Percepções acerca da “teoria musical” segundo estudantes do Curso Técnico em Instrumento Musical do IFPB/JP (original) (raw)

Teorias da forma musical no Brasil

Teorias estrangeiras no Brasil: migração, enculturacão e aculturação, 2024

Neste capítulo, examino a recepção, por professores e pesquisadores brasileiros ou atuantes no Brasil, de escritos sobre a forma musical de origem estrangeira. Me concentro em estudos de perfil teórico-analítico que tenham nos fornecido conceitos e ferramentas essenciais para moldar nossa concepção sobre a forma musical. O capítulo se divide em três partes: na primeira, apresento uma visão panorâmica da recepção de diversas teorias estrangeiras produzidas ao longo do século XX que tiveram relevância no ambiente acadêmico brasileiro em momentos e contextos específicos e que seguem servindo como fundamentação teórica de estudos sobre a forma musical. Na segunda, examino em detalhe a recepção das teorias que compõem a chamada nova Formenlehre. E, na última, discuto alguns conceitos diretamente relacionados ao estudo da forma musical propostos por pesquisadores brasileiros que possuem amplo potencial de aplicação no campo.

Teoria e percepção musical

FUNDAÇÃO UNI UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE MEDIOTEC , 2018

Neste trabalho procuramos desmitificar o estudo da teoria musical. Com clareza e objetividade, damos ao aluno a possibilidade de entender e dominar a linguagem musical. Para começar, podemos perguntar: o que é o estudo da teoria musical? Ou por que estudar a teoria musical? O estudo da teoria musical não procura somente dar o nome aos sons, às notas e aos símbolos, mas, sobretudo, entender como a música é escrita e lida. A teoria traz uma reflexão sobre o fazer musical e a sistematização de regras para a construção das músicas.

Ensino de teoria musical no contexto da música popular: busca de um referencial teórico

Music theory teaching is traditionally based on lists of exercises and books that explain the musical elements. The critique of procedures and the search for new possibilities directed this search towards a new theoretical framework for teaching of music theory. The analysis was based on the work of Edwin Gordon and Keith Swanwick. The result was the development of a musical meaning spiral, in which processes and content could be developed based on the transformation of theoretical elements.

Preferências musicais dos estudantes do Curso Técnico em Instrumento Musical do IFPB/JP

Anais da IV Jornada Ibero-Americana de Pesquisas em Políticas Educacionais e Experiências Interdisciplinares na Educação (JORNEDUC), 2019

Este trabalho apresenta e discute as preferências musicais do corpo discente do Curso Técnico Integrado em Instrumento Musical do Instituto Federal da Paraíba, Campus João Pessoa. A pesquisa, do tipo censo, abordou a totalidade do corpo discente através da aplicação de questionários. A partir da questão aberta que interrogou quais os três gêneros musicais favoritos dos estudantes, foram identificados 65 gêneros, caracterizando assim um cenário de relevante diversidade cultural. Os dados levantados configuram um rico material que podem subsidiar importantes intervenções pedagógicas buscando aproximar o currículo escolar do universo sociocultural dos estudantes.

Percepção de cadências por graduandos e extensionistas de curso de Música à luz da teoria ITPRA

Anais do XIV Simpósio Internacional de Cognição e Artes Musicais - SIMCAM 14, 2019

Estudos prévios demonstraram que a percepção de cadências foi distinta para ouvintes músicos e não músicos. Tendo em vista esses resultados, usou-se a teoria ITPRA – Imaginação, Tensão, Previsão, Reação e Avaliação - de Huron (2006) como ferramenta de análise e discussão da metodologia e dos resultados. A teoria ITPRA fornece fundamentação para se analisar estruturalmente os estímulos e correlacioná-los com os resultados empíricos. Estudantes de graduação (N = 38) e de extensão universitária (N = 40) foram submetidos a estímulos (10) de cadência perfeita, plagal, à dominante e deceptiva, respondendo um questionário no qual atribuíam o grau de conclusão ou de suspensão (escala de Lickert) para cada estímulo. Enquanto estudantes de graduação tiveram respostas que vão de acordo com a teoria de aprendizado estatístico moldando hierarquias tonais, existiram desvios nas respostas dos estudantes de extensão. Efetuou-se uma análise dos estímulos para procurar possíveis fatores de distração, e, entre os possíveis fatores, encontram-se expectativas sobre melodia, duração dos estímulos, forma e ritmo harmônico. Essas implicações rítmico-melódicas parecem estar afetando a percepção da amostra frente à sensação das implicações puramente harmônicas.

Teoria musical no Brasil: 1734-1854

Revista Eletrônica de Musicologia, 1996

O trabalho aqui apresentado resultou de uma pesquisa desenvolvida sob os auspícios do PIBIC/CNPq/UNESP, 1 que teve como um dos objetivos identificar tratados teóricos sobre música, portugueses e brasileiros, escritos entre 1530-1850. Essa fase da pesquisa consistiu na localização de exemplares originais desses tratados, em bibliotecas públicas, ou na localização de notícias a seu respeito, em bibliografia especializada dos séculos XIX e XX.

Aprender a teoria musical com o software Finale: um estudo de caso no 1º ciclo do ensino básico

2007

Na área da Educação Musical é notório um défice de software específico que estabeleça a necessária ligação entre a teoria e a prática musical (principal problema identificado nesta disciplina). No caso do 1º ciclo do Ensino Básico, os alunos aprendem canções, cantam e tocam alguns instrumentos mas, a teoria nem sempre é compreendida e/ou ensinada correctamente. A aprendizagem, através da escrita e composição de melodias, apoiada num software de elaboração de partituras -Finale -pode ajudar a estabelecer essa ligação? Realizámos um estudo de caso com uma turma do 3º ano de uma escola básica do 1º ciclo para tentar dar resposta a esta questão. A investigação é de natureza qualitativa e, portanto, descritiva e interpretativa. A estratégia de recolha de dados privilegia a observação directa e o inquérito. Fomos levados a concluir que a utilização do programa Finale contribuiu, de forma decisiva, para a criação de um bom ambiente de trabalho nas aulas. Durante a utilização do "Finale", notou-se nos alunos bastante motivação e empenho na realização das tarefas, principalmente quando o programa era utilizado em articulação com as aulas de Expressão Musical, conseguindo-se um ambiente de trabalho estimulante, atractivo e, consequentemente, propício à aprendizagem significativa. No entanto, temos plena consciência que os resultados poderiam ser mais substantivos se este programa fosse adequado à idade dos alunos, pelo que nos parece urgente reunir esforços, através de equipas de trabalho, no sentido de produzir software deste género, para apoio às aulas de Educação Musical.