POLÍCIA E VALORES: TCHUTCHUCAS E TIGRÕES (original) (raw)
2019, Revista Sociologia Jurídica
O que se questiona é se a polícia (e por meio dela a segurança pública) está em crise ou transição. As evidências sugerem que as duas coisas estão ocorrendo ao mesmo tempo. A natureza da transição bem como a escala das mudanças revelam uma crise relacionada com fatores externos e instabilidade interna, e que se manifesta por meio de diferentes processos (a) cada vez mais decisivos de globalização, transnacionalismo (interconectividade) e populismo (política de baixo nível); (b) mudanças muito rápidas e difíceis de assimilar; (c) pressão por ‘segurança’, e privatização da polícia e novos modelos de segurança pública; (d) questionamento da eficácia da polícia pela pesquisa científica.1 No Brasil as coisas ficam ainda mais complicadas por conta de uma sociedade que “toda vez que está em crise teima em olhar para trás” (Octavio Paz), buscando no passado modelos de segurança pública e desenvolvimento humano que, entretanto, prejudicam sua adequada adaptação em um contexto global complicado, feito de consumo, tecnologia e seus fetiches, e cada vez mais de criminalidade.
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