COLÔNIA CECÍLIA: a memória de uma Comuna Socialista na obra "Um Amor Anarquista" de Miguel Sanches Neto (original) (raw)

Os Sentidos Das Lembranças Na Obra "O Partido Comunista Que Eu Conheci: 20 Anos De Clandestinidade

Dia-Logos: Revista dos Alunos de Pós-Graduação em História, 2018

Neste artigo apresentaremos algumas reflexões acerca dos objetivos intelectuais do ex-dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB) João Falcão (1919-2011), a partir da escrita de O Partido Comunista que eu conheci: 20 anos de clandestinidade. Publicada no ano de 1988, a obra é a primeira de um conjunto de produções de natureza memorialística, biográfica e historiográfica. Em seu primeiro livro, João Falcão evidencia seu plano de consolidação como escritor, rememorando sua relação com o campo das letras durante sua militância no PCB. Demonstraremos como essas memórias relacionam-se com o contexto de escrita, fazendo parte dos objetivos do autor em ser reconhecido como um importante intelectual de sua geração.

O Anarquismo Da Colônia Cecília: Uma Jornada Do Sonho a Desilusão

Revista De Geografia, 2011

RESUMO O presente artigo tem como objetivo traçar um panorama da Colônia Cecília desde o contexto de sua criação, concretização até chegar os dias atuais levantando algumas problemáticas sobre o futuro incerto do patrimônio cultural da colônia. Busca-se ainda desmistificar alguns pontos obscuros e errôneos dessa experiência que tem sido propagados no decorrer da história. Utilizou-se para tanto, uma revisão teórica caucada em obras de cunho científico. Ao final do artigo, elabora-se um balanço de algumas das variáveis que se considerou de maior importância e delineia-se algumas ações que estão sendo levadas a cabo na atualidade e que poder auxiliar a compreender o futuro do patrimônio histórico da Colônia Cecília.

Breve Trajetória da Organização Anarquista Socialismo Libertário (São Paulo, 2009-2019)

Em Movimento: Memórias, Experiências e Performances Coletivas, 2022

Este capítulo mapeia e discute, brevemente, a trajetória da Organização Anarquista Socialismo Libertário (OASL), de São Paulo, em seus 10 primeiros anos de existência. Ele sintetiza alguns resultados de uma pesquisa mais ampla, que já vem sendo conduzida há certo tempo. Essa trajetória vincula-se, diretamente, à história do chamado anarquismo especifista 48 na América Latina, que encontra na Federação Anarquista Uruguaia sua principal referência.

MARCAS DA ACÇÃO COLONIAL EM ANGOLA: A LUZ DAS MEMÓRIAS E NARRATIVAS DE ESCRITORES ANGOLANOS

MARCAS DA ACÇÃO COLONIAL EM ANGOLA: A LUZ DAS MEMÓRIAS E NARRATIVAS DE ESCRITORES ANGOLANOS., 2019

Resumo: Este artigo analisa as memórias de escritores angolanos na obra de Michel Laban. No quadro das memórias, é possível encontrar no centro das questões, processos políticos que tiveram lugar no contexto colonial. O colonialismo, a questão do indígena e a estrutura hierárquica racial que existiu em Angola até1961até1961, são variáveis que estão atreladas na memória e abertas à lógica da realidade histórica. Assim, ao buscar-se as memórias de escritores angolanos, pretende-se compreender o colonialismo e a situação colonial em Angola. Palavras-chave: Memórias, Situação Colonial, História de Angola. Abstract: This article analyzes the memories of Angolan writers in the work of Michel Laban. In the context of memories, it is possible to find at the center of the issues, political processes that took place in the colonial context. Colonialism, the indigenous question and the hierarchical racial structure that existed in Angola until 1961, are variables that are linked in memory and open to the logic of historical reality. Thus, when seeking the memories of Angolan writers, it is intended to understand colonialism and the colonial situation in Angola.

A VIOLÊNCIA COLONIAL NA OBRA DE FERNANDO DE CASTRO SOROMENHO

Mulemba, 2022

Este ensaio tem como objetivo analisar a representação da violência na obra ficcional de Fernando de Castro Soromenho (1910-1968). Castro Soromenho foi um jornalista, escritor e opositor ao regime português do Estado Novo. Este autor, inspirado pelo neorrealismo, e assumindo-se enquanto escritor angolano, concebeu alguns romances passados no norte de Angola durante as décadas de 1930 e 1940. As obras Terra Morta (1949), e Viragem (1957), que providenciam as bases desta reflexão, funcionam como antevisão da eclosão da guerra colonial. Em ambas se denota uma preocupação em exibir a existência de contradições insanáveis entre o modo de vida dos colonos portugueses e dos povos autóctones. A violência, que assume diversas formas (exploração laboral, castigos corporais, repressão policial e militar) e se plasma através das mais elementares relações humanas, pauta o quotidiano e conduz a um clima de tensão permanente. Mais do que proceder a uma análise da narrativa destas obras, pretende-se interpretar a forma como a instrumentalização da violência, por parte dos povos subalternos, é legitimada politicamente pela visão de Castro Soromenho. Apesar de a obra de Soromenho já ter sido estudada a sua visão ainda não foi articulada com a legitimização das lutas dos movimentos independentistas e com o devir histórico da guerra colonial portuguesa. É esse o principal objetivo deste artigo.