FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA -2005 (original) (raw)
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O mel natural é um produto açucarado fornecido pela abelha Apis mellifera L., Apidae. O produto é uma solução aquosa concentrada de açúcares, geralmente com predominância de frutose e glucose, e de pequenas quantidades de dextrinas, enzimas, ceras, óleos voláteis, ácidos orgânicos, éteres, substâncias gomosas, albuminoides e minerais. A principal forma de falsificação do mel é pela adição de açúcar comercial, glucose e dextrinas. Além disso, pode ocorrer no comércio mel artificial, que é constituído por açúcar com adição de substâncias aromáticas e/ou de mel natural. A análise do mel tem por finalidade descobrir se o produto é genuíno, artificial ou falsificado. (UFPR,2009). A utilização do mel na nutrição humana não deveria limitar-se a sua característica adoçante e excelente substituto do açúcar, mas, principalmente, por ser um alimento de alta qualidade, rico em energia e inúmeras outras substâncias benéficas ao equilíbrio dos processos biológicos do organismo, tais como compostos fenólicos, aminoácidos, vitaminas, sais minerais, ácidos orgânicos e enzimas, que atribuem efeitos terapêuticos ao produto. O mel tem sido testado na medicina moderna, que comprova sua eficácia como antisséptico, antioxidante, prebiótico e cicatrizante, como também no tratamento de tosse e hipoglicemia. O mel é considerado um dos alimentos mais puros da natureza, apreciado por seu sabor característico e considerável valor nutritivo, seu preço é relativamente alto, o que incentiva muitas vezes a sua adulteração.
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Este estudo teve como objetivo analisar o processo de governança no Sistema Único de Saúde - SUS para apreender os seus principais modos, bem como para identificar os seus desafios mais importantes, visando oferecer subsídios para refletir sobre o seu aprimoramento. Trata-se de estudo qualitativo desenvolvido em duas etapas: na primeira foi realizada revisão integrativa de publicações em periódicos e documentos nacionais e internacionais, no período de 2000 a 2012 acerca da governança, com o intuito de verificar os seus significados, especialmente para subsidiar a compreensão da governança no SUS. São destacados três modos de governança: corporativa, social e pública. Alguns princípios desses modos de governança relacionados às estruturas, aos processos, ao financiamento, aos regulamentos e às responsabilidades de prestar contas podem ser destacados como elementos que atribuem significados à governança no SUS. Na segunda etapa foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito gestores estaduais de saúde das cinco regiões do País, onde o processo de regionalização estava mais estruturado, com as regiões de saúde definidas e as Comissões Intergestores Regionais em funcionamento, a fim de entender o significado da governança no âmbito das secretarias estaduais de saúde. A análise dos dados foi feita com auxílio do software Analyse Lexicale par Contexte d´un Ensemble de Segments de Texte (Alceste) que organizou as informações relevantes considerando a função e a ocorrência das palavras no contexto. Na classificação hierárquica descendente o programa identificou três eixos que foram: a participação dos gestores e da sociedade civil no SUS; planejamento e organização institucional; e desafios na organização das ações e dos serviços na região de saúde. Os gestores assinalam como avanços na governança do SUS, a implantação das regiões de saúde conforme o Decreto n. 7.508/2011; o aprimoramento do funcionamento das comissões intergestores e a organização das Comissões Intergestores Regionais; a organização de comitês e comissões com a participação da sociedade e dos prestadores de serviço para discutir com os gestores e contribuir na formulação e na execução de políticas públicas; a melhoria do processo de planejamento regional integrado considerado como fundamental para a governança do SUS. Os desafios mais importantes que se apresentam para a governança do SUS apontam para a necessidade de incluir outros atores: a sociedade, os trabalhadores de saúde e os prestadores de serviço, além dos gestores do SUS; organizar o funcionamento dos comitês técnicos e comissões para a inclusão social, fóruns de prestadores e de trabalhadores, de forma que contribuam na formulação de políticas e cooperem na governança; tratar as situações de conflito nas relações intergovernamentais sob a perspectiva da negociação, do consenso e da pactuação; preservar a autonomia dos entes participantes nas ações intergovernamentais de cooperação e coordenação, sem hierarquia; avaliar e aperfeiçoar a atuação dos conselhos e das conferências de saúde, para um trabalho mais efetivo na governança do SUS.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA
Resíduos de Agrotóxico de Atrazina em Corpos Hídricos: Necessidade de Monitoramento e Questão de Saúde Pública, 2011
A utilização de agroquímicos na agricultura, pode gerar impactos ambientais e risco a vida dos seres. O objeto do estudo é demonstrar a importância do monitoramento em corpos hídricos para a Atrazina, herbicida utilizado em lavouras. É um agente químico de toxicidade considerada alta para os seres vivos. Muito encontrado em corpos hídricos devido à lixiviação e ao escoamento superficial. Esta substância tem trazido riscos à saúde da população, principalmente as mais dependentes de corpos hídricos, cujo herbicida é presente. A agricultura pode ser considerada uma influência negativa na qualidade dos recursos hídricos, principalmente devido à sua utilização indiscriminada. Sua classificação toxicológica e ambiental sugere um ponto de vista mais cuidadoso. A atrazina é encontrada em matrizes ambientais, atingindo valores acima dos limites da legislação, quando sua ocorrência se dá em áreas críticas. Por cromatografia, é possível analisar quantitativa e qualitativamente uma amostra. É imprescindível a avaliação contínua. Para o monitoramento, coletas de amostra de água devem ser em locais e épocas estratégicas. Este tem objetivo de demonstrar que as análises devem ser regulares para verificar os valores não ultrapassados em corpos hídricos. Este trabalho levanta evidências por vários estudos que o Brasil deve estar atento às necessidades de monitoramento para os resíduos químicos que a agricultura “despeja” nos corpos hídricos. Neste sentido, é importante que se analisem planos de amostragem mais adequados, buscando conciliar a sazonalidade das aplicações dos produtos na agricultura com a ocorrência de fatores meteorológicos.
Breve introdução sobre a construção social dos Direitos Humanos
O presente estudo foi apresentado como síntese da segunda parte do curso Saúde Global e Direitos Humanos ministrado pelos professores Richard Guy Parker e Miriam Ventura no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro no segundo semestre de 2018. Trata-se de uma breve explanação sobre a construção social do campo dos direitos humanos, trazendo elementos como suas raízes históricas e sua relação com movimentos sociais.
Muitos cursos da área da saúde vêm adotando a avaliação formativa, no contexto da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). A estratégia consiste em pequenos grupos denominados de grupos tutoriais, nos quais é apresentado um problema a ser discutido e solucionado em duas sessões tutoriais, a de abertura e a de fechamento. Tais avaliações acontecem ao final de cada sessão, em que são analisadas as habilidades de discutir problemas (HDP) e Habilidade de Solucionar Problemas (HSP). Objetivos: avaliar o desempenho de alunos de um curso de graduação em terapia ocupacional, quanto à HDP e HSP, ambas em três modalidades de avaliação: interpares (IP), Autoavaliação (AV) e pelo tutor (AT). Metodologia: Foi realizado um estudo misto, analítico e descritivo, e de série temporal, das avaliações formativas de sessões tutoriais, correspondentes a 22 problemas trabalhados em 44 sessões tutoriais, com envolvimento de alunos matriculados no primeiro e segundo anos de 2013, 2014 e 2015. Foram utilizados métodos estatísticos descritivos, bem como ANOVA unidirecional, regressão polinomial para avaliação de tendência temporal de dados flutuantes e coeficiente de correlação de Pearson, visando à análise da correlação entre as diferentes formas de avaliação formativa, citando-se. Resultados: De um total de 88 alunos analisados, 86,36% foram do gênero feminino e 13,64% do masculino; destes, 15,7% estiveram ausentes em todos as sessões tutoriais. A média de idade em que estes alunos iniciaram a ABP foi de 20,7 anos. De 1207 fichas geradas a partir de 22 problemas, a menor nota individual observada foi de um ponto (HDP-AV=1,0); já a máxima, de cinco pontos (5,0). Os valores médios observados variaram de 4,32 (0,48 DP) para HDP-AV (autoavaliação), e de 4,64 (0,42 DP) para HSP-AT (avaliação do tutor). Houve uma tendência significativa do aluno em superestimar sua autoavaliação, especificamente na HSP-AV, com médias variando ente 4,7 e 5,0 pontos, diferentemente das avaliações em HDP-AV, HDP-AI, HSP-AI, ADP-AT e HSP-AT, que tiveram as distribuições e evolução das médias semelhantes e correlacionadas, ao longo dos 22 problemas analisados. Conclusão: A avaliação formativa em contexto de ABP apresentou evoluções positivas nas HDP-AV, HSP-AV, HDP-AI, HSP-AI, ADP-AT e HSP-AT, ao longo dos 22 problemas, sugerindo que ABP desperta, no aluno, a expertise em discutir e solucionar problemas. No entanto, a avaliação da HSP-AV apresentou baixa correlação com os demais tipos de avaliação, com médias superiores das demais avaliações, sinalizando a necessidade de intervenção dos gestores de ensino.