Francisco e Júlia - A MÃO DUPLA DA RUA (original) (raw)
D. Francisco de Almeida e D. Manuel
«D. Francisco de Almeida e D. Manuel», in D. Francisco de Almeida (1457-1510): o tempo e o homem, Lisboa, Academia Portuguesa da História; Câmara Municipal de Abrantes, 2012 (2013), p. 77-99.
Estudo de aspetos relativos às relações que foram mantidas por Manuel com Francisco de Almeida, que nomeara seu primeiro vice-rei da Índia revelando as várias facetas por que passaram, desde as mais positivas até atitudes críticas sobre o procedimento daquela figura no Oriente.
A Interpretação Bíblica De Francisco Julião No Eito Da Cana
Revista Paralellus, 2021
do campo: a religião, a cachaça e o capanga. Com base nesse conhecimento, desenvolveu um processo formativo que visava a transformação da realidade da vida das pessoas em função de um novo modo de viver em sintonia com a vontade de Deus. A produção de documentos, o uso de uma linguagem simples e o esforço de fazer a hermenêutica dos textos bíblicos estiveram em função desse grande objetivo Em outras palavras, Julião praticou uma verdadeira hermenêutica da existência em função da própria vida que poderia ser vivida como um evento coletivo com cheiro de terra molhada e sabor do mel da cana.
Como noutros países do Sul da Europa a implantação do liberalismo em Portugal no século XIX foi um processo longo e conflituoso. Na verdade, embora a primeira revolução liberal portuguesa tenha ocorrido em 1820 inscrevendo-se assim na vaga revolucionária que, da Espanha ao Piemonte, sacudiu vários estados da Europa meridional, foi só em 1834 que os liberais conseguiram vencer a tenaz resistência dos partidários do absolutismo. Tal como os carlistas em Espanha os absolutistas portugueses tinham também como referência uma figura dinástica cujo direito ao trono evocavam: o infante D. Miguel, filho segundo de D. João VI e irmão de D. Pedro o herdeiro do trono que viria a tornar-se no primeiro imperador do Brasil. Defendendo que D. Pedro, ao tornar-se soberano da antiga colónia portuguesa sulatlântica cuja independência ele próprio tinha promovido, perdera os seus direitos ao trono português, os partidários do absolutismo rejeitaram a Carta Constitucional outorgada por este príncipe e recusaram a solução dinástica por ele proposta que passava pelo casamento da sua filha D. Maria da Glória, em quem abdicou do trono português, com o seu irmão D. Miguel. Quando em 1828 D. Miguel chegou a Portugal para, supostamente, dar execução às disposições do seu irmão, foi de facto aclamado rei e rei absoluto pelos seus apoiantes sustentados por uma forte mobilização popular.
ATUALIDADE TEOLÓGICA, 2014
Cardinal Bergoglio, when he was elected by the other cardinals, chose to call himself Pope Francis, an unprecedented name in the history of the Church. This choice immediately touched everyone: the Pope had chosen to call himself by the name of the most popular saint in the history of the Catholic Church. Behind this name there must be an idea, a project, a secret. The reflection of Prof. Marco Bartoli intends to investigate the history and the life of Francis of Assisi, in order to come to understand the "secret" of the saint of Assisi, which today, after eight centuries, is presented by the Pope as a model for the Church of tomorrow.The most reliable source to understand the intent and the choice of Francis of Assisi is his Testament, which is the text he wrote in the last days of his life to leave for his brothers the memory of the first steps of his evangelical way.
O Evangelho de Joao - J. C. Ryle
Vivemos em um dia de abundante vividade e indistinção em assuntos doutrinais na religião. Agora, se alguma vez, entanto, há lições claras, que todo cristão faria bem para valorizar em sua mente. Aprendemos, em primeiro lugar, que nosso Senhor Jesus Cristo é eterno. João nos diz que "no princípio era a Palavra". Ele não começou a existir quando os céus e a terra foram feitos. Muito menos Ele começou a existir quando o Evangelho foi trazido ao mundo. Ele teve glória com o Pai "antes que o mundo existisse". (João 17: 5) Ele existia quando a matéria foi criada e antes do tempo começar. Ele era "antes de todas as coisas". (Col. 1:17) Ele era de toda a eternidade. Aprendemos, em segundo lugar, que nosso Senhor Jesus Cristo é uma pessoa distinta de Deus Pai e, ainda assim, um com Ele. João nos diz que "o Verbo estava com Deus". O Pai e a Palavra, apesar de duas pessoas, estão unidos por uma união inefável. Onde Deus, o Pai, era desde toda a eternidade, o re também era a Palavra, até mesmo Deus, o Filho-a sua glória igual, a sua majestade co-eterna, e ainda a sua Divindade. Este é um grande mistério! Feliz é aquele que pode recebê-lo como uma criança pequena, sem tentar explicá-lo. Nós aprendemos, em terceiro lugar, que o Senhor Je sus Cristo é muito Deus. João nos diz que "a Palavra era Deus". Ele não é apenas um anjo criado, ou um ser inferior a Deus Pai, e investido por Ele com poder para redimir os pecadores. Ele não é nada menos do que um Deus perfeito-igual ao Pai como tocante à Divindade do Senhor-Deus da substância do Pai, gerado antes dos mundos. Nós aprendemos, em quarto lugar, que o Senhor Jesus Cristo é o Criador de todas as coisas. João nos diz que "por Ele foram feitas todas as coisas, e sem Ele nada do que foi feito foi feito". S o longe de ser uma criatura de Deus, como alguns hereges têm falsamente afirmado, Ele é o Ser que JOÃO 1: 6-13 João, depois de iniciar seu evangelho com uma declaração da natureza de nosso Senhor como Deus, passa a falar de Seu precursor, João Batista. O contraste entre a linguagem usada sobre o Salvador e a usada sobre Seu precursor não deve ser superada. De Cristo nos é dito que Ele era o eterno Deus-o Criador de todas as coisas-a fonte da vida e da luz. De João Batista nos é dito simplesmente que "havia um homem enviado por Deus, cujo nome era João". Vemos, em primeiro lugar, nesses versos, a verdadeira natureza de um Gabinete do ministro cristão. Nós temos isso na descrição de João Batista-"Ele veio para testemunhar, para dar testemunho da luz, para que todos os homens possam crer nele." Ministros cristãos não são sacerdotes, nem mediadores entre Deus e o homem. Eles não são agentes em cujas mãos os homens podem cometer suas almas e exercer sua religião por vice. Eles são testemunhas. Eles pretendem dar testemunho da verdade de Deus e, especialmente, da grande verdade de que Cristo é o único Salvador e luz do mundo. Este foi o ministério de Pedro no dia de Pentecostes. "Com muitas outras palavras ele testificou." (Atos 2:40) Esse era todo o teor do ministério de Paulo. "Ele testificou tanto dos judeus como dos gregos o arrependimento para com Deus e a fé em relação ao Cristo de nosso Senhor Jesu ." (Atos 20:21) A menos que um ministro cristão dê um testemunho completo a Cristo, ele não é fiel ao seu ofício. Enquanto testemunhar de Cristo, ele fará sua parte e receberá sua recompensa, embora seus ouvintes não acreditem em seu testemunho. Até que os ouvintes de um ministro acreditem naquele Cristo de quem são contados, eles não recebem nenhum benefício do ministério. Eles podem estar satisfeitos e interessados; mas eles não são aproveitados até acreditarem. O grande final do testemunho de um ministro é "que por ele, os homens podem acreditar". Em segundo lugar, vemos nesses versículos uma posição principal que nosso Senhor Jesus Cristo ocupa em relação à humanidade. Temos nas palavras: "Ele era a verdadeira luz que ilumina todo homem que vem ao mundo". Cristo é para as almas dos homens o que o sol é para o mundo. Ele é o centro e fonte de toda a luz espiritual, calor, vida, saúde, crescimento, beleza e fertilidade. Como o sol, Ele brilha para o benefício comum de toda a humanidade-para alto e para baixo, para rico e para pobre, para judeu ou grego. Como o sol, Ele é livre para todos. Todos podem olhar para Ele e beber saúde de Sua luz. Se milhões de seres humanos fossem loucos o suficiente para morar em cavernas subterrâneos, ou para enfaixar seus olhos, a escuridão deles seria sua própria culpa, e não a culpa do sol. Assim, da mesma forma, se milhões de homens e mulheres amam mais as "trevas espirituais do que a luz", a culpa deve ser colocada em seus corações cegos, e não em Cristo. "Seus corações tolos estão escurecidos." (João 3:19; Rom. 1:21.) Mas, quer os homens vejam ou não, Cristo é o verdadeiro sol e a luz do mundo. Não há luz para os pecadores senão no Senhor Jesus. Vemos, em terceiro lugar, nesses versos, a maldade desesperada do coração natural do homem. Nós temos nas palavras, Cristo "estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o conheceu. Ele veio para os Seus e os Seus não O receberam". Cristo estava no mundo invisivelmente, muito antes de nascer da Virgem Maria. Ele estava lá desde o começo, governando, ordenando e governando toda a criação. Por Ele todas as coisas são mantidas juntas. (Colossenses 1:17) Ele deu a todos a vida e a respiração, a chuva do céu e frutos frutíferos. Por ele reis reinavam e as nações eram aumentadas ou diminuídas. Contudo os homens não o conheceram e não o honraram. Eles "adoraram e serviram a criatura mais do que o Criador". (Rom. 1:25) Bem, o coração natural pode ser chamado de "iníquo"! Mas Cristo veio visib ly para o mundo, quando Ele nasceu em Belém, e não se saíram melhor. Ele veio ao povo que Ele havia trazido do Egito e comprou para os seus. Ele veio para os judeus, a quem separou de outras nações, e a quem havia revelado os elfos dos profetas. Ele veio àqueles mesmos judeus que leram sobre Ele nas Escrituras do Antigo Testamento-O viram sob tipos e figuras em seus serviços no templo-e professaram estar esperando por Sua vinda. E, no entanto, quando Ele veio, aqueles mesmos Judeus não O receberam. Eles até o rejeitaram, desprezaram-no e mataram-no. Bem pode o coração natural ser chamado de "desesperadamente mau!" Por fim, vemos nestes versos os vastos privilégios de todos os que recebem a Cristo e crêem nEle. É-nos dito que "tantos quantos o receberam, deram-lhe poder para se tornarem filhos de Deus, mesmo para aqueles que crêem em seu nome". Cristo nunca ficará sem alguns servos. Se a vasta maioria dos judeus não O recebesse como o Messias, havia, pelo menos, alguns que o receberam. Para eles Ele tem o privilégio de ser filhos de Deus. Ele os adotou como membros da família de seu pai. Ele considerou-os seus próprios irmãos e irmãs, osso de seus ossos e carne de sua carne. Ele conferiu a eles uma dignidade que era ampla recompensa pela cruz que eles tinham que carregar por amor a ele. Ele os fez filhos e filhas do Senhor Todo-Poderoso. Nós desejamos ser filhos de Deus? Então vamos "receber a Cristo" como nosso Salvador e crer nEle com o coração. Para cada um que assim o recebe, ele dará o privilégio de se tornar um filho de Deus. Moisés foi empregado por Deus "como servo", para transmitir a Israel a lei moral e cerimonial. (Heb. 3: 5) Como servo, ele foi fiel a Ele que o designou, mas ele era apenas um servo. A lei moral, que ele trouxe do monte Sinai, era santa e justa e boa.Mas isso não poderia justificar. Não tinha poder de cura. Poderia ferir, mas não poderia se ligar. "Trabalhou ira". (Rom. 4:15) Ela pronunciou uma maldição contra qualquer obediência imperfeita. A lei cerimonial, que ele foi ordenado a impor a Israel, estava cheia de significado profundo e de uma típica instrução. Suas ordenanças e cerimônias fizeram dele um excelente professor para guiar os homens em direção a Cristo. (Gál. 3:24) Mas a lei cerimonial era apenas um professor. Não poderia torná-lo perfeito, como pertencente à consciência. (Hebreus 9: 9) É um duro jugo nos corações dos homens, que eles não puderam suportar. Foi um ministério de morte e condenação. (2Cor 3: 7-9) A luz que os homens receberam de Moisés e da lei era, na melhor das hipóteses, apenas a luz das estrelas, comparada com o meio-dia. Cristo, por outro lado , veio ao mundo "como um Filho", com as chaves do tesouro de graça e verdade de Deus inteiramente em Suas mãos, (Hebreus 3: 6). A graça veio por Ele, quando Ele fez completamente conhecido O gracioso plano de salvação de Deus, pela fé em Seu próprio sangue, e abriu a fonte de misericórdia para todo o mundo. A verdade veio por Ele, quando Ele realizou em Sua própria Pessoa os tipos do Antigo Testamento, e se revelou como o verdadeiro Sacrifício, o verdadeiro propiciatório, e o verdadeiro Sacerdote. Sem dúvida, havia muita "graça e verdade" sob a lei de M oses. Mas toda a graça de Deus e toda a verdade sobre a redenção nunca foram conhecidas até que Jesus veio ao mundo e morreu pelos pecadores. JOÃO 1: 29-34 Jesus o cordeiro de deus. Esta passagem contém um verso que deve ser impresso em grandes letras na memória de cada leitor da Bíblia. Todas as estrelas no céu são brilhantes e bonitas, e ainda assim uma estrela excede outra estrela em glória. Assim também todos os textos das Escrituras são inspirados e proveitosos e, no entanto, alguns textos são mais ricos que outros. De tais textos o primeiro verso antes de nós é preeminentemente um. Nunca houve um testemunho mais completo para Chri na terra do que aquele que é aqui carregado por João Batista. Notemos, em primeiro lugar, nesta passagem, o nome peculiar que João Batista dá a Cristo. Ele o chama de "o cordeiro de Deus". Este nome não significa apenas, como alguns supõem, que Cristo era manso e gentil como um cordeiro. Isso seria verdade, sem dúvida, mas apenas uma porção muito pequena da verdade. Há coisas maiores aqui do que isso! Significava que Cristo era...
A EUCARISTIA COMO SUSTENTO DOS FRACOS NO MAGISTÉRIO DE FRANCISCO À LUZ DOS PADRES DA IGREJA
RESUMO A presente pesquisa propõe um percurso pelo pensamento do magistério de Francisco no que diz respeito à eucaristia à luz dos padres da Igreja e escritores antigos. Os discursos do Papa, analisados apressadamente, podem parecer revolucionários e portadores de grandes novidades. Muitos equivocam-se, porém, ao afirmar que as atitudes de Francisco revelam uma clara ruptura com o pensamento mais tradicional da Igreja. Neste sentido, o texto oferece um contato com preciosas formulações patrísticas ligadas à Eucaristia, principalmente no que diz respeito ao seu aspecto gratuito, terapêutico e salutar para os fracos. Também é feita uma breve consideração sobre o tema da Eucaristia e o perdão dos pecados no Concílio de Trento. Deste modo, é possível reconhecer não só a fidelidade do atual magistério ao pensamento eclesial mais genuíno no que se refere à Eucaristia, mas também como o atual papado desafia os cristãos hodiernos a seguir em direção a uma espiritualidade eucarística encarnada e verdadeiramente fiel à Tradição.
FÉ E FANTASIA: O APÓSTOLO JOÃO E OS IRMÃOS GRIMM
FÉ E FANTASIA: O APÓSTOLO JOÃO E OS IRMÃOS GRIMM, 2016
O presente artigo representa um desdobramento de uma pesquisa desenvolvida junto ao Programa de Mestrado em Estudos da Linguagem da Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão, relacionada à Literatura Fantástica, aos contos dos Irmãos Grimm e ao simbolismo pagão e cristão presente nos textos de Kinder-und Hausmärchen, publicado em dois volumes em 1812 e 1816. O trabalho a seguir tem como objetivo principal analisar a influência da Literatura Joanina nos contos dos Grimm, tendo em vista o cristianismo, as crenças religiosas e filosóficas de Wilhelm Grimm.
O CRISTO E A MARIA FUMAÇA: MONUMENTOS EM TORNO DO GRAFFITI E A PICHAÇÃO
Anais da XX Semana de História - UFG, 2021
Este artigo tem o objetivo de levantar uma discussão crítica sobre dois tipos de intervenções em dois monumentos de destaque na cidade de Castanhal no estado do Pará. Uma se deu pelo uso do graffiti no monumento referente ao Cristo Redentor, sendo esta organizada pela própria prefeitura da cidade através de um canteiro de obras grafitado em volta do monumento. A outra é relacionada ao monumento da locomotiva castanhalense apelidada carinhosamente pela população de “Maria fumaça” que passa por constantes intervenções de pichação por grupos não identificados, sendo esta, sempre repudiada pelos órgãos de poder da cidade e por boa parte da população. As duas intervenções serão vistas isoladamente, mas não livres de comparações, destacando as suas particularidades e os impactos causados por uma intervenção complacente com a então gestão da cidade e outra fora da aceitação governamental, sendo que ambas se utilizam de um aspecto em comum: A arte urbana.
O PIOR EXEMPLO: UMA ANÁLISE FÍLMICA DE DRÁCULA 3000
Revista Cinestesia, 2021
Este artigo realiza uma análise fílmica da obra Drácula 3000 (ROODT, 2004). Para isso, discute-se a presença de mitos, seu realocamento da cultura pop para outra temporalidade sob uma lógica capitalista, as narrativas de ficção científica e a relação entre os mitos e os arquétipos presentes nos personagens da trama. Como resultado, foi observado que a criação da obra parte de uma lógica mercadológica capitalista, que reconta mitos através de personagens baseados em arquétipos, visando o lucro com uma produção cultural. Assim, os mitos continuam vivos dentro da cultura e do conhecimento popular. Também foi concluído que o conteúdo do filme pertence principalmente ao gênero da ficção científica, porém utiliza diversos elementos da fantasia como suporte para justificar sua trama, além de diálogos com o terror e a ação para auxiliar a direção e decisões de roteiro.