Exbicho, exbíos, exmundo: “Metalhead”, Black Mirror (original) (raw)
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Metalhead: Estilhaço do espelho obscuro
"BLACK MIRROR" DISTOPIAS DE UM FUTURO PRESENTE, 2020
Capítulo de livro publicado em Bruno Silveira Rigon; Vicente Cardoso de Figueiredo (Orgs.). "BLACK MIRROR" DISTOPIAS DE UM FUTURO PRESENTE. Tirant lo Blanch, 2020.
Metalhead: a ovelha preta e branca de Black Mirror
Revista Insólita, 2021
As dúvidas e inquietações humanas sobre o controle do mundo e o futuro são temas frequentes em narrativas de Ficção Científica (FC). Neste texto, a proposta é explorar as perspectivas sobre o homem, a tecnologia e o gênero FC que a série Black Mirror (BM) desenvolve em suas narrativas, tendo como recorte o episódio Metalhead, da quarta temporada. O destaque deve-se à duplicidade que marca o episódio: por um lado, apresenta uma singularidade que o distingue das demais produções vinculadas ao universo BM. Por outro, mantém certos vínculos que corroboram uma determinada visão das narrativas pautadas pela ficção científica. O objetivo, com tal percurso, é destacar como a série dialoga com o gênero e, mesmo criando uma estética própria e atual, apresenta, em episódios como o do nosso recorte, homenagens ou referências a outras vertentes da FC. Com tal opção, corrobora uma percepção de que o gênero, no atual momento de grande aceleração do desenvolvimento tecnológico, tem sido capaz de expressar os impasses e ausência de horizontes em que a tecnologia parece nos aprisionar sem, no entanto, constituir imaginários que os extrapolem.
Metal extremo: estética “pesada” no Black Metal
2018
O som nao e materia facil de narrar sendo objeto fluido e dificil de ser captado. Nesta pesquisa descrevo e analiso elementos que compoem o estilo conhecido como Black Metal, desde o som ate cartazes dos shows, capas de album, conteudo das letras, simbolismo e aspectos esteticos compartilhados que fazem deste subgenero uma expressao relevante do Metal. Inicialmente, tomo como ponto de partida minha trajetoria no Metal para descrever como o gosto pelo Metal vai se moldando atraves de experiencias de shows e do contato com subgeneros que desenvolvem habilidades de escuta e constroem gostos particulares no interior do genero Metal. Em um segundo momento, apresento a historia do Black Metal com seus acontecimentos polemicos e suas caracteristicas esteticas. Por fim, atraves da etnografia de um show da banda juizforana Superius busco analisar essas carateristicas globais do Black Metal em um âmbito local, com observacoes sobre as relacoes entre publico e musicos e a cena Black Metal de J...
Machinassiah: heavy metal, alienação e crítica na cultura de massa
Mass culture has been traditionally associated with lack of creativity and alienation, being considered less valuable and interesting than classic and canonic forms of Culture and Art. Its only role in society would be that of a commodity. It would be destined to serve consumption. The aim of our research is to offer a change in the perspective from which we see mass culture. Based on concepts and ideas coming from Postcolonial theories, Social Complexity and Critical Literacy, we can see alienation not as an intrinsic quality of mass culture, but as a construction that is socially produced. Therefore, we work on the hypothesis that, being a construction, alienation can be deconstructed, and culture can be made critical, political, socially interested and interesting. In order to confirm this, heavy metal music, traditionally identified with both cultural and social resistance and disobedience, was taken for analysis. We could, then, observe the different strategies of dissidence adopted by rockers and headbangers, finally concluding that deeper ruptures with alienated conformity emerge from their critical participation in the music culture, in mass culture, and in the consumer society. Final conclusions on this were made after the multimodal analysis of a case, represented by the Swedish band Pain of Salvation.
Black Mirror, Necropolitica e Retrotopia
Black Mirror, Necropolítica e Retrotopia, 2020
A partir da relação entre os conceitos de ‘retrotopia’, ‘necropolítica’ e 'sub-humanidades' como definidos respectivamente por Bauman, Mbembe e Krenak, relacionando-os ao episódio “Engenharia Reversa”, da série televisiva ‘Black Mirror’, busca-se propor uma reflexão sobre a mídia e as redes sociais como moduladoras de realidades e agentes de compressão do tempo-espaço, de modo a recriar no presente a fragmentação do conceito de 'humano', que fundamenta a criação do 'inimigo'_ característica dos governos totalitários, traçando um paralelo com a relação entre a sociedade brasileira contemporânea e seus traumas do passado.
"Eraserhead" como dupla alegoria
International Journal of Cinema, 2016
Considering the film "Eraserhead" (David Lynch, 1977) an ode to the body in both its outward and inward manifestations, this article compares the body as it is represented in the film, through the physical and psychical depiction of characters, with the cinematic medium and its conventions. The article presents Eraserhead as having three levels of meaning, all of them connected to the corporeal: one literal and two figurative. These latter two are clearly allegorical and, ultimately, one of them is literal and the other two are figural. In the most complex of them all, which presents the film in general as an artistic body, "Eraserhead" can be understood as an allegory of spectatorship.
Cuboesia: a voz poética do metal
esferas
Este ensaio verbo-visual é um vislumbre da obra Cuboesia (2019) dos arquitetos João e Bel Diniz. A obra reúne arquitetura, escultura, som e poesia em uma land art com fluxos que convidam a entrar na poesia. Um cubo que emoldura a luz, as sombras e as montanhas das Minas Gerais. Em seu interior, a paisagem sonora amplia a experiência multissensorial. Feito de metal proveniente da mineração e da siderurgia, Cuboesia denuncia o descaso e a demagogia ambiental nessa composição metálica e sonora.
Exu como trickster: tresvaloração dos juízos morais no rap de Baco Exu do Blues
Revista Extraprensa, 2019
A partir da problematização acerca das origens dos juízos morais e suas implicações na realidade social, veremos como os paradigmas ético-políticos determinam o modus operandi da cultura hegemônica. Esta, por sua vez, subsidia certa ideologia em desfavor de outros grupos étnico-raciais por meio da subalternização e da marginalização, sobretudo no que diz respeito à identidade, à memória e às tradições afrodescendentes. Tomaremos como exemplo a figura do orixá Exu e do gênero musical rap no intuito de evidenciarmos como o artista Diogo Moncorvo compreende a cultura afro-brasileira a partir da música, utilizando-a como instrumento para tresvalorar as opressões ocidentais. A estética do rapper no disco Esú (2017) evidencia identidades bastante heterogêneas e pulsantes, tendo em vista sua articulação com a cultura midiática e sua produção de sentidos na realidade.
O heavy metal na cultura da mídia brasileira: o caso Black Sabbath e o programa Fantástico
Comunicação & Inovação, 2015
Neste trabalho apresentamos um estudo do discurso produzido em uma reportagem exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, em 7 de julho de 2013, sobre o grupo de heavy metal inglês Black Sabbath. Adotando uma postura crítica, histórica e dialética, a pesquisa tem como marcos teórico-metodológicos os pressupostos de Douglas Kellner (2001) e Roland Barthes (1971). Entre os principais resultados, constatamos que o Fantástico atua em sintonia com a ideologia globalizante de mercado lançando mão de desvios como o fait divers.
O mundo mítico-poético de Baco Exu do Blues: erotismo e religiões no rap
UNITAS - Revista Eletrônica de Teologia e Ciências das Religiões, 2021
Resumo: Baco Exu do Blues é um rapper baiano que desde 2016 vem ganhando espaço na música brasileira. Ficou conhecido no cenário por apresentar um estilo poético erótico-irreverente, melancólico e religioso. Sua poesia "suja" mistura-se a uma luta constante entre a vida e a morte, cigarros e bebidas, amores e deuses. O objetivo desse artigo é refletir sobre o mundo mítico-poético mobilizado por Baco. Assim, busca-se 1) compreender o que ele chama de "poesia de escória", 2) analisar o tom erótico de seus versos e por fim, 3) localizar o papel que as religiões, suas metáforas e símbolos exercem no seu rap. Nossa hipótese é de que a linguagem religiosa e erótica, além de íntimas nas obras de Baco Exu do Blues, estrutura seu mundo poético e simbólico. Esperamos que esta reflexão contribua para a valorização da música rap enquanto um fenômeno promissor para os estudos nas Ciências da religião. Palavras-chaves: Baco Exu do Blues; rap; poesia; erotismo; religiões.