RENASCIMENTO (original) (raw)

RECONHECIMENTO

Dicionário de Filosofia do Direito, 2006

É importante começar o verbete sobre reconhecimento pela etimologia do termo na língua em que foi primeiramente articulado como conceito filosófico, o alemão, pois sua tradução para o português, assim como para o inglês, o espanhol e o francês, produz adaptações semânticas que não podem ser ignoradas. A palavra em alemão é Anerkennung, um substantivo derivado do verbo anerkennen, que, por seu turno, foi criado no século XVI a partir do modelo latino agnoscere. O verbo sobre o qual o termo foi construído é erkennen, que corresponde no ale-mão atual ao reconhecimento no seu sentido estritamente cognitivo: identificação de pessoa, coisa ou característica por saber prévio, seja ele produto de experiência direta ou não. Exemplo: eu reconheci você no meio da multidão. Erkennen também significa reconhecer algo para si próprio, como em reconheci meu próprio erro, um ato privado que pode ser feito somente no âmbito da consciência, portanto, sem maiores consequências práticas. Por outro lado, todos os significados de annerkenen carregam um sentido que extrapola o plano do meramente cognitivo. O verbo pode significar admitir, dando sinais externos desse ato, que uma pessoa ou uma coisa é algo, como em reconheço sua autoridade no assunto. Ou, ainda, aprovar, dar a conhecer, como quando pelo do uso da linguagem ou de sinais corporais deixamos claro que notamos a presença de uma pessoa. Por fim, annerkenen também quer dizer honrar alguém por seu valor, como em ele, enfim, foi reconhecido pelo seu público. Portanto, quando falamos de reconhecimento como conceito filosófico, estamos dialogando com o significado que o termo Annerkenung assumiu na língua e filosofia alemãs. A título de síntese, podemos dizer que o conceito filosófico de reconhecimento não significa simples-mente a identificação cognitiva de uma pessoa, mas sim, tendo esse ato como premissa, a atribuição de um valor positivo a essa pessoa, algo próximo do que entendemos por respeito. O reconhecimento entrou para o discurso filosófico por obra de Hegel. Seu texto mais famoso sobre o assunto é a seção Senhorio e Escravo da Fenomenologia do Espírito, no qual o autor analisa o que ele chama de luta pelo reconhecimento.

RESSOCIALIZAÇÃO E REINTEGRAÇÃO: BREVE DEBATE

Temáticas, 2022

RESUMO: O presente trabalho busca apresentar e problematizar a ideia de ressocialização e reintegração a partir de um debate conceitual. Para isso, passa pela sua presença, como pano de fundo, nas políticas para o sistema prisional brasileiro até sua problematização sociológica. Atesta que enquanto outros países apontam para um declínio no ideal reabilitador juntamente ao crescimento exponencial da população encarcerada, no Brasil, apesar de seu caráter punitivo e das altas taxas de encarceramento, esse discurso é relativamente novo e ascendente. O percurso metodológico conta com revisão bibliográfica sobre a literatura relacionada ao tema e revisão de normativas legais em sites oficiais a partir de uma abordagem qualitativa. Com isso, questiona a forma como a população prisional é concebida, assim como a entrada de certos direitos e benefícios nos cárceres brasileiros e as justificativas para a existência e permanência histórica das prisões que, ainda que indiretamente, contribui para a legitimação da própria instituição.

A RESSONÂNCIA

Começamos com um exemplo simples: uma corda de violão bem esticada entre dois pontos fixos. Você dedilha essa corda e ela vibra, emitindo um som. É claro que as extremidades da corda, que estão presas, não vibram. Outros pontos da corda vibram com maior ou menor deslocamento. Vamos dar nomes aos bois: pontos da corda que não vibram serão chamados de NÓS da corda vibrante. Pontos que vibram com deslocamento máximo serão chamados de ANTINÓS da corda vibrante. As extremidades presas, é claro, sempre são NÓS, mas podem haver outros NÓS na corda. A animação ao lado mostra uma possível forma de vibração da corda, com os dois nós das pontas e um antinó no meio da corda. Nessa animação, o deslocamento está super-exagerado para facilitar a visualização. Na corda de violão esse deslocamento não passa de um milímetro. Acontece que esse é o jeitão preferido de uma corda de violão vibrar, com um nó em cada ponta e um antinó no meio. Esse modo de vibrar é chamado de MODO FUNDAMENTAL da corda vibrante.

" DO NASCIMENTO AO RENASCIMENTO"

Todos os humanos passam pelos portais da morte, mas quais deles o fazem com conhecimento, conscientemente, e com calma?" CASA LUZ DA COLINA -Outubro 2008 -BRASIL Filosofia da morte baseada em Paul Brunton -2

DIVORCIO E RECASAMENTO

"O qual (Jesus Cristo) convém que o céu contenha até aos tempos da de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio." (Atos 3:21).

ACÚSTICA, MÚSICA E ARQUITETURA NA RENASCENÇA

2021

Este trabalho aborda a acústica arquitetônica das igrejas e teatros da renascença, buscando traçar como se deu a relação entre música, arquitetura e a ciência acústica desses espaços. Observando de forma objetiva e subjetiva o perfil acústico de algumas igrejas e teatros, além do pensamento renascentista quanto à acústica e a música, chega-se à conclusão de que as três áreas do conhecimento e do fazer estiveram, desde a antiguidade, interlaçados. A tradição musical ocidental foi em boa parte determinada pela acústica dos espaços físicos onde ela era realizada, e a música também esteve presente no pensamento e planejamento dos construtores renascentistas. Parâmetros atuais de acústica aplicados em igrejas e teatros permite averiguar até que ponto e com que efeito foi feita a manipulação consciente da dinâmica do som, tanto no fazer musical como arquitetônico.

UMA REVOLUÇÃO CHAMADA RENASCIMENTO Nova proposta do ser e viver

Ao longo dos séculos XV e XVI, muitas sociedades da Europa Ocidental passaram por um processo de renovação da cultura e das mentalidades, tempos de inquietação intelectual e questionamento aos padrões da cultura medieval definidos pela Igreja Católica. Esse movimento renascentista influenciou as artes, a literatura, a ciência, a filosofia, a política, a economia e a religião, instituindo novos valores, explorando a diversidade de ideias, defendendo a livre expressão do espirito crítico, e consequentemente mudando o modo de pensar e viver de uma grande parcela da sociedade europeia em um confronto de oposição inserido no núcleo do status da hierarquia social vigente (Teocentrismo X antropocentrismo).

SOFRIMENTO E RESSIGNIFICACAO

Este estudo investiga o sofrimento psíquico no âmbito profissional sob a lente da Psicodinâmica do Trabalho, focando em como a interação entre o indivíduo e a instituição influencia a saúde mental. A ênfase recai sobre a identificação e aplicação de métodos para reconfigurar o sofrimento em experiências positivas. Através de uma revisão sistemática, o estudo visa desvendar os fatores críticos que contribuem para os problemas de saúde mental dos educadores, ressaltando a necessidade de entender as demandas organizacionais e a capacidade do indivíduo para negociar em situações adversas no trabalho. A pesquisa examina a dinâmica entre as aspirações dos empregados e as exigências dos empregadores, argumentando a favor de uma maior flexibilidade na gestão do trabalho para aumentar a autonomia dos funcionários, aliviando assim o sofrimento e fomentando a saúde mental. Estas considerações têm o propósito de enriquecer a discussão sobre as estratégias de enfrentamento dos problemas de saúde mental no local de trabalho. Conclui-se que o sofrimento individual ocupa um papel crucial no debate acerca dos efeitos do ambiente de trabalho sobre a saúde mental, salientando que a análise do estresse laboral, suas causas e possíveis soluções é essencial para criar ambientes de trabalho mais propícios ao bem-estar e à humanização.