MORGADO, Fernando, SANTA CRUZ, Lúcia. Da especialização à variedade: Globo e Jovem Pan como opções de programação eclética no FM. Revista Rádio-Leituras, Mariana, v. 9, n. 1, p. 9-28, jan./jun. 2018. (original) (raw)
Related papers
O presente artigo discute o ecletismo em rádios FM, banda de frequência que há anos é dominada por emissoras segmentadas. Através do método de análise documental, abor-da as mudanças executadas pelas rádios Globo do Rio de Janeiro e Jovem Pan FM de São Paulo entre 2012 e 2016, a fim de indicar as razões dessa opção de programação, que ocorre ao mesmo tempo em que a audiência do AM cai incessantemente e a crise econômica se aprofunda.
Este artigo analisa a grade de programação das emissoras que transmitem jornalismo esportivo no rádio comercial hertziano em Porto Alegre. Utiliza como base teórica a economia política da comunicação, observando princípios gerais descritos por . Considera a vigência, na comunicação de massa, de uma fase de multiplicidade de oferta e, no rádio mais especificamente, de uma fase da convergência (FERRARETTO, maioago. 2012). Parte ainda dos conceitos de segmento, formato, programação e programa (FER-RARETTO, 2014) para estudar as grades das emissoras do segmento de jornalismo, identificando semelhanças e diferenças. Posse de Bola, Sala de Domingo e Sala de Redação; (3) Programas de entrevistas: Bandeirantes FC, Esporte & Cia, Esporte em Debate, Esporte na Boa, Grenal FC, Concentração, Domingo Esporte Show, Domingo Esportivo Bandeirantes, Sábado Esporte, Show dos Esportes e Último Toque, e. Como programas de entrevistas, no caso, com um convidado apenas: Na Marca do Pênalti e Paredão do Guerrinha; e (4) Jornada esportiva: as quatro rádios possuem o mesmo padrão de apresentação dos jogos. Nesta última, há a preparação para a partida -Esperando o Futebol, Jogo Aberto, Pré-Jornada e Tarde de Futebol-, a transmissão em si da partida e, após, a repercussão pós-jogo -Balanço Final, Prorrogação, Vestiário e a sequência da Tarde de Futebol). Na categoria de informativo especializado, há programas com temáticas específicas, que fogem da pauta diária. São atrações especializadas em esportes específicos, como futebol americano, automobilismo, lutas e futebol internacional: Bola Oval, Futebol pelo Mundo, Guaíba 300 por Hora, No Mundo da Bola, Nocaute Guaíba, Planeta Bola e Troca cão Pura.
2020
A partir dos conceitos de televisão formulados por Wolton (1997) e Chandler e Munday (2011), o presente artigo trata de posicionar a Tupi do Rio de Janeiro como a emissora pioneira em transmissões experimentais de TV dentro dos Diários Associados. Fundamenta-se em registros obtidos em livros e periódicos, todos eles tratados através do método de análise documental à luz de Bardin (2011). Visa, assim, contribuir com o registro da história da TV Tupi e da televisão brasileira em geral, cuja narrativa hegemônica não dedica espaço justo ao trabalho realizado pelos pioneiros cariocas.
2021
Inserido no campo da história das instituições delimitado por Michael Schudson (1993), o presente artigo aborda os primeiros dez anos das Empresas Bloch no setor de radiodifusão. Esse período se inicia em 1971, quando ocorre a compra da Rádio Federal, e se estende até 1981, ano em que o grupo conquista as concessões que deram origem à Rede Manchete de Televisão. Discute os sucessos e fracassos obtidos pelos Bloch no rádio e aponta os legados que deixaram para o meio. Considera a periodização histórica proposta por Ferraretto (2012) e as tendências apontadas por Ortriwano (1985). Em termos metodológicos, combina pesquisa bibliográfica (STUMPF, 2005), entrevista em profundidade (DUARTE, 2005) e análise documental (MOREIRA, 2005).
Anais do XII Encontro Nacional de História da Mídia, 2019
Com base na economia política da comunicação, apresenta uma proposta de periodização para a história da televisão no Brasil focada no predomínio das emissoras comerciais e considerando a evolução do sistema capitalista. Toma como variáveis o ambiente comunicacional em que se tornou a sociedade brasileira, os aparatos técnicos de transmissão e recepção empregados, os tipos de conteúdo ofertados e os hábitos de consumo da audiência. Identifica como pontos de corte tecnologias fundamentais para a compreensão do processo: (1) videoteipe e transmissão via satélite; e (2) controle remoto, telefonia celular, televisão por assinatura, internet e dispositivos móveis. Propõe a divisão da história da TV brasileira em três fases – de implantação, de concentração na oferta e de concentração na demanda –, elencando as características de cada uma.
Animus, 2023
Analisa a adaptação de formatos de programação relacionados ao radiojornalismo, conforme desenvolvidos nos Estados Unidos, à realidade midiática do Brasil, questionando a adequação do uso da expressão all-news ao realizado no país. Descreve a consolidação das emissoras dedicadas com exclusividade ao jornalismo dentro da fase histórica de segmentação do rádio brasileiro (FERRARETTO, maio-ago. 2012), procurando destacar as particularidades do que é feito no país. Assim, posiciona as pioneiras nesse estilo de programação – Jornal do Brasil AM, do Rio de Janeiro, e Gaúcha, de Porto Alegre –, centrando-se na ideia de que, para ter sucesso, no Brasil, formatos do rádio norte-americano como all-news, all-talk, talk and news e news-plus precisaram se adaptar à realidade local (MEDITSCH, jul.-dez. 2002).