A FINITUDE SEGUNDO RICOEUR - A NEGATIVIDADE COMO TRAVESSIA DO HOMEM FALÍVEL.pdf (original) (raw)

O HUMANISMO NEGATIVO E A PEDAGOGIA-uma crítica ao desejo permanente de um homem como ficção pedagógica estruturante

2023

Humanism is a problem for education. What kind of man do you want and what society wants him? The desire for man as a structuring fiction of pedagogy is part of an urgent discussion. The humanist tradition passed through the ideals of Christianity, the Enlightenment, industrialism and the modern. From the ideas of Rogers, in the teacher-student relationship, there should not be the desirability of a fixed man as an educational product, a man to be constituted from a decided model. Traditional pedagogy created Homo nullus, a product of the ontological-social deformation of Homo sapiens. Negative humanism is the idea of an anti-humanism, the idea of a dialectically constructed man, but without the Hegelian synthesis. We do not need a man as an arrow for the formation of the individual. It is exactly this idea that has been slowing down the transformation force of education and making it functional at the service of those who hold power. A pedagogy that values possibilities, a true pluralism, a negative humanism, determined to fossilize ambivalent humanism or any other, could be the emancipatory pedagogical reorganizer. This would be the structuring way to de-specify Homo nullus. Negative humanism could finally bring the chance to overcome the permanence of a semi-society and to reunite the species, in search of the desired and discussed end of social asymmetry.

O ARGUMENTO DA RESPONSABILIDADE: UM ENSAIO SOBRE O NÃO-POSITIVISMO INCLUSIVO DE ROBERT ALEXY E OS BENS HUMANOS BÁSICOS - Alberto de Moraes Papaléo Paes e Jaciel de Moraes Papaléo Paes

Revista Estudos Institucionais, Fev, 2018

No presente ensaio pretendemos analisar o conceito de Robert Alexy acerca do que vem a ser o Não Positivismo Inclusivo. Ao descrever a teoria do direito alexyiana pretendemos denunciar as opacidades do discurso relativista que ela acaba produzindo a partir da perspectiva da responsabilidade civil. Fazendo isto, pretendemos, por oportuno, indicar uma alternativa possível capaz de mitigar o relativismo dos discursos baseados no pressuposto de autonomia kantiana a partir de um revigoramento de Aristóteles e São Tomás de Aquino na obra de John Finnis. Apesar de discordarmos de algumas conclusões conservadoras do autor australiano sua metodologia analógica se torna uma possibilidade de objetivação do dano e inserção do interesse jurídico como critério validativo para compreensão da responsabilidade com os bens humanos básicos.

O FENÔMENO DA ILICITUDE LUCRATIVA - Pedro Rubim Borges Fortes

Revista Estudos Institucionais, 2019

O presente artigo discute o fenômeno da ilicitude lucrativa. Como as empresas privadas tomam decisões racionais sobre a violação das leis consumeristas e a observação empírica mostra que as empresas brasileiras continuam violando o Código de Defesa do Consumidor (CDC), o sistema de tutela coletiva não consegue prevenir essas irregularidades devido à insuficiência de sanções. Analisando todas as 405 ações coletivas movidas contra empresas privadas pelas Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor da Capital no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, entre 1991 e 2010, as sanções impostas pelos juízes não foram suficientes para prevenir novas transgressões coletivas. Os tribunais brasileiros não devem apenas condenar essas empresas por suas violações dos direitos do consumidor, mas também impor sanções econômicas e obrigá-las a reembolsar efetivamente as tarifas ilegais que cobraram de forma abusiva. Os danos punitivos devem ser ótimos, dissuadindo as empresas sem causar custos excessivos que possam prejudicar acionistas e consumidores. A ilicitudade não deve ser lucrativa. No cenário atual de dissuasão imperfeita, as instituições financeiras, as empresas de telecomunicações e outras empresas privadas continuarão a infringir a lei, uma vez que tenham incentivos econômicos para fazê-lo.

VILANISMO. TODA MALDADE É JUSTIFICÁVEL, ANÁLISE FÍLMICA DE MALÉVOLA (2014).pdf

Neste trabalho cientifico, utilizamos como objeto de estudo a produção audiovisual “Malévola” (2014) para abordar a questão das novas narrativas contemporâneas e as novas perspectivas, o antes antagonista se torna o protagonista da história, tomando lugar nessas narrativas e contando a sua versão. Abordaremos também a simbologia que há nesses contos e nas produções audiovisuais, analisando o nosso objeto a partir da semiótica, nos baseando na narrativa do conto de “A Bela Adormecida” escrita pelos autores Perrault (1697) e Irmãos Grimm (1812), que foram a base para a produção fílmica do objeto. Para entender sobre a configuração das narrativas, utilizamos os autores: Propp (1984), que explica a questão da estruturação dos contos de fadas e Bettelheim (1997), que aborda a psicanálise dos contos de fadas. Palavras-chave: Malévola. Narrativas contemporâneas. Contos de fadas. Audiovisual.

O Interesse do Indivíduo e a Argumentação sobre a Felicidade no Positivismo.pdf

In the nineteenth century, a new perspective of thinking about the world and bring the space of meta-ethical argument, a discussion of the ethical naturalism amid utilitarian philosophy. The expansion of thought has become even more promising, in his time, according to the questions about the ethical naturalism were reduced interpellations on kindness, happiness and pleasure, opening doors for them to be expanded and rethought, enhancing thus the human thought. The concepts about being come to declare a possibility of transformation of this before their society, especially when the maximization of concepts, feelings, preponderant to guide or to follow up the terms that are useful, necessary, beneficial most of society. It is argued, therefore, how to maximize concepts of what is universally governed as good, may have relevance to the universal thought emphasizing even more strongly, the real need is becoming even more a good guy to their social environment, while transact and collude with the interests of individuals.

Ricoeur e o homem falível

O objetivo é pensar a falibilidade humana segundo a perspetiva de Paul Ricoeur. Mais de cinco décadas após a publicação de "O homem falível", vale a pena revisitar as primeiras noções do percurso filosófico de Ricoeur, de importância crucial para as questões hermenêuticas e ontológicas que se seguirão.

A RELEVÂNCIA DO NEGATIVO NO FAZER ARTÍSTICO

Resumo: A proposta filosófica de Alain Badiou de encontrar e desenvolver uma nova perspectiva para analisar a arte a partir da prática do artista, e não mais do resultado de sua prática, isto é, da obra de arte, demanda considerar conceitos psicanalíticos, como o de sublimação e de transferência, por exemplo. Vladimir Safatle desenvolve e analisa a forma psicanalítica plasmada pela nova posição inerente da visada, a qual implica em habilitar o negativo, como insumo conceitual imprescindível para a elaboração filosófica e artística desta novidade. Por nossa vez, o artigo se presta para uma reflexão da criação implicada no fazer do artista tomando-se como base a participação do negativo. Além do atravessamento da relevância da negatividade oriunda do conceito do termo nada através da filosofia, da psicanálise e da arte.

PAUL RICOEUR E A PERIFERIA: NOTAS SOBRE A LEITURA DE ERNST WOLFF

Edição Comemorativa da XXII Semana de Filosofia da UFS, 2022

Em 2021, o filósofo sul-africano Ernst Wolff lançou na Bélgica a obra "Lire Ricoeur depuis la périphérie: Décolonisation, Modernité, Herméneutique". Pretendemos apresentar e discutir algumas das problemáticas centrais desse livro importante e atual, que escava na vasta obra ricoeuriana elementos que nos ajudam a compreender melhor os problemas sociais e políticos que afligem as pessoas em África, mas também na América Latina. A obra traz uma contribuição ímpar para os estudiosos de Ricoeur, por trazer à tona traços de um engajamento político que normalmente não tem destaque em sua biografia. Mas a obra interessa igualmente aos não especialistas, uma vez que, ultrapassando muito os propósitos de uma exegese por meio de uma fina reflexão autoral, mobiliza as teses ricoeurianas sobre o Estado, a história, mas também a culpa e a violência, a fim de propor um horizonte às lutas dos povos e culturas marginais dentro da ordem mundial.