Considerações de Mário Pedrosa sobre a crise da arte (original) (raw)

Política das artes: Mário Pedrosa e a defesa da arte independente

Visualidades, 2009

A partir de meados da década de 1940 e durante a década de 1950, os escritos de Mário Pedrosa realçaram a importância revolucionária da dimensão estética. Se o reatamento entre arte e produção em massa parecia cumprir anseios democráticos e socializadores no mundo moderno, a dimensão estética era capaz de oferecer aos homens a amplitude da transformação social que se processava. Desde o construtivismo russo até as manifestações mais renovadas da tendência construtiva–entre elas, o concretismo–visavam objetivar o trabalho artístico, inserindo-o na atividade coletiva e emancipadora da sociedade baseada no planejamento da produção. Essa foi a grande contribuição da arte moderna, que aproximou o artista do trabalhador.

Mario Pedrosa e a crítica de arte no Brasil

ARS (São Paulo), 2008

Este artigo busca elaborar uma visão panorâmica e uma análise crítica sobre a vasta obra de crítica de arte desenvolvida por Mário Pedrosa entre os anos 1933 e 1981. Busca-se, através da compreensão contextualizada desta produção crítica, examinar as principais problemáticas relacionadas ao desenvolvimento das artes visuais no Brasil, procurando examinar como os diversos contextos sociais, políticos e culturais se expressam no trabalho de Mário Pedrosa e iluminam as próprias produções artísticas que eram objeto de sua reflexão.

Interseções entre arte e loucura na plataforma crítica de Mário Pedrosa

Revista VIS: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte, 2017

Em meados dos anos 1940, o crítico de arte Mário Pedrosa frequentou o Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, onde estabeleceu contato com jovens artistas e com os internos dessa instituição, que faziam parte de um ateliê de pintura. O encontro com os trabalhos produzidos nesse ateliê suscitou uma reflexão do crítico acerca das relações entre razão e sensibilidade e sobre o estatuto da arte e do artista, dando origem à expressão “arte virgem”, cunhada por Pedrosa para descrever a criação artística de esquizofrênicos, crianças e primitivos. O objetivo deste trabalho é compreender como essa reflexão e a defesa da “arte virgem” contribuíram para que Pedrosa construísse os argumentos que utilizaria para auxiliar na criação de um grupo de artistas concretos no Rio de Janeiro.

Proposições para a função social da arte em Mário Pedrosa

ouvirouver, 2016

Talitha Bueno Motter é mestre na linha de História e Crítica de Arte pelo PPGAV da UFRJ (201 5), onde desenvolveu pesquisa sobre o Clube de Gravura de Porto Alegre e o artista Carlos Scliar. Atualmente, é editora e curadora da revista digital Arte ConTexto (201 3-), atuando também como crítica de arte, e exerce a função de curadora na plataforma Aura Arte (201 5-). Foi laureada nos cursos de Bacharel em Artes Visuais (201 2) e Bacharel em Física (2007) pela UFRGS.

Um crítico de arte em trânsito: os múltiplos papéis desempenhados por Mário Pedrosa no campo artístico brasileiro

2012

Mario Pedrosa foi reconhecido por sua contribuicao para o desenvolvimento da critica de arte brasileira e tambem por sua militância politica. Embora tenha se destacado por sua atuacao nesses dois campos, tambem desempenhou um papel central na formacao de um grupo de artistas no Rio de Janeiro e nos debates entre partidarios do abstracionismo e partidarios do realismo, que foram fundamentais para o processo de renovacao da arte moderna brasileira. Tendo em vista o envolvimento de Pedrosa em diversos campos de atividades, o objetivo deste artigo e investigar como seu empenho em aproximar-se dos artistas e tomar partido nas polemicas envolvendo os movimentos artisticos contribuiu para que ele se consolidasse como uma autoridade nos assuntos relativos a arte em um momento em que os criticos buscavam reconhecimento sob a chancela das universidades.

O incêndio do MAM-RJ e as respostas de Mário Pedrosa às crises artísticas, museológicas e políticas da época

Sociologias Plurais, 2021

O incêndio do MAM-RJ, em 1978, foi o maior desastre patrimonial brasileiro até aquele momento, destruindo praticamente todo seu acervo. Ao acompanharmos os escritos e a atuação do crítico de arte Mário Pedrosa antes e depois do incêndio, muitas de suas ideias sobre arte e curadoria vêm à tona. Iremos aqui apresentar três momentos do pensamento “museal” de Pedrosa em torno desse evento: a proposta de exposição de arte indígena “Alegria de viver, Alegria de criar”, prevista para o MAM-RJ antes do incêndio, sua proposta de reconstrução do museu depois do incêndio como “Museu das Origens” e sua atuação junto ao Museu da Solidariedade Salvador Allende, no Chile. Esses três eventos não apenas demonstram o pensamento museológico de Pedrosa, mas também expressam o potencial de atuação do crítico frente a diferentes momentos de esgotamentos e crises de modelos: da arte moderna e ocidental, da tragédia patrimonial e da política internacional, respectivamente.

A crítica de arte e suas mediações: Mário Pedrosa e a construção de uma plataforma estética concretista no Rio de Janeiro entre as décadas de 1940 e 1950

Sociedade e Estado, 2020

Resumo O crítico de arte Mário Pedrosa destacou-se, entre o final de década de 1940 e o início da década de 1950, ao contribuir para a formação de um núcleo de arte concreta no Rio de Janeiro, juntamente com o artista e professor Ivan Serpa. Enquanto Serpa reuniu esses artistas em suas aulas de pintura, debatendo os trabalhos que eram ali apresentados, Pedrosa fez de sua casa um espaço para apresentar as ideias que estava desenvolvendo em sua tese sobre a percepção da forma na obra de arte. O objetivo deste trabalho é analisar o papel ocupado por Pedrosa na construção de um projeto artístico, em relação àquele desempenhado por Serpa, atuando como mediador em diversos níveis: apresentando os novos artistas ao público na condição de crítico, e atuando como um “teórico” no interior de um grupo de artistas.

Mário Pedrosa e as práticas discursivas da crítica de arte no Brasil: apontamentos para ‘uma’ historiografia da arte

MÁRIO PEDROSA E AS PRÁTICAS DISCURSIVAS DA CRÍTICA DE ARTE NO BRASIL: APONTAMENTOS PARA ‘UMA’ HISTORIOGRAFIA DA ARTE, 2017

RESUMO O presente ensaio analisa, em particular, a produção crítica de Mário Pedrosa, a partir de uma perspectiva ampla da crítica de arte e sua relação com a historiografia da arte no Brasil, evidenciando o intercâmbio de suas práticas discursivas. PALAVRAS-CHAVE Mário Pedrosa; crítica de arte; historiografia da arte. ABSTRACT The present essay analyzes, in particular, the critical production of Mário Pedrosa, from a broader perspective of Art Criticism and its relation with the Historiography of Art in Brazil, showing the exchange of their discursive practices. KEYWORDS Mário Pedrosa; Art Criticism; Historiography of Art.