ANÁLISE DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM MANUAL DIDÁTICO DE E/LE À LUZ DA SOCIOLINGUÍSTICA (original) (raw)
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SOCIOLINGUÍSTICA COGNITIVA: UM OUTRO OLHAR PARA A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Muiraquitã: Revista de Letras e Humanidades , 2021
Este artigo teve como principal objetivo mostrar a intersecção entre a Sociolinguística variacionista e a Linguística Cognitiva, o que resultou em uma nova vertente da Linguística: a Sociolinguística Cognitiva. Nesse sentido, fez-se uma exposição teórica sobre as referidas áreas e seus principais conceitos e contribuições, a partir dos estudos de Silva (2010) e Ferrari (2016). Na análise dos dados, foram apresentadas amostras orais coletadas de 18 moradores do município de Tabatinga, no Amazonas. Os resultados comprovaram que há uma variação semântica no uso de 'mesmo' e, ao mesmo tempo, nesses contextos, há operações de perspectivação conceptual, como proeminência de Langacker (2008). Palavras-chave: Sociolinguística. Linguística Cognitiva. Variação linguística.
PEDAGOGIA DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E ENSINO DE GÊNERO NUMA SOCIEDADE MULTIDIALETAL
Introdução A tríade alfabetização/letramento, classes populares e sucesso escolar tem ocupado posição de destaque nos embates acadêmicos, com repercussão em políticas educacionais e avaliação de desempenho escolar (SAEB, Prova Brasil, PROALFA). Nas últimas décadas do século XX, o ensino de Língua Portuguesa experimentou momentos propícios de debate e renovação, que levaram a uma reavaliação profunda do conceito de língua e linguagem, amparado, principalmente, pelos estudos da Pragmática, da Sociolinguística, da Linguística textual e os de base enunciativo-discursiva. Maior ênfase foi dada às pesquisas aplicadas na área do ensino. Um conjunto rico de orientações curriculares, desde então, tem sido produzido nas diferentes instâncias governamental, estadual e municipal, e guiado a elaboração de materiais didáticos disponibilizados ao professor, principalmente pelo PNLD. Um dos grandes valores desses documentos foi o de formalizar e dar legitimidade a uma visão de ensino de língua que a concebesse como construto situado e partilhado sócio-historicamente. Esses estudos e pesquisas apoiam-se em uma concepção de linguagem, de base sociointeracionista, inspirada, principalmente, em Bakhtin ([1954]2000) e Vygotsky ([1936]1996) e que, a partir da década de 90, recebeu contribuições relevantes do interacionismo sociodiscursivo, advindas do grupo de Genebra (BRONCKART, 1999; DOLZ, PASQUIER & BRONCKART, l993; DOLZ & SCHNEUWLY,2004 e outros). Aplicado à transposição didática para o estudo dos gêneros textuais como objeto de ensino nas práticas de sala de aula, o interacionismo sociodiscursivo possibilita uma abordagem situada da linguagem, que a concebe como ação semiotizada, resultante de parâmetros contextuais, psicossociais e linguísticos. Reforçam esse olhar sobre a linguagem os estudos
Resenha PEDAGOGIA DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: CONHECÊ-LA PARA MELHOR ATUAR EM SALA DE AULA
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. O livro "Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística", de Marcos Bagno, consiste em uma das obras que compõem a série Educação Linguística, publicada em 2007, pela Parábola Editorial. Outros livros do autor como Preconceito Linguístico: o que é como se faz (2000); Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia e exclusão social (2001); A língua de Eulália (2001); Linguística da norma (2002) publicados por outras editoras também versam sobre a temática da Variação Linguística com diferentes olhares. Marcos Bagno é professor de Linguística da Universidade de Brasília, UnB. Escritor, poeta e tradutor e vem se dedicando à pesquisa e a ação no campo da educação linguística, com interesse particular no impacto da sociolinguística sobre o ensino.
A variação linguística no livro didático de Língua Portuguesa do Ensino Médio
A Cor das Letras
Nossa investigação tem como foco a presença da variação linguística como conteúdo de estudo nos livros de Língua Portuguesa do Ensino Médio, utilizados no período de 2001 a 2017 pelo autor deste trabalho como docente de Língua Portuguesa em uma escola no município de Fátima-Bahia. O objetivo geral é verificar como o tema deste trabalho aparece nos livros didáticos e o tratamento dado pelos autores via textos e atividades para o seu estudo em sala de aula. Para tanto, fizemos a catalogação das seis coleções usadas naquele período, fazendo o levantamento preliminar de todas as ocorrências e localizando o momento em que o conteúdo aparece no livro didático (e quando aparece); em seguida, analisamos todas as ocorrências de cada coleção. A segunda fase da elaboração do artigo deu-se com o cotejamento dos resultados da investigação daquela primeira fase, com algumas das principais autoridades no tema da Sociolinguística e ainda com o que dizem os documentos orientadores produzidos e divul...
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. O livro "Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística", de Marcos Bagno, consiste em uma das obras que compõem a série Educação Linguística, publicada em 2007, pela Parábola Editorial. Outros livros do autor como Preconceito Linguístico: o que é como se faz (2000); Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia e exclusão social (2001); A língua de Eulália (2001); Linguística da norma (2002) publicados por outras editoras também versam sobre a temática da Variação Linguística com diferentes olhares. Marcos Bagno é professor de Linguística da Universidade de Brasília, UnB. Escritor, poeta e tradutor e vem se dedicando à pesquisa e a ação no campo da educação linguística, com interesse particular no impacto da sociolinguística sobre o ensino. O livro está dividido em duas partes: a primeira com oito capítulos dedicado...
USO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
RESUMO: esta pesquisa tem por finalidade mostrar que a língua é um organismo vivo dentro da sociedade, e que, apesar da busca pela formalidade da língua ela pode se apresentar de vários modos. A pesquisa foi feita a partir de surdos que trabalham com o ensino de Língua materna, e realmente averiguar se a variação lingüística diz respeito a erros, se devem ou não, serem tratados com indiferença pela sociedade. Todos os participantes sinalizaram de maneira homogênea? Por fim, perceber qual o papel do dicionário de uma língua, a relação dele com a realidade no uso. PALAVRAS-CHAVE: Variação linguística. Libras. Língua. USO DE LA VARIACIÓN LINGÜÍSTICA EN LA LENGUA BRASILEÑA DE SEÑAS RESUMEN: esta encuesta tiene como objetivo, mostrar que la lengua es un organismo vivo dentro de la sociedad, y que, a pesar de la busca por la formalidad de la lengua ella puede se presentar de modos variados. La encuesta fue realizada desde los sordos que trabajan con el enseño de lengua materna, y realmente averiguar se la variación lingüística tiene correspondencia a los errores, se deben o no ser tratados con indiferencia por la sociedad. ¿Todos los colaboradores señalaran de manera homogénea? Al final, dar se cuenta de cuál papel do diccionario de una lengua, a correspondencia del mismo con la realidad del uso.
Resumo: Em geral, a argumentação em favor do estatuto de língua natural das línguas sinalizadas se concentra na demonstração de que elas se assemelham às línguas faladas do ponto de vista estrutural. Dessa forma, ignoram-se ou deixam-se em segundo plano outros aspectos que esses dois tipos de línguas compartilham entre si como, por exemplo, a variação decorrente de fatores intra e extra-linguísticos. O presente artigo apresenta um panorama dos estudos sociolinguísticos realizados sobre diferentes línguas de sinais e, com base nele e na análise dos poucos trabalhos nessa área encontrados sobre a libras, objetiva sugerir linhas de investigação futura. Para atingir esse objetivo, primeiramente, sumarizam-se trabalhos que tratam da variação resultante do contato tanto entre línguas de sinais e línguas orais, quanto entre diferentes línguas sinalizadas. Subsequentemente, sintetizam-se pesquisas que analisaram a variação sociolinguística em línguas de sinais, manifesta em seus diferentes níveis estruturais. O artigo ainda inclui uma breve revisão de trabalhos sobre alguns mecanismos, com variados graus de intervenção externa, que, em resposta à variação, podem levar à constituição de uma norma padrão. Palavras-chave: Línguas de sinais. Contato linguístico. Variação sociolinguística. Padronização. Libras. Abstract: In general, the arguments in favor of the natural language status of signed languages focus on the demonstration that they are similar to spoken languages from a structural point of view. Thus, other aspects that these two types of languages share, such as variation arising from intra and extra-linguistic factors, are ignored or left in the background. This article presents an overview of the sociolinguistic studies carried out on different signed languages and, based on it and the analysis of the few works in this area on Libras, aims to suggest venues for future research. To reach this goal, we first summarize works that deal with the variation resulting from contact between signed and oral languages, as well as between different signed languages. Subsequently, we synthesize research that analyzed the sociolinguistic variation in these languages, manifested in their different structural levels. The article also includes a brief review of works on some mechanisms, with varying degrees of external intervention, which, in response to variation, can lead to the formation of a standard variety.
RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar de que maneira três livros didáticos voltados para o Ensino Médio abordam as questões de variação linguística, verificando se, ao tratarem da temática, a concepção de língua como prática social é subjacente à abordagem do material. Para tanto, empreendeu-se uma pesquisa caracterizada como análise documental de caráter exploratório tendo como documentos de análise livros didáticos adotados em escolas públicas do interior do Paraná no PNLD 2015-2017, com foco para as unidades didáticas que tratam de Variação Linguística. Em termos de resultados, foi constatado que o conceito de língua subjacente em dois desses manuais didáticos reitera a Ideologia da Padronização, entendendo as variedades linguísticas como "desvios de um padrão", enquanto em um terceiro livro as discussões sobre a temática avançam no sentido de uma compreensão mais social do fenômeno. Espera-se que este estudo contribua como uma interlocução pedagógica que traga à tona reflexão a respeito da compreensão e legitimação de língua como prática social na sala de aula, em especial de cursos técnicos integrados, e o papel da escola no ensino de línguas. PALAVRAS-CHAVE: Variação linguística. Livro didático. Ensino de Língua Portuguesa.