NARRATIVAS DE MULHERES AMBIENTALISTAS NO FACEBOOK (original) (raw)

TRAJETÓRIA DE NARRATIVAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Quaestio Revista de Estudos em Educação, 2004

Este é um livro de histórias. Não de histórias de heróis ou de pessoas que marcaram época. Mas histórias de homens e mulheres como nós e que tiveram em comum em sua trajetória de vida o fato de algum momento terem se interessado pelas questões ambientais. Mas este interesse não surge de um momento para o outro. É resultado de uma série de fatos, conquistas, erros e acertos, experiências vividas e observadas que ocorrem em nossa vida desde o momento em que nascemos.

O ethos ativista no Facebook: uma análise discursiva das narrativas digitais de mulheres ambientalistas

Revista Calidoscópio, 2018

No Brasil, país mais perigoso do mundo para o ativismo ambiental,3 mulheres lutam por espaço nos meios de comunicação para disseminarem seu discurso de defesa do meio ambiente. Consideradas até a década de 1980 como “segunda categoria”, as mulheres tiveram suas vozes abafadas e silenciadas pela sociedade patriarcal, em especial em ambientes políticos. Tal silenciamento reflete na carência do posicionamento feminino em lutas abrangentes e urgentes, como as ambientais. Hoje em dia, a luta feminina contra o extermínio da natureza é sustentada pelo uso do espaço virtual, principalmente do site de rede social Facebook, meio que se mostra favorável à expressão política dessas mulheres. O site tem proporcionado sobretudo certa autonomia para a disseminação do discurso, além de maior visibilidade e legitimação para a causa ambiental. Sob essas premissas, nossa pesquisa analisa a constituição de um ethos ativista pela investigação das narrativas digitais disseminadas pelas ambientalistas em seus perfis no Facebook. As ativistas escolhidas para a pesquisa são as brasileiras Ana e Mayan. Utilizamos como base teórica e metodológica a Análise do Discurso, bem como os estudos sobre ethos, ciberativismo e narratividade digital. Durante a pesquisa, identificamos determinadas estratégias narrativas utilizadas pelas ambientalistas no site, importantes para a constituição do ethos ativista no Facebook, assim como traços de posicionamento e autoidentificação feminista, reconhecendo a especificidade da luta feminina na causa ambiental, tornando-se, assim, um duplo ativismo, demarcado pelo ambientalismo feminista.

NARRATIVAS DE COMUNIDADES APRENDENTES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

RESUMO: Apresentamos a síntese de cinco pesquisas desenvolvidas pela Comunidade Aprendente em Educação Ambiental, Ciências e Matemática, da Universidade Federal do Rio Grande. Este Grupo de Pesquisa-formação integra docentes da educação básica e do ensino superior que, pela escrita narrativa, leitura crítica e re-escrita das suas ações aprendem a ser e a se tornam uma comunidade. Os metatextos obtidos pela Análise Textual Discursiva são narrativas sobre a constituição de educadores ambientais que desenvolveram o sentimento de pertencimento, visando criticar modelos sociais baseados em hierarquias e individualismos, com o intuito de aprender a ser e a se tornar uma comunidade. ABSTRACT: This paper describes a synthesis of researches conducted in Environmental Education carried out by a group called Learning Communities in Environmental Education, Science and Mathematics from the Universidade Federal do Rio Grande. This research group bases its activities on action research with teachers, researchers and environmental educators. It focuses on critical written and reading texts of classroom recordings to problematise teaching practice of the participants. The group has used Textual Discourse Analysis in narratives of educational action concerning their development as environmental educators and in the development of the sense of belonging. All the researches aim at criticizing social

Horizontes ecofeministas

Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons. Horizontes Ecofeministas Resumo: As ecologias políticas decoloniais têm como alguns de seus dilemas centrais conseguir avançar e articular, além do apontamento das críticas e identificação dos problemas, propostas transformadoras, reflexões acerca das práticas emancipatórias e, sobretudo, imaginar cenários e horizontes possíveis. As ideias destes horizontes estão articuladas nessa narrativa por três mulheres ambientalistas e feministas que atuam em diferentes contextos sociais: Bernadete Souza Ferreira Santos, camponesa, ialorixá, educadora popular que atua na região de Ilhéus, no sul da Bahia, e especialista em Educação do Campo e Agroecologia pela USP; Ivonne Yanez, ativista ambiental do Equador e uma das fundadora da organização Accíon Ecologica; e, Stefania Barca, italiana de Nápoles, pesquisadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Elas juntas nos mostram que os caminhos para horizontes emancipatórios têm como um de seus pontos centrais a intersecção entre a Ecologia Política e os feminismos.

LIÇÕES DA MÃE ÁFRICA: O EXEMPLO DAS MOBILIZAÇÕES AMBIENTALISTAS

EDITORA KOTEV, SÉRIE AFRICANIDADES 19/ REVISTA ACADÊMICA ÁFRICA E AFRICANIDADES (RIO DE JANEIRO, 2010) & CULTURA - JORNAL ANGOLANO DE ARTES E LETRAS (LUANDA, ANGOLA, 2014), ISSN: 1983-2354, 2019

Lições da Mãe África: O Exemplo das Mobilizações Ambientalistas é um artigo que originalmente foi disponibilizado para a Conferência África & Brasil: Mitologias da Exclusão, proferida no III Seminário de Relações Interétnicas na Educação, em Poços de Caldas (MG), aos 20-11-2009. Posteriormente, sob o título Lições da Mãe África: Uma Performance desconhecida do Ambientalismo Africano, foi publicado pela Revista África e Africanidades, ano 2, nº. 8 (Fevereiro de 2010) e com o mesmo título, por Cultura - Jornal Angolano de Artes e Letras (Luanda, República de Angola), nº. 65, pp. 28-30, edição de 15-28/Setembro/2014. Esta edição eletrônica, datada de Maio de 2019, preservando totalmente o teor original do material, foi disponibilizada pela Editora Kotev (Kotev©) para fins de acesso livre na Internet. A masterização do texto incorporou revisão ortográfica com base nas regras vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, cautelas de estilo e normatizações editoriais inerentes ao formato PDF. A edição de 2019 apresenta três imagens inéditas, incluídas com o fito de auxiliar na apreensão do tema, e de mais a mais, referências bibliográficas para os desejosos de um maior aprofundamento temático. Lições da Mãe África: O Exemplo das Mobilizações Ambientalistas é um material gratuito, sendo vedada qualquer forma de reprodução comercial e divulgação sem aprovação prévia da Editora Kotev. As citações de Lições da Mãe África: O Exemplo das Mobilizações Ambientalistas devem obrigatoriamente incorporar referências ao autor e ao texto conforme padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício. Lições da Mãe África: O Exemplo das Mobilizações Ambientalistas. Série Africanidades Nº. 19. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2019.

FACEBOOK COMO ESPAÇO DE LEGITIMAÇÃO VIRTUAL: uma análise de posts e reações discursivas em páginas de ONGs ambientais

Nesta dissertação, objetivamos analisar as vias de legitimação das ONGs ambientais no site de rede social digital Facebook por meio da análise discursiva dos posts de três entidades (Greenpeace Brasil, SOS Mata Atlântica e Associação Mineira de Defesa do Ambiente – AMDA) e da análise de reações discursivas aos posts dessas organizações. Para dar conta da dimensão deste trabalho, adotamos pressupostos teóricos dos estudos de linguagens, principalmente a teoria semiolinguística (CHARAUDEAU), bem como das ciências políticas (HABERMAS; GOHN; GOMES; MAIA; PEREIRA) e dos estudos de tecnologia (BAUMAN; PRIMO; RECUERO; SANTAELLA; VAN DIJCK; WOLTON). No decurso das análises, buscamos, inicialmente, identificar as estratégias discursivas utilizadas pelas três ONGs ambientais em seus posts no Facebook, para, posteriormente, identificarmos nas reações discursivas às formas de interação, marcas de participação, reconhecimento de legitimidade e marcas de visibilidade emitidos durante a resposta ao discursos das ONGs. Segundo os resultados obtidos, identificamos a existência de altos níveis de engajamento na maior parte das reações discursivas, que podem contribuir para a visibilidade e legitimação da ONG e de suas causas. Também identificamos a existência de estratégias discursivas mais eficientes do que outras para as ONGs ambientais. Todavia, para sustentarem a continuidade e intensidade das reações discursivas, cabe às ONGs um melhor monitoramento de suas atividades no Facebook, a fim de incentivarem a troca discursiva e a participação política em suas páginas. Compete também às entidades ambientais a consciência de que compartilham com outros enunciadores um espaço virtual, discursivo e altamente retórico no Facebook, em que impera o fenômeno, defendido nesta dissertação, de visibilidade retroalimentada entre internautas e instituições.