A NOVÍSSIMA LITERATURA PORTUGUESA: NOVAS IDENTIDADES (original) (raw)
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A NOVÍSSIMA LITERATURA PORTUGUESA: NOVAS IDENTIDADES DE ESCRITA
Resumo: À luz do que denominamos como contemporâneo, marcada pela necessidade de redescoberta do homem português, sua apreensão do real e posicionamento no mundo hodierno, são as principais características da literatura produzida em Portugal nos dias atuais. Associadas às diferentes formas de narrar e pensar a escrita Gonçalo M. Tavares, Nuno Camarneiro e Afonso Cruz, destacam-se entre os novos escritores portugueses. Rompem com a questão de narrar apenas dentro da identidade cultural a que estão associados, ao mesmo tempo alicerçam uma nova concepção do seu papel de inventor/criador de universos ficcionais. O espaço ficcional é por sua natureza o espaço das possibilidades. Palavras-chave: narrativa; contemporaneidade; literatura portuguesa contemporânea; identidade. Abstract: In the light of what it´s been recognized and accepted as contemporary, specifically concerning the Portuguese literature, there´s is an urge to rediscover and redefine what one understands by the Portuguese being and his/her insertion in the actual world. Gonçalo M. Tavares, Nuno Camarneiro and Afonso Cruz, are among the newest and most talented Portuguese writers who have been associated with different forms of narrating and of thinking fiction and character development. The three of them have chosen to surpass the cultural and national identity to which they would be directly associated, and, at the same time, have set the basis for a new way of conceiving/creating fictional settings. The fictional world and space, is, by its own nature, the arena for the experimentation of new possibilities.
AS NOVAS MÍDIAS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
RESUMO: Acrescente presença da imagem na comunicação verbal, principalmente na mídia, despertou o nosso interesse pelos textos multimodais, dentre os quais selecionamos o infográfico para objeto de estudo. Diante da pouca atenção dispensada pela lingüística a esse gênero textual, percebemos que seria viável e interessante tentar contribuir para os estudos sobre a leitura de infográficos. Conceituamos o infográfico enquanto um gênero textual, não apenas um recurso ilustrativo agregado a um texto verbal. Nosso trabalho, portanto, busca ampliar um pouco mais a visão sobre a leitura de um gênero ainda pouco explorado ne lingüística textual e levantar questões sobre a multimodalidade no contato entre infográfico e notícia no discurso da informação. ABSTRACT: The growing presence of the image in verbal communication, especially in the media, raised the interest for multimodal texts, such as the infografic for the object of study. Despite the little attention which linguistic studies give to this textual genres, consequently found out that it would be possible and interesting to contribute to the reading of infografics, approaching them in relation with another genre, the news. I define the infografic as a textual genre, not only an illustration added to the verbal text. This thesis, therefore, has the purpose of enlightening the vision about the reading of a genre wich is still little explored in the textual linguistics, and of raising questions about the multimodality in the contact between infografic and news in the discourse of information.
PROFISSÃO? AUTORA. NOVAS FIGURAS AUTORIAIS DA POESIA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA
O presente artigo pretende refletir sobre o conceito autoral perspetivado na atualidade e do seu tratamento pelas poetisas portuguesas contemporâneas, Adília Lopes e Filipa Leal. Focar-se-á, em particular, de que forma se é autora e as implicações decorrentes deste posicionamento social e profissional na obra escrita por mulheres.
NOVAS CARTAS PORTUGUESAS AINDA HOJE: POÉTICA DO FEMININO E TESTEMUNHO
O presente trabalho visa analisar a “potência poética” das escritoras Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa no livro "Novas Cartas Portuguesas", no qual se centra no dialogo ousado da mulher que luta contra os valores patriarcais da sociedade portuguesa. Suas autoras, inseridas neste contexto de mudanças, constroem uma obra repleta de histórias individuais de mulheres que sofrem injustiças familiares, políticas e religiosas, despertando um novo olhar acerca da identidade feminina. A obra denuncia, de forma crítica e sutil, o peso da tradição sofrida pelas mulheres da época. A dimensão se dá ao falar abertamente de assuntos que sempre foram ocultados e vistos de maneira pejorativa, como: o corpo e o desejo físico, sexualidade, o prazer feminino, o fingimento como forma de alimentar a ilusão da virilidade masculina, o estupro, a virgindade. Já o livro "Minha Histórias das Mulheres", de Michelle Perrot resume a história das mulheres. A obra está dividida em cinco partes: Escrever a história das mulheres; O corpo; A alma; O trabalho das mulheres; Mulheres na cidade; e busca desenvolver uma visão pessoal do tema, o que não se faz possível, pois o trabalho dela remonta a relação com os homens e com outras mulheres, com as crianças e com o papel de ser mãe; como também as representações do feminino, do masculino e suas implicações nas classes sociais e no ambiente público e privado. Com base na leitura destas obras, pretende-se demonstrar a importância desses relatos na história das mulheres através de um paralelo entre as narrativas que denunciam as mazelas femininas presentes no livro das "Marias" e a construção, preservação e importância das histórias femininas defendidas por Michelle.
Revista Eletrônica Interfaces, 2020
Resumo: O artigo, de cunho documental, tem foco na questão da formação do leitor literário a partir das concepções teóricas norteadoras da Base Nacional Comum Curricular, Língua Portuguesa, ensino fundamental, anos finais. Traçamos um panorama do ensino de literatura atual nas escolas brasileiras à luz de referencial teórico que consiste das pesquisas de Dalvi, Rezende e Jover-Faleiros (2013), Rouxel (2013; 2013a) e Rezende (2013; 2013a; 2018). Identificamos uma relação possível que se estabelece, por meio da BNCC, entre a formação de leitores literários e as abordagens dos Multi- (NEW LONDON GROUP, 2006 [2000/1996]) e Novos Letramentos (KNOBEL; LANKSHEAR, 2007; LANKSHEAR; KNOBEL, 2008). Os resultados das análises sinalizam que o documento pode embasar, de forma pertinente, mudanças necessárias para a formação de leitores literários no contexto atual do país.
Atuais «vanguardas» literárias em língua portuguesa
100 Futurismo, 2018
As obras distinguidas pelo Prémio Literário José Saramago1 – a saber: Natureza Morta, de Paulo José Miranda (1999), Nenhum Olhar, de José Luís Peixoto (2001), Sinfonia em Branco, de Adriana Lisboa (2003), Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares (2005), o remorso de baltazar serapião, de Válter Hugo Mãe (2007), As Três Vidas, de João Tordo (2009), Os Malaquias, de Andréa del Fuego (2011), os transparentes, de Ondjaki (2013) e As Primeiras Coisas, de Bruno Vieira Amaral (2015) – serão o ponto de partida para a reflexão acerca do que é possível entender como sendo as atuais «vanguardas» literárias em língua portuguesa. Cem anos após o movimento das vanguardas do século XX, o que devemos entender como vanguardas literárias do século XXI? Existem pontos de contacto entre as literaturas novas que se produzem em língua portuguesa? Jovens escritores terão necessariamente uma escrita jovem? De que modo o discurso crítico recebe novas obras e novos autores? Qual o papel da edição na criação e receção de literaturas novas?
ENTRE O CÁ E O LÁ DO ATLÂNTICO: REFLEXÕES SOBRE LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
ENTRE O CÁ E O LÁ DO ATLÂNTICO: REFLEXÕES SOBRE LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA, 2023
O livro Entre o cá e o lá do atlântico: reflexões sobre literaturas de língua portuguesa é resultado de pesquisas realizadas no Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal de Mato Grosso e do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Universidade do Estado de Mato Grosso. Este compilado tem a finalidade de trazer à comunidade acadêmica e aos estudiosos da literatura textos que versam sobre a Literatura Brasileira, Literatura de países africanos de Língua Portuguesa, Literatura Afro-brasileira, Literatura Portuguesa e, em uma perspectiva dos estudos comparados, alguns textos trazem estudos um diálogo entre essas literaturas.
NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: TRADIÇÃO E RUPTURA
Nova Gramática do português brasileiro. Para uma obra que trata da língua falada neste país, seria difícil imaginar um título menos previsível. Quando pensamos no nome de um livro que descreve a língua, a primeira palavra que nos ocorre é "gramática". E o idioma que tem servido de espaço de comunicação para os 185 milhões de habitantes que o Brasil tem hoje é incontestavelmente isso: o "português brasileiro". Não nos deixemos enganar pelas aparências: com seu título aparentemente tão banal, esta é uma obra altamente inovadora.