Traduzindo a África Queer (original) (raw)

A África Queer cruza o Atlântico: contrapondo histórias únicas

Anuário Antropológico, 2021

As experiências queer africanas são múltiplas em suas narrativas, vivências e debates. Ao mesmo tempo em que a sua multiplicidade encontra barreira nas estruturas heteronormativas e patriarcais, ela as subverte a partir das suas sexualidades e gêneros dissidentes. Dessa forma, o presente ensaio bibliográfico tem como objetivo apresentar diferentes abordagens sobre existências e resistências e existências LGBTIQs africanas, assim como as implicações políticas, religiosas e sociais que acompanham esses sujeitos. Para elencar essas questões, partimos da discussão feita nos dois volumes da coletânea Traduzindo a África Queer, que traz ao público brasileiro a tradução parcial do já clássico Queer African Reader.

Como traduzir a teoria Queer para a Língua Portuguesa

Revista Gênero

Proposta de síntese histórica desde o pós-estruturalismo e os estudos de gênero até a emergência da teoria Queer. O contexto cultural da língua portuguesa e a tradução da Teoria Queer.Palavras-chave: Homossexualidades; Teoria Literária; Teoria Social

Texto e performance na África (Trad. de Karin Barber)

Amazônica - Revista de Antropologia, 2021

Se os textos escritos geralmente envolvem algum tipo de dimensão performativa, as performances orais também implicam a constituição de um texto. A Antropologia Linguística americana usa o termo “entextualização” para o processo pelo qual trechos de discurso falado são destacados de seu contexto imediato e tornados repetíveis e, assim, transmissíveis. Na poesia oral africana existem estratégias de entextualização que envolvem fazer do discurso algo objetivável: ao torná-lo foco de exegese ou ao apresentá-lo como citável, ressaltando assim a percepção de que essas palavras preexistiam ao seu momento presente de enunciação e depois deste poderiam continuar a existir. No entanto, os cânticos de louvor africanos são também altamente dinâmicos. O texto não é consolidado de modo a constitui-lo como monumento imutável. Em vez disso, a consolidação ocorre para que ele possa ser reativado em um novo contexto de enunciação, no qual tenha engajamento efetivo e força dialógica. Logo, pode-se observar que a dimensão performativa e a dimensão entextualizante são inseparáveis e mutuamente dependentes.

Introdução: Queer/Cuir das Américas: tradução, decolonialidade e o incomensurável

Revista Periódicus

Editores: Diego Falconí Trávez(Universitat Autònoma de Barcelona/Universidad San Francisco de Quito),Lourdes Martínez-Echazábal (Universidade de Califórnia Santa Cruz/Universidade Federal deSanta Catarina), Joseph M. Pierce (Stony Brook University), Salvador Vidal-Ortiz (AmericanUniversity) e Maria Amelia Viteri (Universidad San Francisco de Quito)

Queer nos trópicos

Resumo: Este texto busca problematizar tanto a potência da teoria queer como seus possíveis limites, formulando as seguintes indagações: estaríamos diante de mais uma teoria do centro para as periferias (e que reinscreveria, noutras cores, esse divisor centro-periferia)? A própria persistência do termo em inglês sinalizaria uma geopolítica do conhecimento na qual uns formulam e outros aplicam as teorias? Haveria possibilidade de o gesto político queer abrir-se para saberes--outros ou estaríamos presos dentro de um pensamento sem que nada de novo possamos propor ou vislumbrar? Como, enfim, pensar queer nos trópicos?

Africanidades Em Transcriações Infantis

Revista Espaço do Currículo

Busca ampliar sentidos de docências com crianças, em transcriações infantis, a respeito da beleza da africanidade, da importância dos negros na história do Brasil e dos modos de re-existir e reencantar o mundo. O campo problemático se constitui ao destacar o incômodo vivido por crianças negras ao desenhar, pensar e narrar sobre si, sobre sua cor de pele, tipo de cabelo e pela dor sentida pela discriminação. Apresenta experiências educativas e registros elaborados junto a um grupo de crianças entre 5 a 6 anos de uma instituição da autarquia federal de ensino no ano de 2019. Mobiliza a metodologia de pesquisa-intervenção pautada na cartografia e redes de conversações como procedimento para problematizar os diálogos entre as crianças, professoras, famílias e estudantes de Cursos de Licenciatura. Realiza conexões com a noção de currículos em redes de conhecimentos, de transcriações infantis e de avaliação como prática cartográfica de registros cotidianos. Como resultados, posiciona-se q...

Olhares sobre o queer/cuir na tradução ibero-americana

Mutatis Mutandis v. 16, n. 1, 2023

A partir de uma revisão da figura de James S. Holmes como um pensador pioneiro dos Estudos da Tradução contemporâneos, este artigo introdutório identifica aspectos-chave nas reflexões sobre o queer em artefatos culturais traduzidos. O artigo está dividido em três seções relacionadas ao conceito de olhar (insubmisso), elaborado por Alberto Mira, para reconhecer as trajetórias queer dos Estudos da Tradução desde sua formação disciplinar, passando pelo surgimento das abordagens de gênero, até chegar às pesquisas reunidas neste número especial. A segunda seção inclui uma breve revisão sobre como a palavra queer foi traduzida em espanhol e em português e as tentativas de naturalizá-la nesses idiomas por meio da palavra “cuir”. A terceira seção inclui uma organização conceitual sobre como os estudos de tradução do gênero têm sido construídos: tradução e gênero; tradução e queer/cuir, e tradução e transgênero. O texto conclui com uma breve apresentação de cada um dos doze artigos reunidos neste número.

Traduzir o queer: uma opção viável?

Ensaio, 2020

O objetivo do presente ensaio é discutir como (se possível) deveríamos traduzir a ideia de ‘queer’ (tal como no sintagma ‘teoria queer’), do inglês para o português. Nosso interesse não é simplesmente o de traduzir o termo ‘queer’, mas sim discutir o que podemos ganhar e/ou o que podemos perder no processo de tradução e adaptação da teoria queer, deslocando-a de seu contexto anglófono e realocando-a em um contexto lusófono, em especial quando se leva em consideração a articulação da teoria na análise cultural e na crítica literária fora de contextos anglófonos.

Introdução à Linguística Queer

Programa da disciplina "Introdução à Linguística Queer", ofertada no Programa de Pós-Graduação em Letras, na Universidade Estadual de Maringá (PR).