[Recensão a] IMÍZCOZ BEUNZA, José María e ARTOLA RENEDO, Andoni (2016). Patronazgo y clientelismo en la monarquía hispánica (siglos XVI-XIX). (original) (raw)

STUMPF, Roberta. Resenha do livro: Bertrand, Michel, Andújar Castillo, Francisco y Glesener, Thomas (eds.), Gobernar y reformar la Monarquía. Los agentes políticos y administrativos en España y América. Siglos XVI-XIX, Valencia, Albatros Ediciones, 2018, 310 págs., ISBN: 9788472743441

Cuadernos De Historia Moderna, 44(1), 248-250, 2019

LOPES, Bruno, «Sustentar a Inquisição com rendimentos eclesiásticos: uma aproximação ao tema (séculos XVI-XVIII)», In García Fernández, Máximo (edi.), Familia, Cultura Material y Formas de Poder en la España Moderna, Madrid, Fundación Española de Historia Moderna, 2016, pp. 737-749.

Familia, Cultura Material y Formas de Poder en la España Moderna, 2016

Este trabalho, desenvolvido no âmbito de um projecto de doutoramento mais amplo, tem como objectivo analisar as razões que levaram a coroa portuguesa a consignar ao tribunal da Inquisição rendimentos com origem nos bens da Igreja. Far-se-á uma tentativa de contribuir para desmistificar a ideia que a actividade persecutória do Santo Ofício era a principal fonte de financiamento desta instituição. Por um lado, analisar-se-á o processo que levou à aplicação destas rendas à Inquisição e, por outro, tentar-se-á perceber qual o papel que estes réditos desempenhavam no cômputo global das receitas auferidas por cada um dos tribunais metropolitanos portugueses: Coimbra, Évora e Lisboa. Para além disso, dar-se-á atenção a alguns momentos de maior conflito/resistência dos cabidos no pagamento destes novos direitos à Inquisição. No final, conclui-se que os rendimentos eclesiásticos, a par dos dinheiros entregues aos tribunais com origem nos bens confiscados e da tença do tabaco, constituíam os pilares financeiros do Santo Ofício português, ainda que de forma diferenciada nas três mesas inquisitoriais em apreço.

Eds. Monarquias Ibéricas em Perspectiva Comparada (séculos XVI-XVIII). Dinâmicas imperiais e circulação de modelos administrativos. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais

2018

Dispor de uma análise dos quadros jurídico-políticos e administrativos das duas monarquias ibéricas na época moderna é fundamental para o investigador que pretende estudar os processos históricos nos quais estas foram protagonistas, bem como os agentes neles envolvidos. O livro Monarquias Ibéricas em Perspectiva Comparada. Dinâmicas Imperiais e Circulação de Modelos Administrativos (séculos XVI-XVIII) procura dar resposta a esta necessidade, propondo, a partir de perspectivas novas, uma visão panorâmica, e ao mesmo tempo comparada e integrada, dos mecanismos de administração de ambas as monarquias. Privilegia-se, assim, a sua organização territorial, as jurisdições políticas e religiosas, a estruturação das administrações civis - e a participação nela de instituições «indígenas» -, bem como a organização militar e eclesiástica. A este respeito, como o título indica, interessa particularmente a circulação de modelos, em sentidos diversos, entre metrópole e territórios imperiais. A inter-acção e interdependência entre as instituições metropolitanas e as instituições estabelecidas nestes espaços, a circulação de agentes entre umas e outras, atravessam assim o livro, com o objectivo de proporcionar, uma leitura mais complexa, porque interligada, dos vários territórios sobre os quais o domínio político destas duas monarquias incidiu.