A TEORIA DO CATACLISMA E A CRONOLOGIA BÍBLICA (original) (raw)
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AS TEORIAS CARROLLIANAS DAS FALÁCIAS
Resumo: Exponho e discuto as teorias das falácias em duas obras de Lewis Carroll: seu manual de lógica O jogo da lógica e a sua obra parcialmente póstuma Lógica simbólica. Carroll discute as falácias no quadro de uma silogística ampliada e modificada, marcada pela presença de termos privativos e de uma interpretação sui generis das proposições universais afirmativas. Além disso, emprega tanto um método diagramático próprio como uma notação original por subscritos na discussão das falácias. Discuto, com especial atenção, as Falácias da Conclusão Defeituosa, recorrendo ao Princípio de Caridade e propondo um Princípio de Descaridade.
O CATOLICISMO EO ESTADO NA HISTÓRIA RELIGIOSA CONTEMPORÂNEA
Lusitânia sacra, 2009
Emb. Sampaio:] Disse-lhe que o Senhor Presidente do Conselho [Salazar] quer sobretudo evitar dificuldades futuras; não quer que numa concordata destinada a acabar com quaisquer dificuldades existentes fique semente de dificuldades futuras pela imprecisão ou ambiguidade de fórmulas. Replicou-me [Mons. Ciriaci] que o intuito era o mais louvável, mas era dificílimo senão impossível atingir fim tão perfeito. A experiência da Igreja Católica diz-lhe que as dificuldades entre o Estado e a Igreja Católica renascem, ou se renovam sempre, ou persistem, através do séculos e sob todos os regimes; varia a intensidade delas, varia a forma, têm longas pausas, mas não se extinguem nunca. Apontamento de Conversa do Emb. Sampaio com o Núncio Ciriaci (4.7.1939).
O DILEMA DO MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO NA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA
O ponto central deste artigo é que o método histórico-crítico de interpretação da Bíblia vive hoje um dilema causado pelo amadurecimento dos princípios que adotou por ocasião de seu nascimento, há cerca de 250 anos, como filho legítimo do Iluminismo e do racionalismo. Apesar do ufanismo com que o método foi saudado no início e ainda hoje é defendido por seus adeptos, ele não é, de fato, um método "científico" e desprovido de preconceitos de ordem ideológica e teológica. Na verdade, ele surgiu para fazer a separação entre Palavra de Deus e Escritura, proposta por J. Solomo Semler, uma distinção que é eminentemente teológica e que determinou o objetivo do método e seu funcionamento. O método histórico-crítico deu origem a diversas críticas, como a das fontes, da forma e da redação. O dilema em que o método hoje se encontra é devido a diversos fatores, apontados por estudiosos alemães como Gerhard Maier, Eta Linneman e Peter Stuhlmacher. O método histórico-crítico assumiu desde o início pressupostos dogmáticos que refletem rejeição da autoridade e infalibilidade das Escrituras. Ele também estabeleceu um alvo que é impossível de ser alcançado, ou seja, separar o cânon normativo do cânon formal, estabelecendo exegeticamente a distinção entre Palavra de Deus e Escritura. A verdade é que o cânon bíblico não pode ser dividido entre normativo e formal. O método histórico-crítico, por sua própria natureza, abriu uma enorme brecha entre a academia e a Igreja, não somente pela escassez de resultados e pela evidente desarmonia entre eles, como também por impedir o acesso da Igreja ao conhecimento das Escrituras.
A METODOLOGIA DA TEORIA FUNDAMENTADA NOS DADOS CLÁSSICA
Objetivo: discutir o papel dos orientadores e estudantes que usam a Teoria Fundamentada dos dados no contexto da pós-graduação em enfermagem, como mestrado, doutorado ou doutorado profissional. Método: utilizou-se análise reflexiva, organizada em três seções: 1) Visão geral da Teoria Fundamentada nos dados; 2) Papel dos orientadores; e 3) Papel dos estudantes. Resultados: a Teoria Fundamentada nos dados é uma das metodologias de pesquisa qualitativa mais utilizadas na enfermagem. No entanto, na prática, diferentes abordagens são empregadas, gerando confusão. A metodologia Teoria Fundamentada nos dados, desenvolvida por Glaser e Strauss, busca compreender o que está acontecendo em uma área substantiva, e seus procedimentos orientam os pesquisadores na descoberta da principal preocupação dos participantes com base em dados emergentes, não em dados pré-concebidos. Conclusão: a Teoria Fundamentada nos Dados incentiva a autonomia de pesquisadores, e os orientadores precisam adotar um estilo de supervisão que maximize o desenvolvimento da teoria, sabendo que a Teoria fundamentada dos Dados é melhor aprendida por meio de experiências. Os pesquisadores devem confiar que a metodologia permitirá que eles desenvolvam uma teoria significativa, contando a forma utilizada pelos participantes para resolverem suas principais preocupações.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRAJETÓRIA INICIAL DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA
95 95 95 95 95 Arqueologia Bíblica surgiu como uma maneira de confirmar o texto bíblico. Seu objetivo inicial era, antes de tudo, comprovar, por meio da cultura material, a narrativa bíblica. Neste artigo, esboçamos algumas considerações preliminares sobre os inícios da disciplina. Num cenário mais amplo, havia, especialmente desde fins do século XVIII, um cres-cente interesse pelo estudo de antigos monumentos e cidades. À curiosidade a respeito das "grandes civilizações do passado", aliava-se uma busca pelas raízes da civilização Ocidental. Roma Antiga e Grécia Clássica eram os maiores alvos dessa empreitada, mas as chamadas "terras da Bíblia" destacaram-se também nesse rol (ver, por exemplo, Díaz-Andreu, 2007, p. 131; Silberman, 1982 e 1989). Vista como a "herança espiritual" dos povos europeus, a região serviu, aos nascentes impérios cuja base religiosa era o Cristia-nismo, como fonte de um passado nobre e glorioso. A Dossiê Resumo: O artigo apresenta considerações sobre os inícios da arqueologia bíblica. Destaca os primeiros esforços a partir do século XIX, ressaltando que a partir deste período verifica-se um interesse maior dos europeus e dos norte-americanos para com o Oriente Próximo. Muitas expedições arqueológicas do período, além do interesse teológico na confirmação de afirmações bíblicas, estão envolvidas com interesses militares em busca do mapeamento e do conhecimento profundo daquela região. Palavras-chave: Arqueologia bíblica, mapeamento, cultura material, Palestina Abstract: The present article presents considerations about the beginnings of biblical archaeology. It highlights the first efforts from the nineteenth century, noting that beginning with that period there is a greater interest of Europeans and Americans for the Middle East. In addition to theological interest in the confirmation of biblical statements, many archaeological expeditions of the period are involved with military interests in search of mapping and deep knowledge of the region.
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL DISCIPLINA TEOLOGIA BÍBLICA DO ANTIGO TESTAMENTO
Faculdade e Seminário Teológico Nacional Ensino à Distância CONCEITO GERAL Teologia é a ciência que trata do nosso conhecimento de Deus, e das coisas divinas. A teologia abrange vários ramos, vejamos: Teologia exegética -Exegética vem da palavra grega que significa extrair. Esta teologia procura descobrir o verdadeiro significado das Escrituras. Teologia Histórica -Envolve o Estudo da História da Igreja e o desenvolvimento da interpretação doutrinária. Teologia Dogmática-É o estudo das verdades fundamentais da fé como se nos apresentam nos credos da igreja. Teologia Bíblica -Traça o progresso da verdade através dos diversos livros da Bíblia e descreve a maneira de cada escritor em apresentar as doutrinas mais importantes. Teologia Sistemática -Neste ramo de estudo os ensinamentos concernentes a Deus e aos homens são agrupados em tópicos. Faculdade e Seminário Teológico Nacional Ensino à Distância INTRODUÇÃO O Antigo Testamento é a parte preparatória de Deus para revelações maiores e mais profundas ao homem. Por isso é especial. Deus providenciou uma revelação e mostrou seus diferentes métodos: Sonhos -Joel 2:28 E háde ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Jeremias 23:32 Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o SENHOR, e os contam, e fazem errar o meu povo com as suas mentiras e com as suas leviandades; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e não trouxeram proveito algum a este povo, diz o SENHOR. Visões -Atos 7:31 Então Moisés, quando viu isto, se maravilhou da visão; e, aproximando-se para observar, foi-lhe dirigida a voz do Senhor, ( Uma Visão espiritual ) Aparições -Isaías 6:1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi tambémao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.
A Teoria Crítica e as Relações Internacionais: antecedentes Como vimos nos capítulos anteriores, um debate emergiu, nos anos 80, contrapondo novas versões das teorias realista e liberal das Relações Internacionais. O chamado debate "neo x neo", em referência à denominação dessas novas tendências (neo-realismo e neoliberalismo), ocupou o centro das atenções dos estudiosos da área durante, pelo menos, duas décadas. Apesar de essas duas correntes continuarem a dominar a produção intelectual da academia até hoje, perspectivas alternativas começaram a surgir, também nos anos 80, desafiando a visão convencional das relações internacionais. Nesse sentido, os debates interparadigmáticos abriram a disciplina para uma diversidade de abordagens que, anteriormente, não encontravam espaço diante do predomínio incontestável do realismo nas áreas de pesquisa mais importantes dos estudos internacionais. A Teoria Crítica é uma das mais importantes, senão a mais importante, contribuição alternativa surgida desde então, apresentando uma crítica contundente à concepção realista das relações internacionais como política de poder e questionando a pretensão científica das teorias internacionais, em particular seu compromisso com o positivismo. Da mesma forma, a Teoria Crítica ampliou o leque de temas que deveriam ser prioritários em nossas pesquisas, indo além das esferas tradicionais da segurança e da política externa e incluindo questões como o problema da mudança nas relações internacionais; os temas da hegemonia, da emancipação e da desigualdade; a centralidade do Estado como ator; o meio ambiente; as questões culturais; a integração das estruturas econômicas na reflexão sobre a política mundial; a ausência de uma dimensão ética na reflexão da área; o conceito de sociedade civil global, entre outras. O crescimento da influência da Teoria Crítica reflete a insatisfação dos estudiosos com as teorias dominantes diante de suas evidentes limitações na compreensão e análise das mudanças em curso na política mundial. Com o acirramento da Guerra Fria durante os anos 80, cresceram as demandas por uma perspectiva alternativa que considerasse em suas análises os desafios que a ameaça nuclear, a pobreza, o terrorismo, a devastação do meio ambiente etc. colocavam, de maneira dramática, para a humanidade como um todo. Nesse sentido, podemos dizer que a teoria crítica nas Relações Internacionais nasce no contexto de turbulência característico de um período de transição para uma ordem mundial cada vez mais globalizada.1 Neste capítulo, discutiremos as contribuições dos principais expoentes dessa corrente, destacando os temas e conceitos que mais influenciaram o desenvolvimento do debate na área nos últimos 20 anos. Começaremos com uma breve recapitulação da herança intelectual destes autores, que inclui novas interpretações da obra de Marx, a teoria social da Escola de Frankfurt, bem como a teoria da hegemonia do intelectual marxista italiano Antonio Gramsci. Ao trazer a obra desses autores para o campo das Relações Internacionais, os teóricos críticos abriram o caminho para o desenvolvimento de uma crítica vigorosa ao realismo, cujo impacto transformou, definitivamente, a maneira como pensamos a teoria na disciplina hoje. A teoria crítica traz o marxismo de volta para as Relações Internacionais. Diferente das teorias da dependência e do sistema-mundo, o marxismo da Teoria Crítica procura resgatar os elementos da obra de Marx que permitem uma visão não determinista e não economicista da realidade social. Esses autores estavam particularmente interessados nos escritos filosóficos e políticos de Marx nos quais estão presentes análises complexas de processos históricos, como as revoluções sociais na França e na Alemanha entre 1848-49, onde encontramos um lugar privilegiado para a ação política dos sujeitos envolvidos, para suas idéias e ideologias, bem como sua organização e estratégias.
ANTÓNIO BRAZ TEIXEIRA E O PROBLEMA DO ILUMINISMO CATÓLICO
António Braz Teixeira: Obra e Pensamento, 2018
Neste texto, inserido num volume que o homenageia, dissertamos sobre o problema do iluminismo católico na obra de António Braz Teixeira. Situando a sua tese face à perspetiva dominante na historiografia, identificamos diferenças substantivas, mas também tópicos comuns e recorrentes, cuja pertinência discutimos. Propomos, consequentemente, uma visão metodológica alternativa, orientada para um regime de cooperação com as intencionalidades em ação nos projetos iluministas, de modo a dar outra consistência à crítica do respetivo alcance na definição do que se veio a designar com o termo umbela de Modernidade. In this text, inserted in a volume that honors him, we discuss the problem of Catholic Enlightenment in the work of António Braz Teixeira. Putting his thesis in the face of the dominant perspective in historiography, we identify substantive differences, but also common and recurrent topics, the pertinence of which we discuss. We propose, therefore, an alternative methodological vision, oriented to a regime of cooperation with the intentionalities in action in the Illuminist projects, in order to give another consistency to the critique of its scope in the definition of what has come to be denominated with the umbela term of Modernity.