EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA: INVESTIGANDO RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE (original) (raw)

AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DIRECIONADAS A PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS

2021

A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é a área de saúde pública responsável por ações e normas para estudo, prevenção, assistência e vigilância à saúde do trabalhador, atuando nas condições de saúde, ambiente e organização do trabalho, corroborando com o direito universal à saúde preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Frente à necessidade de aproximar a comunidade acadêmica das ações de saúde do município de Paulo Afonso-BA e para promover cuidado e educação em saúde aos professores, um grupo de acadêmicos de medicina executou uma ação de intervenção em uma escola municipal. O objetivo deste estudo é relatar a vivência de acadêmicos de medicina na realização de atividades de educação em saúde e relacionar com as políticas de saúde do trabalhador e a realidade de professores de uma escola pública por meio de um estudo qualitativo do tipo relato de experiência. O grupo construiu um formulário do tipo pesquisa de opinião e um banner informativo para fomentar uma roda de conversa acerca do tema saúde do professor, síndrome de Burnout e qualidade de vida. Ao final da vivência, notou-se que o grupo de alunos compreendeu a situação de saúde dos professores da escola e executou uma ação de educação em saúde para informá-los da importância da saúde para o trabalho e suas repercussões na sociedade. Evidenciou-se que experiências em cenário prático são enriquecedoras para os acadêmicos, que adquirem conhecimentos importantes para sua futura realidade profissional, e para os que participaram da ação, que puderam conhecer acerca da saúde do trabalho, do manejo de seus riscos e como ter melhores hábitos de vida. Palavras-chave: Saúde do trabalhador. Ações. Promoção da Saúde. Síndrome de Burnout. Vigilância em saúde.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA: DISCUSSÕES ACERCA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A Educação em Saúde é um tema amplamente discutido por diversas áreas, dentre elas o Ensino de Ciências e Biologia. Mesmo sendo desenvolvida na escola, os pressupostos, objetivos, metodologias e práticas desta atividade permanecem fortemente ligados à área da saúde e não condizem com os objetivos escolares atuais. Este texto objetiva apresentar e discutir novas perspectivas e objetivos para a Educação em Saúde, para que esta atividade na escola esteja de acordo com os objetivos contemporâneos da instituição escolar: desenvolvimento de conhecimentos, crítica e reflexão. Argumentamos que o desenvolvimento da Educação em Saúde como repasse de informação e com objetivos de mudança de comportamentos está ultrapassado. Conceitos da Didática das Ciências, em especial a Alfabetização Científica e Tecnológica, podem contribuir como propostas de solução para a problemática. A discussão extende-se entre as dificuldades e possibilidades da formação inicial de professores em refletir sobre uma nova perspectiva para o tema e em desenvolver uma identidade pedagógica para a Educação em Saúde na escola.

PROGRAMA SAÚDE NAS ESCOLAS: O OLHAR DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Objetivou-se analisar o processo de trabalho dos profissionais de saúde do Programa Saúde nas Escolas. Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado no município de Juazeiro do Norte, Ceará. Foram informantes desta pesquisa, 16 profissionais de saúde que atuam no programa. Utilizou-se como técnica para coleta do material a entrevista semiestruturada e organizados seguindo a proposta da análise de conteúdo. Evidenciou-se que os profissionais percebem o programa como uma oportunidade de interação educação/saúde, oportunizando efetivar ações de prevenção e promoção da saúde, contudo apontam desafios como à falta de recursos e conscientização dos alunos. Embora um programa com alguns impasses, os profissionais acreditam na sua eficácia para promover melhor qualidade de vida aos escolares. A junção da saúde e educação constituem um grande potencial para estabelecer o cuidado; as possibilidades estão postas, resta unir o desejo e a articulação para que as ações sejam implementadas.

A RELAÇÃO ENTRE O ENADE E A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA

(OBEDUC/PPGECT/UFSC) Tiago Venturi (PPGECT/UFSC) Iasmine Pedroso (PPGECT/UFSC) RESUMO O presente trabalho analisou questões de ENADEs de cursos de Biologia e Pedagogia, sobre a presença de temas que contemplem o desenvolvimento de atividades de Educação em Saúde (ES) na escola. A ES precisa seguir na direção do compromisso com a formação de um indivíduo autônomo e crítico, onde a função principal do professor alicerça-se na capacitação dos alunos para o desenvolvimento de seu senso crítico, oportunizando discussões e reflexões, que viabilizem a construção de conhecimentos. Acredita-se que pesquisar, analisar e refletir sobre a inserção da ES nos currículos possibilite que a formação docente dê subsídios aos futuros professores, para que estes possam desenvolver a ES na escola pautada na construção do conhecimento, na reflexão e autonomia dos indivíduos. Palavras-chave: Educação em Saúde; Formação de Professores; Currículo; ENADE. INTRODUÇÃO O desenvolvimento de atividades de Educação em Saúde (ES) na escola necessita seguir na direção do compromisso com a formação de um indivíduo autônomo e crítico, onde a função principal do professor alicerça-se na capacitação dos alunos para o desenvolvimento de seu senso crítico, oportunizando discussões e reflexões, que viabilizem a construção de conhecimentos. No entanto, tais atividades ainda são desenvolvidas com enfoques e objetivos ultrapassados, em desacordo com o que se propõe nos objetivos educacionais contemporâneos, tanto nos anos finais, quanto nos anos iniciais do ensino fundamental.Dentre as distintas concepções da ES realizada na escola, já identificadas pela literatura (MOHR, 2002; VENTURI, 2013; PEDROSO, 2015; HANSEN, 2016), é possível destacar duas abordagens de ES: uma com princípios comportamentalistas e outra com princípios reflexivos e perspectiva formativa. Estudos já observaram que os currículos de formação de professores trazem avanços em relação aos objetivos e finalidades para a ES, pois tratam esse campo como um instrumento de construção e consolidação da cidadania, em consonância com objetivos contemporâneos da educação brasileira (MOHR, 2002; VENTURI, 2013; Revista da SBEnBio-Número 9-2016 VI Enebio e VIII Erebio Regional 3 SBEnBio-Associação Brasileira de Ensino de Biologia

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PERCEPÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

Cogitare Enfermagem, 2009

RESUMO: Estudo qualitativo realizado a partir do entendimento de que a educação em Saúde é um dos pilares do trabalho do Agente Comunitário de Saúde-ACS. O objetivo da pesquisa foi conhecer a concepção deste tema por ACS. A amostra foi não-probabilística por saturação. A técnica utilizada para análise dos dados foi o Discurso do Sujeito Coletivo. Após a análise foram encontradas três ideias centrais nos discursos do ACS em relação à educação em saúde. O pensamento de que educar é dar o exemplo, é dar palestras e orientações e a de que é algo difícil de fazer. Concluiu-se que o conhecimento que os ACS têm de educação em saúde é pautado na concepção tradicional de educação. PALAVRAS-CHAVE: Educação em saúde; Saúde da família; Saúde pública.

ESCOLA E PSF: AÇÕES CONJUNTAS VOLTADAS PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

PROMOÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA PELA FORMAÇÃO DE COMPONENTES DA EQUIPE DE SAÚDE PARA AS ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA E EDUCAÇÃO Bruna Correa -Curso de Nutrição Patrícia Carreira Nogueira -FACIS Maria Rita Marques de Oliveira -FACIS 1. Introdução A educação nutricional, enquanto especialidade de interesse acadêmico remonta à década de 1940, quando, no período pós-guerra, aventava-se a possibilidade de, perante a súbita escassez de recursos, melhorar a qualidade da alimentação de populações pauperizadas, por intermédio de modificações na alimentação que permitiriam obter a melhor relação custo/benefício mediante o emprego de alimentos mais baratos e nutritivos. No Brasil, foi criada, no início da década de 40, a função da Visitadora de Alimentação, uma profissional de saúde que deveria ir à casa das pessoas para fazer educação alimentar no local onde a alimentação era preparada, ou seja, na cozinha . A intervenção nutricional tem como objetivo a prevenção de doenças, a proteção e a promoção de uma vida mais saudável, conduzindo ao bem-estar geral do indivíduo. A educação ou aconselhamento nutricional é o processo pelo qual os clientes são efetivamente auxiliados a selecionar e implementar comportamentos desejáveis de nutrição e estilo de vida. O resultado desse processo é a mudança de comportamento e não somente a melhora do conhecimento sobre nutrição. A mudança desejada de um comportamento deve ser específica às necessidades e à situação de cada indivíduo. O paciente deve reconhecer que existe o problema e que existe de fato o desejo de mudá-lo. Sem esse desejo interno de cada indivíduo, todo o trabalho de educação é inútil. (MENDONÇA, 2006). A atividade educativa é uma das principais atribuições dos serviços de atenção primária à saúde e essa atividade deve ser referenciada por informações epidemiológicas das demandas locais para a educação nutricional. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) se caracteriza por um sistema de informação que 1/5 5/5

EDUCAÇAO EM SAÚDE ESCOLAR: ANALISE DE UMA EXPERItNCIA

M mudanças sociais produzem impacto, refletindo-se no pro cesso educacional, impondo alterações noS seus obj etivos, nas téc nicas de aprendizagem e no seu conteúdo progr.amático. Reconhe ce-se que a Escola de hoj e não pode se manter apenas como uma, agência de alfabetização, mas como um centro de socialização, res ponsável por desenvolver todas as potencialidades da criança tor nando-a elemento útil e ajustado à comunidade a que vai perten cer. Este é um empreendimento complexo para cuj a realização é nece&'!ário uma integração de recursos e esforços, visando modifi car mentalidades através da partiCipação ativa da comunidade. To davia, a problemática educacional assume feição particular no Bra sU em virtude das suas características próprias de pais em desen volVimento, sobressaindo seu alto crescimento demográfico, com a conseqüente concentração nas primeiras faixas etárias, fenômeno que aumenta cada vez mais o número de depedentes em relação à popUlação econômicamente ativa. Acresça-se a isso o auto grau da migração rural-urbana.

APROXIMANDO PESQUISA E PRÁTICA DOCENTE: CONTRIBUIÇÕES DE UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO TEMA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

RESUMO: O estudo identificou e analisou as contribuições de um curso de formação docente sobre o tema da Educação em Saúde na escola. O curso fundamentou-se em princípios epistemológicos e me-todológicos que buscam superar o indesejado modelo normativo e de modelagem de comportamen-tos, incompatíveis com os atuais objetivos da escola. Argumenta-se que uma formação docente que envolva conceitos da Didática das Ciências, como Alfabetização Científica e Ilhotas Interdisciplinares de Racionalidade, contribui para o desenvolvimento de conhecimentos profissionais de professores em formação e em exercício e pode refletir-se de forma positiva no desenvolvimento da Educação em Saúde na escola. PALAVRAS-CHAVE: Educação Fundamental, docência na escola, Ensino de Ciências INTRODUÇÃO e OBJETIVO: Educação em Saúde (ES) na escola foi e ainda é desenvolvida em uma perspectiva normativa baseada em regras e aderência a comportamentos considerados como sau-dáveis (Garrard, 1986; Mohr, 2002; Harisson, 2005; Venturi, 2013; Monteiro e Bizzo, 2015). Trabalhos na área da filosofia da biologia e da medicina abordam esta questão, por exemplo, Can-guilhem (1982) e Castiel et al. (2010). Contudo, a literatura pedagógica pouco tem questionado se o conceito de 'saudável' é tão universal quanto querem muitos documentos curriculares. Ou, ainda, se significado, objetivos e desenvolvimento da ES na escola têm ultrapassado um nocivo senso comum baseado em tradições pouco questionadas. Rumelhard (2006) é um dos poucos autores que aborda esta questão no Ensino de Ciências e Saúde na escola. Com o intuito de debater tais questões envolvendo atividades de ES integrantes do currículo es-colar planejamos e ofertamos em 2016 um curso de curta duração de formação de professores de educação básica 1. O objetivo do curso foi apresentar e discutir princípios epistemológicos e metodo-lógicos relacionados a novas possibilidades para a ES na escola. A presente investigação tem o objetivo de identificar e analisar possíveis contribuições do referido curso para professores (em atuação e em formação) que dele participaram.

DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE E SUA INFLUÊNCIA NA EVASÃO ESCOLAR DE ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A partir dos relatos da vida dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o trabalho pretende levantar quais são os Determinantes Sociais da Saúde que mais influenciaram na saída desses estudantes do ensino regular e qual a relação desses determinantes na qualidade de vida dos estudantes, ou seja, analisar como aspectos sociais, econômicos e políticos influenciam o acesso a alimentos, educação, moradia etc. A pesquisa tem caráter qualitativo, a partir do levantamento dos relatos dos alunos da EJA achar palavras que sirvam de temas geradores para futura discussão em questionário da influência dos determinantes sociais da saúde na evasão escolar e na vida atual do estudante. O tema do trabalho é relevante, pois analisa como as condições sociais dos alunos influenciam na vida escolar e, assim, evidenciam indicadores para melhoria dessas condições. Isto porque a atenção às determinantes sociais da saúde pode diminuir as taxas de analfabetismo no Brasil. Além disso, busca apresentar como essas condições influenciam na aprendizagem dos estudantes, considerando-os sujeitos em suas integralidades, seus interesses, sonhos e seu passado para um ensino mais humano. PALAVRAS-CHAVE: Educação de jovens e adultos; Determinantes sociais da saúde; Evasão escolar.