O museu está morto. Viva o museu! (original) (raw)

Os restos de um museu que não "morreu": o caso do Museu Municipal Gecy Fonseca, Bela Vista do Paraíso/PR

Resumo Este artigo apresenta os esforços iniciais promovidos na cidade de Bela Vista do Paraíso, no estado do Paraná, na recuperação do acervo museológico deste município. Ainda, apresenta breves reflexões sobre a função social do Museu, indicando algumas de suas especificidades, nos casos de instituições municipais. Finalmente, descreve as atividades realizadas em parceria com a comunidade local, inspiradas nas discussões de Educação Patrimonial. Palavras-Chave: Bela Vista do Paraíso. Museu Municipal. Acervo Museológico. Educação Patrimonial. Abstract This article presents the initial efforts made in the town of Bela Vista do Paraiso, state of Paraná, in the recovery of the museum collection this municipality. It also presents brief reflections on the social function of the museum, showing some of its specificities, in the case of municipal institutions. Finally, it describes the activities carried out in partnership with the local community, inspired by the Heritage Education discussions.

Museu, além da bolha

Comunicação & Informação

Trata este texto de uma articulação teórico-empírica da noção de museu como instituição de comunicação, nos termos da museologia social e da nova museologia. Defende-se, inicialmente, que a atividade museológica é essencialmente comunicacional, no que tange sobretudo ao caráter disruptor de temporalidades desta instituição. Em seguida, desdobra-se a análise numa aferição junto a públicos potenciais, estabelecidos por pesquisa qualitativa na cidade de Goiânia, no Brasil. Conclui-se que o museu é uma instituição celebrada, mas pouco conhecida e, por isso, pouco valorizada e que a ausência de conceitos ativos de comunicação museal, tais como “público ativo”, “exposição participativa” e “temporalidades múltiplas”, explica esse diagnóstico, constituindo-se num dos mais típicos desafios contemporâneos das instituições museais.

Notas sobre o (quase) fechamento de um museu: patrimônio cultural em cenários cambiantes no Brasil

Cadernos NAUI: Núcleo de Dinâmicas Urbanas e Patrimônio Cultural. , 2023

Neste artigo, procuro refletir sobre as razões da ameaça de fechamento de um museu dedicado à salvaguarda do frevo no Recife – PE, pouco tempo depois do reconhecimento desta expressão cultural como patrimônio pelo IPHAN e pela UNESCO. Partindo de uma etnografia em torno de uma série de protestos e da análise do contexto político brasileiro recente, busco chamar atenção para os desafios em torno da manutenção de equipamentos culturais e dos desdobramentos das crises que enfrentamos no campo do patrimônio no Brasil em níveis locais.

O museu organismo vivo e emotivo

#02RM, 2019

QUE RELAÇÕES ENTRE O MUSEU E O DIGITAL? COMO LIDA ESTA INSTITUIÇÃO SECULAR COM NOVAS TECNOLOGIAS? RELAÇÃO PROFÍCUA E PROBLEMATIZADORA, SE ADEQUADAMENTE GERIDA, PODE SER SIMETRICAMENTE DESAFIADORA E DE BENEFÍCIO MÚTUO. COMO INSTITUIÇÃO GUARDIÃ DE MEMÓRIA E POTENCIADORA DE FUTURO, O MUSEU ESTÁ LIGADO À VIDA, SENDO-LHE IMPERATIVA A ATENÇÃO AO SEU TEMPO. A DEMOCRATIZAÇÃO FACULTADA PELO DIGITAL AFIRMARÁ A SEDUÇÃO DO MUSEU QUE SOUBER REIMAGINAR-SE COMO LUGAR DE ESCAPE E FRUIÇÃO, DE PRAZER E REVITALIZAÇÃO DA NOSSA CURIOSIDADE INTELECTUAL E ESTÉTICA. POR OUTRO LADO, O VALOR DA NOVIDADE SEMPRE SEDUZIU OS ARTISTAS E, NESSE SENTIDO, O DIGITAL CONSTITUI MAIS UM INSTRUMENTO DE TRABALHO PARA OS CRIADORES E PARA OS MUSEUS QUE ASSIM AMPLIAM AS POSSIBILIDADES DE ENVOLVER OS VISITANTES AO OFERECER A RARIDADE DO ENCONTRO COM O TEMPO, COM O ÚNICO E COM AS EMOÇÕES QUE COM TAL OFERENDA SÃO ESPOLETADAS EM CADA UM DE NÓS.

Os museus estão fechados! E daí?

Os museus estão fechados! E daí?, 2020

Reflexão para o Dia Internacional de Museus de 2020, publicado na Revista Museu. O campo dos museus e a situação de pandemia por conta do Covid-19.

O museu como tragédia, como clínica

[The museum as tragedy, as clinic] Entre 2015 e 2017, o Instituto Goethe São Paulo organizou a série de encontros denominados Episódios Museais, reunindo curadores de museus e independentes para discutir o futuro dos museus. O texto a seguir, fracionadamente, relata os encontros como exercícios de análise institucional, ao interpretarem e questionarem as ações e devires do trabalho museológico.

Uma Museologia que não serve para a vida não serve para nada

1. A formação pós-graduada em Museologia na Universidade Lusófona foi apresentada hoje nas mesas que decorrerem durante a tarde , pelo que não fará sentido, detalhar novamente o processo de formação em Museologia. Resumirei portanto as suas linhas gerais. Referimos que a formação pós-graduada é abordada como um plano de formação integral, com base no Pensamento Crítico. Tem como referencia a Dignidade Humana e a Justiça Cognitiva. Está implícita na proposta formativa numa lógica transdisciplinar, que faz com que as questões da acessibilidade universal surjam como componente duma formação integral.

Museu, Memória, Identidade, o “Bazar das Maravilhas” e o problema da conservação. In: MAGALHÃES, A. G. (ORG) "Anais do 3º Simpósio Internacional de Pesquisa em Museologia: o futuro dos museus e os museus do futuro".São Paulo: Museu de Arte Contemporânea da USP, 2019, p. 338-349.

Anais do 3° Simpósio Internacional de Pesquisa em Museologia: o futuro dos museus e os museus do futuro, 2019

Este trabalho é fruto da avaliação final da disciplina “Memória e Identidade na América Latina: o Papel dos Museus”, oferecida pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, onde foi proposto aos alunos que relacionassem bibliografias e discussões feitas em aula com seus projetos de pesquisa. Intitulado “Curadoria e Conservação Arqueológica no Rio Grande do Sul: um Levantamento dos Métodos”, o projeto da autora trata-se de uma pesquisa-ação para compreender de que maneira os métodos curatoriais e conservativos utilizados nas instituições museais foram selecionados e a partir de quais problemáticas, quais destes são considerados eficazes pelos profissionais que os aplicam e se sentem a necessidade de aprimoramento, considerando que as Instituições de Guarda e Pesquisa devem ser capazes de conservar, proteger, estudar e promover a extroversão dos bens arqueológicos, atendendo o trinômio pesquisa, conservação e socialização. Pretende-se com este artigo, portanto, contextualizar os conceitos de Museu, Memória e Identidade com o termo “Bazar das Maravilhas” e suas respectivas implicâncias no âmbito da Conservação de acervos arqueológicos. Para isso, o trabalho discorrerá sobre o contexto atual de legislações e iniciativas para a preservação do patrimônio cultural arqueológico. Palavras-chave: Instituições de Guarda e Pesquisa; “Bazar das Maravilhas”; Preservação do Patrimônio Cultural Arqueológico.