Major José Luís Moura Mendes. (original) (raw)

José Marques de Melo

2001

Nascido em Palmeira dos Indios (Alagoas), Jose Marques de Melo obteve os titulos de Bacharel em Jornalismo (Universidade Catolica de Pernambuco, 1964), Bacharel em Ciencias Juridicas e Sociais (Universidade Federal de Pernambuco, 1965) e Pos-Graduado em Ciencias da Informacao Coletiva (Centro Internacional de Estudos Superiores de Comunicacao para a America Latina, Quito, Equador, 1966). Primeiro Doutor em Jornalismo titulado por universidade brasileira (1973). Atualmente e Titular da Catedra Unesco de Comunicacao para o Desenvolvimento Regional, Presidente (2005-2008) da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicacao (Intercom) e Socio Emerito (2004) da Sociedade Brasileira dos Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). Jornalista, professor, pesquisador, educador, formou varias geracoes de jornalistas e de pesquisadores academicos.

José Joaquim Rodrigues de Freitas

Nascido no Porto em 24.1.1840, José Joaquim Rodrigues de Freitas Júnior cedo se revelou um estudante aplicado, começando a publicar textos aos 14 anos. No ambiente familiar pesavam os ideais setembristas e uma grande aproximação aos irmãos Passos, tendo mesmo crescido sob o amparo de um deles, José Passos. Culturalmente, Rodrigues de Freitas integra-se já numa nova geração, que evidencia o conhecimento das novas correntes científicas, o positivismo e o evolucionismo, aspetos que hão de marcar as suas opções profissionais e político-ideológicas. A entrega ao jornalismo, a vida académica na área da economia política (Academia Politécnica do Porto, onde antes se formara em engenharia) e o envolvimento político são opções desenvolvidas por Rodrigues de Freitas em paralelo e estreitamente ligadas. O publicista emergiu convicto na aproximação da ciência e da razão junto das massas populares, criando "opinião pública".

O Brigadeiro de Infantaria e engenheiro prático João Massé: um herege ao serviço del Rey

Atas do VIII Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica, 2019

Resumo: Há trezentos anos o Brigadeiro João Massé retornava para Portugal, após o fim de sua missão no Brasil. Chegando em 1713, enviado pelo Rey, após o saque realizado pelas forças do corsário francês Reneé Duguay-Trouin na cidade do Rio de Janeiro em 1711, sua tarefa era examinar e reparar as fortificações, além de planejar outras que julgasse necessárias no Rio de Janeiro, Salvador e Recife, indo também, com a mesma finalidade à vila de Santos e à Cidade da Parahyba, atual João Pessoa. Assim, seu nome é citado com frequência nos documentos luso-brasileiros das primeiras décadas do século XVIII, referentes às questões de defesa, especialmente de fortificações. Porém, uma análise minuciosa da documentação mostra que ele não escreveu qualquer dos documentos que lhe são atribuídos, sendo rara sua assinatura. Com relação ao material cartográfico, nenhum deles apresenta menção expressa de autoria. Portanto, conclui-se que nenhuma das cartas ou plantas atribuídas ao João Massé foi por ele desenhada, sendo trabalho de seus auxiliares no Brasil. Mas João Massé tem outras facetas. Seu nome era Jean Destremau, nascido por volta de 1660 em Le Houga, no sudoeste da França, cedo ingressando na carreira militar. Sendo huguenote, emigrou para a Inglaterra, lutando como mercenário na Irlanda e em Flandres no final do século XVII. Com a eclosão da Guerra de Sucessão da Espanha, acompanhou às tropas enviadas por solicitação do soberano português, tendo se destacado na defesa do cerco de Campo Maior, onde seu tino como engenheiro prático se destacou. Estas foram as credenciais que recomendaram sua vinda para o Brasil. Após seu retorno, atuou como parecerista do Conselho Ultramarino, sendo em 1735 promovido a sargento-mór de batalha. Ele constituiu família e, até o fim de seus dias, vivendo em um Estado onde a Inquisição estava presente, não abjurou de sua fé protestante. Abstract: Three centuries ago, Brigadier João Massé returned to Portugal after the end of his mission in Brazil. He arrived in 1713, coming by order of the King, after the French privateers attack on Rio de Janeiro in 1711, to examine and repair the fortifications, and to plan others he deemed necessary in Rio, Salvador, and Recife, with the same purpose going to the village of Santos and the City of Parahyba, now João Pessoa. Thus, his name is often cited in the Luso-Brazilian documents of the first decades of the eighteenth century, concerning defense issues, especially fortifications. However, a thorough analysis of the documentation shows that he did not write any of the documents assigned to him, and his signature is rare. Regarding the cartographic material, none of them shows authorship. Therefore, it is concluded that none of the charts or plans attributed to João Massé was designed by him, being the work of his assistants in Brazil. But João Massé has other facets. His name was Jean Destremau, born around 1660 in Le Houga, in southwest France, early in his military career. Being a Huguenot, he emigrated to England, fighting as a mercenary in Ireland and Flanders in the late seventeenth century. With the outbreak of the Spanish War of Succession, he accompanied the troops sent at the request of the Portuguese sovereign, having excelled in defending the siege of Campo Maior, where his prowess as a practical engineer stood out. These were the credentials that recommended his coming to Brazil. Upon his return, he served as a consultant to the Conselho Ultramarino, and in 1735 was promoted to camp-marshal. He constituted a family and, until the end of his days, and living in a State where the Inquisition was present, did not abjure his Protestant faith.

Luiz Mendes

Uwakürü: dicionário analítico, 2017

MENDONÇA, F. C. Luiz Mendes. In: ALBUQUERQUE, G. R.; PACHECO, A. S. Uwakürü: dicionário analítico. Rio Branco: Nepan Editora, 2017. ISBN: 978-85-68914-25-0

Eça, Vicente Maria de Moura Coutinho de Almeida d'

2018

Vicente Maria de Moura Coutinho de Almeida d'Eça nasceu no Porto, a 15 de agosto de 1852 e faleceu em Lisboa a 10 de novembro de 1929. Em 1885 foi nomeado lente da Escola Naval, das cadeiras de Direito Internacional Público Marítimo e História Marítima. Alcançou a patente de vice-almirante em 1918. A sua vasta obra, sobretudo no campo da História Marítima e do Direito Marítimo teve um lugar de destaque na historiografia portuguesa, entre os finais do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Ao longo da sua vida, Almeida d'Eça exerceu cargos académicos de relevo e integrou várias instituições académicas e científicas: vogal e um dos vice-presidentes do Conselho Geral da Liga Naval Portuguesa, sócio honorário da Academia de Estudos Livres, sócio correspondente do Instituto de Coimbra, da Sociedade de Estúdios Geográficos e Históricos de Santa Cruz da Bolívia, da Sociedade Geográfica da Colômbia e da Academia de Ciências de Lisboa. Em cargos de direção, assinale-se o de diretor interino da Escola Naval (1919), Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa (1922 a 1924) e Diretor da Escola Colonial (1925).

Ignácio Moura

Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará

Com o presente artigo objetivamos discutir sobre a historiografia da Amazônia construída pelo engenheiro Ignácio Moura (1857-1929) acerca do Itacaiúnas, atual Marabá/PA, no final do século XIX. Para tal, a fonte principal é seu diário de viagem, escrito em 1896 e intitulado De Belém a S. João do Araguaia, cujos resultados integraram livros escolares e publicações do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP). A partir de preceitos da história social e política, a fonte revelou uma produção historiográfica feita por engenheiros que utilizavam a história, a engenharia e a geografia como ferramentas interpretativas do passado e da realidade amazônica a fim de incluir a região em uma tradição de civilização e de modernidade. Nesse caminho, refletiu sobre as possibilidades de desenvolvimento do Itacaiúnas pela perspectiva utilitária dos rios e das terras com a finalidade de desenvolver a pecuária. Assim, cristaliza na história do sudeste paraense uma genealogia fundadora dos “pionei...