MUNDIALIZAÇÃO E MULTICULTURALISMO E A REFUNDAÇÃO DO CONCEITO DE CIDADANIA (original) (raw)

MULTICULTURALISMO E DIREITO NO PAÍS DAS MINORIAS INVISÍVEIS: FUNDAMENTOS E PROPOSIÇÕES PARA UMA NOVA LEITURA DA IDENTIDADE CONSTITUCIONAL BRASILEIRA

O presente trabalho apresenta como hipótese principal a necessidade de que o texto constitucional brasileiro seja interpretado adotando como um dos alicerces de sua identidade constitucional o respeito a identidade cultural, uma das formas da efetivação dos direitos fundamentais do indivíduo. Para isso, esta pesquisa se apoia nos fundamentos de autonomia individual e igualdade desenvolvidos pelo denominado o multiculturalismo liberal para, em um estudo analítico/prescritivo envolvendo teoria política e direito, desenvolver dois objetivos principais. Em seu primeiro momento, pretende-se realizar a análise do papel e dos desafios da constituição dentro das sociedades contemporâneas marcadas pela diversidade cultural. Num segundo momento, procurarmos reconhecer dentro da identidade constitucional brasileira, o lugar e a importância do exercício livre e autônomo da cultura particular de cada indivíduo e seu respectivo grupo

POLÍTICA EM MULTICULTURALISMO E UNIVERSALISMO: DUAS FACES DAS LUTAS PELO RECONHECIMENTO

Resumo. Este artigo científico apresenta a visão das tendências multiculturalistas e universalistas surgidas entre os séculos XIX e XX na visão política do espaço social e da execução da cidadania nos meios onde estão presentes as mesmas. Desde Sartre, marcado pela criação de ideais existencialistas, até mesmo em Hegel, com seus ideais políticos do Estado, contestados por Adorno no século XX, este artigo visa expor uma amostra qualitativa de suas aplicações, quanto amostras quantitativas em margens de aderência populacional a tais tendências.

MULTICULTURALISMO E O PAPEL DAS ALIANCAS DE SEGURANCAS TRANSNACIONAIS

Cenários contemporâneos no âmbito da governança global: políticas nacionais e internacionais de enfrentamento da crise em perspectiva comparada, 2022

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) ___________________________________________________________________________ C395 Cenários contemporâneos no âmbito da governança global: políticas nacionais e internacionais de enfrentamento da crise em perspectiva comparada. Gabriel Rached, Rafaela Mello Rodrigues de Sá-organizadores. São Paulo: Pimenta Cultural, 2022. 445p..

DIFERENCIÁVEIS- MULTICULTURALISMO, ISLÃ E CONFIGURAÇÃO DA IDENTIDADE NO REINO UNIDO

Afro-Ásia, 2022

Este artigo reflete sobre os modos como questões relativas ao multiculturalismo se articulam no processo de formação da identidade de muçulmanos no Reino Unido, por meio de um exame da história recente da imigração e das políticas voltadas para a administração da diferença cultural no território britânico. Dinâmicas relacionadas às disputas de lealdade – religiosas, étnicas e nacionais –, características de comunidades diaspóricas, e os tensionamentos e conflitos que permeiam esses processos têm centralidade na análise. O trabalho evidencia que a essencialização e a excepcionalização da identidade muçulmana, sejam ancoradas em uma religiosidade praticada ou não, e as correspondentes políticas governamentais tiveram influência primordial na convivência multicultural nos países integrantes, contribuindo para dilemas de pertencimento em um contexto de crise na identidade nacional. Identidade muçulmana | Multiculturalismo | Reino Unido

CULTURAS E INTERDISCIPLINARIDADE: UMA EXPERIÊNCIA MULTIMODAL

Diversidade Cultural e Ensino de Língua Estrangeira, 2013

Introdução A iniciativa política do Governo Federal em empreender o processo de universalização do ensino superior em municípios dos interiores dos estados federados representou um drástico salto qualitativo com amplas implicações sociais, econômicas e culturais. Um verdadeiro movimento de reverberação progressiva e irreversível da produção de conhecimento. Desconcentrar e descentralizar o conhecimento dos centros urbanos, formando e fixando recursos humanos qualificados nos interiores é uma forma de democratizar o acesso e difundir o saber científico, abrir portas ao desenvolvimento, gerar oportunidades de crescimento local e regional, em primeira instância. Difundir, entretanto, não é o suficiente. Vivemos um momento, na sociedade global, que nos exige além da arte de recriação de saberes, uma incessante desestruturação de códigos culturais de tendência centralizadora que nos permita novas leituras de mundo, a aceitação da diversidade cultural e uma melhor compreensão da complexidade das interações humanas nas suas formas mais distintas. Por isso, o aspecto intercultural tem ocupado um espaço de destaque nas discussões mais recentes em educação e no ensino de línguas estrangeiras. Entendo que a ampliação desse processo de construção deva ser impulsionada por constantes reflexões e ações retroalimentadas pelas práticas e experiências nos contextos de ensino e concretizada através de projetos de pesquisa, ensino e extensão e o campus da UFPA no município de Bragança, no nordeste do estado do Pará, tem se empenhado nesta missão. Uma das ações em prol de uma melhor formação dos discentes da faculdade de Letras é o Programa de Assistentes de Ensino de Língua Inglesa (ETA). O Programa ETA da Fulbright em parceria com a CAPES além do foco no ensino tem um forte e significativo componente intercultural em sua concepção. Seus agentes são incontestáveis embaixadores que trazem, deixam, tocam, criam e levam

MultIculturalIsmo, IdentIdades DIscursIvas e Espaço PúblIco

2012

Em sua crítica aos antropólogos estruturalistas e cognitivistas que procuraram enfrentar a questão da diversidade das culturas reintroduzindo a Razão como fundamento universal da condição humana, Clifford Geertz (2000), em um ensaio provocativo e bem-humorado, defende o ethos do relativismo cultural como condição epistêmica necessária à vocação da Antropologia como pensamento crítico e de vanguarda. Para Geertz, foi através da ideia, certamente vaga e mal definida, de relativismo que a Antropologia mais perturbou a paz intelectual geral ao descentralizar as perspectivas do pensamento europeu demonstrando, por exemplo, que a ordem política e legal é possível, ainda que na ausência de um poder centralizado ou regras codificadas. Ao coletar inúmeros fatos aparentemente bizarros em terras e épocas distantes-o sacrifício humano dos astecas, a caça das cabeças dos jívaros etc.-a Antropologia, mesmo quando não pretendeu ser relativista tal como o evolucionismo ou difusionismo teria despertado o mundo europeu e o norte-americano para a tolerância uma vez que, se pessoas em outros lugares veem as coisas de modo diferente e as fazem de modo diverso, a "confiança em nossas próprias opiniões e atitudes e nossa determinação de fazer os outros partilhá-las tem uma base muito precária" (Geertz, 2000: 48). O estilo provocador adotado por Geertz expressa, não resta dúvida, o grau de radicalização da polêmica que, no campo acadêmico anglo-americano, separa os defensores do paradigma positivista e determinista da teoria social-o qual postula uma descontinuidade entre o mundo objetivo e suas representações descritivas ao restaurar, por exemplo, conceitos biologizantes, como o de "natureza humana"-, e os detratores desse paradigma realista-os construtivistas de todos os horizontes, críticos de uma noção de "realidade" dotada de uma existência independente dos atores que a criam, das teorias que a descrevem e da linguagem que as materializa. "Sugerir que talvez não existam fundamentos 'sólidos' para os juízos cognitivos, estéticos ou morais", instiga

A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE CIDADANIA

Este artigo apresenta a evolução do conceito de cidadania à luz de algumas transformações políticas ocorridas na História das sociedades. Para tanto, percorremos uma longa trajetória, desde seu nascimento na Antiguidade, passando por uma perda de seu significado na Idade Média, até ressurgir na Modernidade e originar calorosos debates nos dias de hoje.

O CIDADÃO CULTURAL E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA

O presente artigo pretende discutir sobre a cidadania cultural, tomada a partir de um estudo realizado Professor Toby Miller, da Universidade da Califórnia, que condensa sete grandes grupos teóricos sobre o conceito de cidadania cultural; contextualizando na dimensão do pluralismo jurídico adotada como paradigma pela constituinte de 1988, e as possibilidades de tutela dos direitos fundamentais que isso possibilita.

O PROCESSO DE SIGNIFICAÇÃO DE CIDADÃO/CIDADANIA NO CONTEXTO DE REDEMOCRATIZAÇÃO

Revista Cadernos de Letras, 2022

Este estudo está vinculado aos pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discurso Materialista, teoria que nos permite compreender a produção de sentidos em seu funcionamento ideológico e político. Neste artigo, buscamos analisar como a concepção de "cidadão" e "cidadania" se constitui a partir do processo de redemocratização do Estado brasileiro, a fim de construir um imaginário social para o cidadão enquanto um sujeito de direito em uma nação democrática. Para tanto, analisamos sequências discursivas da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases de 1996 a fim de observar os movimentos de sentidos para compreender os processos de significação para o cidadão brasileiro e sua educação. A partir da análise realizada, esta pesquisa nos possibilitou compreender que os sentidos se produzem na imbricação entre duas formações discursivas, configurando-se em distintas posições-sujeito que dividem o sujeito-cidadão entre o individual e o social. Palavras-chave: Análise do Discurso Materialista; imaginário; cidadão; arquivo jurídico; educação.