A naturalização da cultura machista como um forte bloqueio à participação feminina na política (original) (raw)
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A pesquisa trata das novas tecnologias e da webcidadania, ligadas ao ciberfeminismo, para então examinar o desempenho do recente fenômeno da robô Beta ao fim que se propõe. Para atingir os fins estipulados, o método de abordagem a ser utilizado é o hipotético-dedutivo, por meio da hipótese de que a utilização dessas tecnologias e o crescimento do ciberfeminismo pode gerar maior atuação política das mulheres.
FEMINISMO NA POLITICA:Reflexões sobre as plataformas das candidatas maranhenses nas eleições de 2014
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Um longo caminho: Uma análise da participação política feminina no Portugal democrático
A desigualdade de género tem sido uma questão transversal nas sociedades ocidentais contemporâneas, com especial incidência a partir da segunda metade do século XX, dada a sua crescente visibilidade na estruturação das relações sociais. Apesar de se encontrar presente em todas as áreas de atividade social, as suas causas e dimensão têm sido objeto de uma abordagem em termos científicos, por vezes tímida, o que, por si só, poderá ser entendido como um resultado dessa mesma desigualdade numa sociedade tradicionalmente patriarcal. Tentando descortinar algumas das causas deste fenómeno e conhecer, ao mesmo tempo, o caminho que em Portugal se tem percorrido no sentido da paridade entre os géneros, neste trabalho focamo-nos na participação feminina na esfera política, tanto em termos autárquicos, como nacionais, no período que decorre entre 25 de abril de 1974 e 28 novembro de 2015. Para o efeito, metodologicamente, fizemos uma análise quantitativa e qualitativa dos dados oficiais relativos à composição dos Governos da República Portuguesa e da Assembleia da República, aos resultados eleitorais definitivos das eleições legislativas e autárquicas ocorridas após 1974, aos Diários do Governo e da República desde a I República onde também buscamos toda a legislação publicada sobre as questões de poder e do género. Partindo da noção de género enquanto conceito socialmente construído, constatamos o aumento da eleição de mulheres para cargos políticos públicos. Esta tendência observa-se especialmente a partir da publicação da Lei da Paridade em 2006 e sobretudo nas eleições parlamentares. Concluímos, assim, que as razões para a falta de paridade no domínio da participação política feminina se prendem com aspetos intrínsecos à estruturação e governance partidárias, fruto de uma longa história de dominação masculina, alicerçada na interiorização, individual e coletiva, da supremacia conferida ao homem, socializado, historicamente, para o domínio público e para o desempenho da função instrumental. Keywords: género, desigualdade, lei da paridade, mulheres eleitas, partidos políticos.
Feminismo, identidade e exclusão política
Resumo: O objetivo deste artigo é apontar défi cits normativos em Judith Butler, assim como pontos cegos no diagnóstico de Nancy Fraser. Com base em Fraser, sustento que Butler não pode justifi car sua crítica à exclusão e nem tampouco diferenciar práticas mais ou menos opressoras em razão de um preconceito pó s-estruturalista contra critérios normativos. De outro lado, com base em Butler, argumentarei que a recusa de Fraser em articular psicologia e política lhe deixa sem ferramentas para diagnosticar as ambiguidades da motivação da subordinação, em particular nos casos de injustiça de gênero. Palavras-chave: J. Butler; N. Fraser; Feminismo; Teoria Crítica. Feminism, identity and political exclusion in Judith Butler and Nancy Fraser Abstract: This article aims to highlight Judith Butler's normative defi cits as well as blind spots in Nancy Fraser's diagnosis. As far as the normative defi cit is concerned, I rely on Fraser's claim that Butler could neither justify her critique of exclusion nor distinguish among more or less oppressive practices due to a poststructuralist prejudice against normative criteria. On the other hand, based on Butler's work, I point out that Fraser rejects the entanglement between politics and psychology, what leaves her with no tools to grasp the ambiguities in the motivations of subordination, especially when it comes to gender injustices.
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