Seminário de Epistemologia e Teorias da Educação (EPISTED) e no IV Colóquio de Epistemologia da Educação Física, ambos realizados na Faculdade de Educação da Unicamp nos dias 09, 10 e 11 de dezembro de 2008.
Celeuma, 2013
celeuma walter garcia põe em confronto os "radicalismos" nas canções de João Gilberto, Chico Buarque e dos Racionais MC's 1. A ALEGRIA MELANCÓLICA DE JOÃO GILBERTO* Em novembro de 1992, Lorenzo Mammì publicou "João Gilberto e o projeto utópico da bossa nova". No ensaio, percebia-se um contínuo ir-e-vir entre a forma artística (que se queria descrever) e o processo histórico (condensado na e potencializado pela forma artística). Citando livremente uma passagem de Antonio Candido, diga-se que o movimento buscava a análise do elemento social "como fator da própria construção artística, estudado no nível explicativo e não ilustrativo"[1]. E citando mais livremente uma passagem de outro crítico literário, Roberto Schwarz, diga-se que o ensaio identificava, na obra de João Gilberto, a capacidade de "formalizar, explorar e levar ao limite revelador as virtualidades de uma condição histórico-prática"[2].
O comportamento diante do paradigma behaviorista radical
A questão da definição de comportamento frequenta a literatura científica de diversas áreas do conhecimento há mais de um século, sem que os pesquisadores tenham estabelecido acordo sobre aspectos fundamentais envolvidos no tema. As principais discussões estão vinculadas à identificação ou não do termo com atividade, ação, relação, evento e interação. Este artigo recupera parte do contexto histórico de evolução do termo, aponta implicações derivadas de se optar por alguma dentre as principais definições disponíveis e elabora um cenário analítico que – espera-se – possa contribuir com a comunidade de analistas do comportamento para realizar escolhas consistentemente contextualizadas de uma definição de comportamento especialmente direcionada ao âmbito do comportamento operante tal como formulado pelo Behaviorismo Radical.