Reflexões Sobre A Identidade Nacional Nos Choros Para Piano Solo De Radamés Gnattalli (original) (raw)
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Reflexões sobre a Identidade Nacional
1992
Este texto foi elaborado pouco tempo depois de Março de 1992. Procurou fazer-se um breve estudo sobre a identidade nacional num tempo de incertezas consequência da recente adesão à Comunidade Europeia. Vivia-se o desconhecido que representava uma mudança quase radical nos hábitos dos Portugueses. Havia um desejo de salvaguardar valores e, ao mesmo tempo, acompanhar a oportunidade de participar num mercado que se abria e oferecia um corte com o passado ancilosado, que tinha sido abruptamente cortado haviam uns escassos e dolorosos dezoito anos. Portugal estava perdido e pensavam-se linhas de orientação que abrissem perspectivas para o futuro. Foi nessa perspectiva que foi escrito e pensado o presente texto e somos de opinião que terá de ser lido segundo esse ângulo de uma ansiedade mal escondida quando se tacteava ainda um futuro que se não vislumbrava. Um futuro que não se sabia se ia ser um tempo de mel ou um tempo de fel; um futuro que representava um corte com um passado de quinhentos anos de hábitos distantes do quotidiano europeu e de tradições e costumes muito próximos de uma vivência modesta e retrógrada.
Radamés Gnattali, a Era Vargas, o Rádio e a Construção da Identidade Nacional
O trabalho analisa a utilização da música popular brasileira e a importância de Radamés Gnattali, músico e compositor erudito, na construção da identidade nacional durante a Era Vargas que, por meio do rádio busca afirmar a ideologia do Estado Novo e criar uma cultura nacional brasileira. Gnattali trabalha nas estações de rádio e cria arranjos que reconfiguraram a música popular. Involuntariamente, contribui para um processo político do qual era crítico. A marca de popular da qual não se livrou vem interessando aos estudiosos de musicologia pelo rebatimento da influência na produção erudita.
Reflexões sobre a identidade nacional em josé ingenieiros
Historia Actual Online, 2011
Resumo: Este texto é parte de um projeto destinado a resgatar as concepções formuladas por Alberto Torres, Oliveira Vianna, Haya de La Torre, Mariátegui e José Ingenieiros sobre: identidade nacional, estado e organização nacional. O artigo tem por objetivo compreender como Ingenieiros, médico, sociólogo e escritor nascido na Itália, mas cuja produção intelectual se deu em Buenos Aires, compreendeu o tema da identidade nacional. Preocupado com a construção na Argentina de uma produção intelectual voltada para as questões nacionais, a obra de Ingenieiros marcou, profundamente, a vida acadêmica argentina dos anos de 1910 a 1920. Tendo escrito sobre temas os mais diversos, Ingenieiros destacou-se, porém, pela influência que exerceu entre os estudiantes que protagonizaram a Reforma Universitária de 1918.
Caracterização Da Identidade Nacional Na Obra "Macunaíma" De Mário De Andrade
Revista Linguagem em Foco, 2019
Embora sejamos alvo da massificação, que define a identidade como condição biológica, somos formados por múltiplas identidades, produzidas em processos de transformação. Para consolidar-se como nacional, a literatura modernista subverteu a ideologia romântica sobre a "alma brasileira imutável". Tematizando essa pluralidade étnica e cultural brasileira, Mário de Andrade em Macunaíma, publicada em 1928, cria um sujeito ambíguo, avesso, acumulado de baixezas e sem idealizações. Simbolicamente, "o herói sem nenhum caráter" sintetiza um "modo de ser brasileiro" – sem caráter definido e em metamorfose, concentrando em si virtudes e defeitos de um indivíduo multifacetado. Durante toda a narrativa, o protagonista percorre várias regiões do Brasil em busca da muiraquitã, pedra preciosa, única lembrança de seu amor Ci. Macunaíma vivencia aventuras na tentativa de recuperar o amuleto, mas o perde definitivamente. Finalmente, o herói se autodenomina uma estrela de ...