A naturalização da cultura machista como um forte bloqueio à participação feminina na política (original) (raw)

CIBERFEMINISMO E CIDADANIA: A ROBÔ BETA COMO MECANISMO DE AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA POLÍTICA

III Seminário Governança das Redes: políticas, internet e sociedade. Belo Horizonte: Instituto de Referência em Internet e Sociedade, 2018

A pesquisa trata das novas tecnologias e da webcidadania, ligadas ao ciberfeminismo, para então examinar o desempenho do recente fenômeno da robô Beta ao fim que se propõe. Para atingir os fins estipulados, o método de abordagem a ser utilizado é o hipotético-dedutivo, por meio da hipótese de que a utilização dessas tecnologias e o crescimento do ciberfeminismo pode gerar maior atuação política das mulheres.

FEMINISMO NA POLITICA:Reflexões sobre as plataformas das candidatas maranhenses nas eleições de 2014

2015

O movimento feminista tem seu apogeu nos anos setenta e oitenta quando se articulam em diversos organizacoes de mulheres envolvidas na luta pela democracia, na luta contra a ditadura, pelo retorno dos direitos civis e politicos. Entre esses direitos se destacavam a luta pela cidadania e dignidade das mulheres em especial maior participacao nos espacos de decisao. O movimento feminista conseguiu incorporar grande parte de suas bandeiras. Das politicas destacam-se as de segurancas publica responsaveis pela criacao de instrumentos legais que tem ampliado a consciencia critica e cidada da sociedade em relacao as mulheres e legislacoes no mundo do trabalho que garantiram igualdade de salarios entre os generos. No Brasil merece destaque as politicas publicas de combate a violencia de genero com a aprovacao do Pacto Nacional de combate a violencia a mulher. Apesar das conquistas e avancos ha setores que nao houve alteracao, deste destaca-se a politica haja vista ser o Brasil um dos paises...

Um longo caminho: Uma análise da participação política feminina no Portugal democrático

A desigualdade de género tem sido uma questão transversal nas sociedades ocidentais contemporâneas, com especial incidência a partir da segunda metade do século XX, dada a sua crescente visibilidade na estruturação das relações sociais. Apesar de se encontrar presente em todas as áreas de atividade social, as suas causas e dimensão têm sido objeto de uma abordagem em termos científicos, por vezes tímida, o que, por si só, poderá ser entendido como um resultado dessa mesma desigualdade numa sociedade tradicionalmente patriarcal. Tentando descortinar algumas das causas deste fenómeno e conhecer, ao mesmo tempo, o caminho que em Portugal se tem percorrido no sentido da paridade entre os géneros, neste trabalho focamo-nos na participação feminina na esfera política, tanto em termos autárquicos, como nacionais, no período que decorre entre 25 de abril de 1974 e 28 novembro de 2015. Para o efeito, metodologicamente, fizemos uma análise quantitativa e qualitativa dos dados oficiais relativos à composição dos Governos da República Portuguesa e da Assembleia da República, aos resultados eleitorais definitivos das eleições legislativas e autárquicas ocorridas após 1974, aos Diários do Governo e da República desde a I República onde também buscamos toda a legislação publicada sobre as questões de poder e do género. Partindo da noção de género enquanto conceito socialmente construído, constatamos o aumento da eleição de mulheres para cargos políticos públicos. Esta tendência observa-se especialmente a partir da publicação da Lei da Paridade em 2006 e sobretudo nas eleições parlamentares. Concluímos, assim, que as razões para a falta de paridade no domínio da participação política feminina se prendem com aspetos intrínsecos à estruturação e governance partidárias, fruto de uma longa história de dominação masculina, alicerçada na interiorização, individual e coletiva, da supremacia conferida ao homem, socializado, historicamente, para o domínio público e para o desempenho da função instrumental. Keywords: género, desigualdade, lei da paridade, mulheres eleitas, partidos políticos.

Feminismo, identidade e exclusão política

Resumo: O objetivo deste artigo é apontar défi cits normativos em Judith Butler, assim como pontos cegos no diagnóstico de Nancy Fraser. Com base em Fraser, sustento que Butler não pode justifi car sua crítica à exclusão e nem tampouco diferenciar práticas mais ou menos opressoras em razão de um preconceito pó s-estruturalista contra critérios normativos. De outro lado, com base em Butler, argumentarei que a recusa de Fraser em articular psicologia e política lhe deixa sem ferramentas para diagnosticar as ambiguidades da motivação da subordinação, em particular nos casos de injustiça de gênero. Palavras-chave: J. Butler; N. Fraser; Feminismo; Teoria Crítica. Feminism, identity and political exclusion in Judith Butler and Nancy Fraser Abstract: This article aims to highlight Judith Butler's normative defi cits as well as blind spots in Nancy Fraser's diagnosis. As far as the normative defi cit is concerned, I rely on Fraser's claim that Butler could neither justify her critique of exclusion nor distinguish among more or less oppressive practices due to a poststructuralist prejudice against normative criteria. On the other hand, based on Butler's work, I point out that Fraser rejects the entanglement between politics and psychology, what leaves her with no tools to grasp the ambiguities in the motivations of subordination, especially when it comes to gender injustices.

Representatividade Feminina Na Política

DI@LOGUS

O presente artigo tem como objetivo geral analisar a importância do papel desempenhado pelas organizações partidárias (partidos políticos) para a consolidação da cidadania feminina no Brasil. Diante disso, a temática do artigo se insere na questão da representatividade feminina na política, pois o trabalho parte da compreensão de que as desigualdades de gênero geram reflexos na baixa representação feminina na política, sendo essa uma realidade mundial, pois as mulheres continuam sendo marginalizadas e sub-representadas nos espaços decisórios institucionais. Nesse sentido, compreender o papel dos partidos políticos nessa relação das mulheres com a política e sua cidadania é fundamental. Assim, através da metodologia da pesquisa bibliográfica, o presente artigo busca compreender essa relação dos partidos políticos com a falta de representatividade feminina na política no contexto brasileiro.