A NOVA RAZÃO DO MUNDO: ENSAIO SOBRE A SOCIEDADE NEOLIBERAL (original) (raw)
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APRENDIZAGEM 24/7: A NOVA LINGUAGEM EDUCACIONAL DO NEOLIBERALISMO
2021
Este artigo analisa as transformações na educação a partir da racionalidade neoliberal. Para tanto, forjará pontos de interlocução entre os trabalhos desenvolvidos por Noguera-Ramírez (2011), que tematiza o Homo discentis como a figura antropológica desenvolvida na Modernidade, na compreensão de sujeito como um ser que tende a aprender de forma constante e ininterrupta; e o arsenal teórico-metodológico de Michel Foucault (2008), que tematiza outra figura antropológica, o Homo oeconomicus, como grade de inteligibilidade do tecido social. Nessa interlocução, atentará para a pulverização de uma linguagem da aprendizagem como um dos principais vetores da racionalidade neoliberal.
Entropia, 2024
As interpretações que o poder judiciário emana sobre matérias de grande repercussão internacional, como a condição dos trabalhadores uberizados, importa ao questionamento porque veicula uma série de ideologias similares aos fundamentos mitológicos que fundam o próprio direito. Por isso, este artigo propõe problematizar a naturalização de práticas empresariais que negam a existência de relações trabalhistas entre as plataformas digitais e seus prestadores de serviço. O método de abordagem foi dedutivo, com metodologia de procedimento monográfico, baseado na revisão da literatura, concomitante com breve pesquisa documental. Considera-se que o mito da uberização é legitimado no Brasil a partir da influência social, por meios jurídicos e legais, para justificar lógicas atreladas a autonomia do trabalho, pelo empreendedorismo de si mesmo.
A IDEOLOGIA NEOLIBERAL E SUAS IMPLICAÇÕES
Colloquium Humanarum, 2018
Este debate busca discutir de que forma as ideias neoliberais influenciaram a política educacional da gestão do Estado do Paraná (2015-2018), com foco na Educação Superior, haja vista as reformas e tentativas de privatização das universidades estaduais paranaenses. Para esta análise, será utilizada a pesquisa bibliográfica e documental, favorecendo a reflexão sobre a influência dos organismos internacionais na educação brasileira. O pressuposto é que as políticas educacionais para esse nível de ensino envolvem diferentes atores, interesses e prioridades. Desse modo, as políticas, que deveriam ser de Estado, são, em contrapartida, de Governo, marcadas pelos anseios de um pequeno grupo fortemente influenciado pelo ideário neoliberal e com foco no mercado.
NEOLIBERALISMO: REPERCUSSÕES NO CONTEXTO EDUCACIONAL BRASILEIRO
Este trabalho é resultado de um estudo realizado na disciplina de Fundamentos Filosóficos, Políticos e Sociais na Gestão Escolar ofertada no Curso de Especialização em Gestão Educacional pela Universidade Federal de Santa Maria. Tendo em vistas a atual conjuntura política nota-se a presença de um elemento ideológico político, regido pela a teoria neoliberal, a qual afirma que o Estado é culpado pela crise estrutural da economia. Nesse sentido, a teoria neoliberal tem como objetivo principal a transformação do Estado em um Estado minimalista, ou seja, mínimo para as políticas sociais e máximo para os interesses capitalistas. O neoliberalismo, nesta perspectiva, utiliza artimanhas para redefinir o papel do Estado, a fim de que este se desresponsabilize das políticas sociais. Nesse contexto que surge a Terceira Via, como alternativa de atendimento às demandas sociais, a fim de descentralizar e desresponsabilizar o Estado de suas obrigações com a sociedade civil. Nesse sentido, cabe a todos refletirmos sobre a repercussão da ideologia neoliberal no contexto educacional, formando um pensamento crítico a respeito das políticas de compensação que vem sendo criadas no âmbito educacional, fugindo da alienação que cega as verdadeiras intenções ideológicas e as repercussões destas em nosso cotidiano. Palavras-chave: Neoliberalismo. Educação. Terceira Via.
DO ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL PARA O NEOLIBERALISMO
2014
RESUMO Os direitos à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade, chamados hoje de direitos de primeira dimensão, foram conquistados por meio do movimento denominado "liberalismo". Ato contínuo, um novo modelo de Estado, que visava proteger o cidadão das injustiças e dos males colaterais deixados naturalmente pelo avanço econômico surgiu: o Estado de Bem-Estar Social. Contudo, esse modelo entrou em crise, por uma série de fatores históricos, como a inserção das mulheres no mercado de trabalho e o avanço da tecnologia-que poupou mão de obra e diminuiu as vagas de trabalho. Em resposta, foi criado um novo modelo de Estado: o Neoliberalismo. Nos seus ideais, havia fórmulas de resultados incertos e promessas que visavam ao interesse de poucos. O Neoliberalismo deu início à era da indiferença e das grandes desigualdades. Palavras-chave: Neoliberalismo. Bem-estar social. Desigualdade social. ABSTRACT The rights to life, liberty, property and equality, today called rights of fi rst dimension, were conquered by the movement called "liberalism." Immediately thereafter, a new state model, which aimed to protect citizens from injustices and damages caused naturally by economic progress arose: The Welfare State. However, this model was in crisis for a number of historical factors, such as inclusion of women in the labor market and the advancement of technology-which spared hand labor and decreased job vacancies. In response, a new state model was created: the Neoliberalism. On its ideals, there were formulas with uncertain results and promises aimed at the interests of the few, which initiated the era of indifference and high inequality.
O MUNDO DIANTE DA CONTRAREVOLUÇÃO NEOLIBERAL
O fim da União Soviética e do sistema socialista no Leste europeu no final da década de 1980 e a introdução do modelo neoliberal em substituição ao keynesianismo colocaram em xeque as forças de oposição anticapitalista em todo o mundo. Immanuel Wallerstein destacou em sua obra Utopística ou as Decisões Históricas do Século Vinte e Um, publicado pela Editora Vozes em 1998, que as três maiores acusações contra o socialismo histórico implantado na União Soviética e no Leste europeu são: 1) o uso arbitrário da autoridade do Estado (e do partido); nos piores casos, terror comandado pelo Estado; 2) a extensão dos privilégios da Nomenclatura (grupo dominante na estrutura de poder da União Soviética); e 3) extensa ineficiência econômica cujo resultado foi uma contenção do aumento do valor social em vez de sua promoção.
NEOLIBERALISMO E AGRAVAMENTO DOS PROBLEMAS SOCIAIS NO BRASIL
O modelo econômico neoliberal implantado em 1990 é o grande responsável por agravar os problemas sociais do Brasil na atualidade. A devastação social tem sido o principal resultado do modelo econômico neoliberal no Brasil inaugurado pelo presidente Fernando Collor em 1990 e mantido pelos presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva, Dilma Roussef, Michel Temer e Jair Bolsonaro. A recessão econômica atual, a desigualdade social, o desemprego em massa e a extrema miséria do País demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no Brasil. A devastação social sofrida pelo Brasil com a desigualdade social, o desemprego em massa e a extrema miséria é demonstrada através dos indicadores de concentração de renda, de desemprego, de desigualdade social e de pobreza extrema.
ESTADO, MERCADO E CONCORRÊNCIA: FUNDAMENTOS DO “NEOLIBERALISMO” COMO UMA NOVA COSMOVISÃO
Revista da SEP, 2019
O artigo tem como objetivo destacar algumas das características fundamentais do que se convencionou denominar “neoliberalismo”, tendo como referência o modo como ele se distingue do “novo liberalismo” (ênfase na justiça social amparada em mecanismos redistributivos) e, simultaneamente, a sua ruptura com o liberalismo clássico. Neste sentido, o “neoliberalismo” é aqui pensado não como uma mera ideologia ou um tipo peculiar de política econômica, mas como uma nova cosmovisão, em vias de consolidação: por congregar um conjunto original de aparatos discursivos, princípios normativos, dispositivos de poder, orientações epistemológicas e práticas de conduta social, o neoliberalismo representa um complexo e multifacetado quadro de forças que tem como função prioritária difundir a lógica da concorrência para todas as dimensões da vida social. Uma tarefa desta envergadura só é exequível mediante a transformação e reforço do poder do Estado, que deve ser capaz de alicerçar um quadro institucional capaz de transformar e disciplinar o homem, adaptando-o a uma dinâmica social centrada na competição mediada por mercados autorreguláveis.
NOVA IORQUE E O NEOLIBERALISMO
David Harvey, geógrafo britânico, professor da City University of New York e especialista em geografia urbana, fez conferência em 29 de setembro de 2010 abordando o tema Neoliberalism and the City no Middlebury College Symposium, "Urban Landscapes: The Politics of Expression". Em sua conferência, David Harvey faz um contraponto entre o ideal de liberdade que a cidade proporcionaria e o que está acontecendo com as cidades contemporâneas como é o caso de Nova Iorque por ele analisada. Para David Harvey, uma das coisas mais fascinantes foi acompanhar a neoliberalização de Nova Iorque que foi à falência em 1975 (HARVEY, David. Neoliberalism and the city. Disponível no website https://brock.scholarsportal.info/journals/SSJ/article/.../977/947).
OS NEFASTOS EFEITOS DO NEOLIBERALISMO SOBRE O BRASIL E COMO SUPERÁ-LOS
A prática vem demonstrando a inviabilidade do modelo econômico no Brasil inaugurado pelo presidente Fernando Collor em 1990 e mantido pelos presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Roussef. O baixo crescimento econômico do Brasil e a elevação desmesurada da dívida pública federal durante os governos FHC, Lula e Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no País. Não apenas FHC deixou um legado econômico comprometedor do desenvolvimento do Brasil. Lula e Dilma Roussef são também responsáveis por esta situação porque não foram capazes de adotar um modelo econômico que contribuísse com efetividade para o progresso econômico e social do Brasil. Tanto quanto o governo FHC, os governos do PT de Lula e Dilma Roussef mantiveram o modelo neoliberal que contribuiu para provocar uma verdadeira devastação na economia brasileira de 2002 a 2014 configurada: 1) no crescimento econômico pífio e descontrole da inflação; 2) nos gargalos existentes na infraestrutura econômica e social; 3) na desindustrialização da economia brasileira; 4) na explosão da dívida pública interna e externa, na desnacionalização da economia brasileira e no agravamento da crise financeira do setor público; 5) no fracasso da política social governamental e na superação das desigualdades regionais; 6) no agravamento da situação do meio ambiente; e, 7) na retomada da política de privatização.