UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA -UnB FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO -FAU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO -PPG ARQUITETURA E INTEGRALIDADE EM SAÚDE: uma análise do sistema normativo para projetos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. Flávia Maroja Limeira (original) (raw)

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO UNIDADE DE VIZINHANÇA: NOTAS SOBRE SUA ORIGEM, DESENVOLVIMENTO E INTRODUÇÃO NO BRASIL

INTRODUÇÃO Unidade de Vizinhança é segundo a formulação original do início do século 20 uma área residencial que dispõe de relativa autonomia com relação às necessidades quotidianas de consumo de bens e serviços urbanos. Os equipamentos de consumo coletivo teriam assim sua área de atendimento coincidindo com os limites da área residencial. As concepções mais clássicas de Unidade de Vizinhança apresentam duas preocupações básicas. A primeira, com a distribuição dos equipamentos de consumo na escala da cidade – e aí a escola aparece como foco das atenções, inclusive por ser um dos motivos geradores da concepção. A segunda preocupação, refere-se ao anseio de recuperação de valores de uma vida social a nível local (relações de vizinhança), considerados enfraquecidos ou mesmo perdidos com as transformações por que passou a vida urbana em decorrência dos processos espaciais e sócio-econômicos ocasionados pela Revolução Industrial. A distribuição e localização dos equipamentos de consumo coletivo é uma questão recorrente e central nas diversas concepções de Unidade de Vizinhança. Na grande parte das concepções, a escola é o parâmetro que dimensiona a área habitacional, que em extensão coincidiria com sua área de atendimento, de modo a resultar, entre outros aspectos, uma unidade espacial mais ou menos fechada e autônoma, onde as condições de acesso estariam otimizadas. Para os agentes de planejamento e autoridades preocupadas com o equacionamento da questão habitação / equipamentos, o sentido prático da concepção representou um grande apelo, contribuindo para que as idéias de Unidade de Vizinhança fossem difundidas e aplicadas em diferentes contextos sociais e econômicos ao redor do mundo. São também recorrentes no desenvolvimento da idéia de Unidade de Vizinhança os anseios de recuperação da vida social local. Mas desde sua formulação inicial essas retenções têm sido muito criticadas. E com o passar do tempo, essas críticas parecem ter minado a força desses anseios no contexto das idéias de Unidade de Vizinhança. Mas de modo algum esses anseios foram abandonados pelos urbanistas, apenas ganharam certa autonomia com relação às idéias de Unidade de Vizinhança, que para muitos tornou-se obsoleta. De certa forma, pode-se considerar que esses anseios ainda permanecem nos debates dos urbanistas, subjacente no que se tem chamado de ideologia do lugar. No Brasil, a introdução e difusão das idéias de Unidade de Vizinhança se dá a partir do eixo Rio – São Paulo, no início da década de 50, quando são feitas as primeiras aplicações das idéias. Mas, a mais expressiva aplicação entre nós ocorre durante a construção de Brasília. No âmbito do presente trabalho, consideramos a aplicação em Brasília como limite de nossa análise, seja pelas proporções dessa aplicação seja pelo arrefecimento das idéias de Unidade de Vizinhança, junto com o que poderíamos chamar de crise do paradigma modernista. Ao buscarmos as idéias de Unidade de Vizinhança em suas origens e seu posterior desenvolvimento tentamos entender as características dessas concepções introduzidas no Brasil. No mesmo sentido analisamos algumas aplicações mais significativas no contexto internacional, de modo a traçar um breve quadro que evidencie as peculiaridades e inflexões que essas idéias sofreram ao serem introduzidas entre nós. Assim, na primeira parte, exploramos as origens e o desenvolvimento das idéias de Unidade de Vizinhança no exterior. Aí mencionamos algumas das aplicações iniciais mais significativas. Na segunda parte, tratamos da sua introdução no Brasil, mencionando experiências de profissionais estrangeiros e nacionais, que fazem a divulgação das idéias entre nós. Na terceira parte abordamos a aplicação das idéias feita por Lúcio Costa em Brasília, cidade-manifesto que coloca em prática concepções que vinham a muito sendo gestadas, idéias essas entre as quais destacamos a de Unidade de Vizinhança. A IDÉIA DE UNIDADE DE VIZINHANÇA E SUAS ORIGENS Considera-se que o conceito de Unidade de Vizinhança (UV) foi formulado originalmente por Clarence Arthur Perry no contexto do plano de Nova York de 1929. Em uma das monografias que integra o plano (The Neighborhood Unit), Perry assim define a UV: 1. "Tamanho. Uma unidade de vizinhança deve prover habitações para aquela população a qual a escola elementar é comumente requerida, sua área depende da densidade populacional. 2. Limites. A unidade de vizinhança deve ser limitada por todos os lados por ruas suficientemente largas para facilitar o tráfego, ao invés de ser penetrada pelo tráfego de passagem. 3. Espaços Públicos. Um sistema de pequenos parques e espaços de recreação, planejados para o encontro e para as necessidades

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ARQUITETURA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Um estudo sobre a circulação de saberes informais e formais na produção edilícia em ocupações urbanas SALVADOR 2017 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ARQUITETURA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO PELAS MÃOS DO POVO Um estudo sobre a circulação de saberes informais e formais AGRADECIMENTOS Sempre acreditei que a medida do tempo fossem os meus filhos, ao passo em que eles cresciam é que eu percebia a sua passagem. Nunca parei para contabilizar quantas coisas boas e ruins poderiam acontecer em um ano, tampouco em dois. Na pós-graduação, ainda que tenhamos a sensação de que adentramos numa bolha, blindada pelos saberes, a vida corre por fora, contorna e dá seu jeito de entrar. Não podia ser diferente para mim, fui alvejada pelos afetos, sofri perdas, carreguei dores de morte e alegrias de vida, passei por momentos adversos, mas construí relações de parceria e confiança que tornaram possível a realização desse trabalho. Tanto aprendizado! Termino essa empreitada tão rica! Muito mais resiliente, confiante e corajosa. Por quê? Porque a vida é incontrolável, mas como diz um verso da capoeira: "Quem manda no mundo é Deus!" Tenho tanto e a tantos a agradecer! Alguém tem ideia do que é trabalhar e conviver com seu ídolo? Pois é, tenho esse privilégio. Fui orientada por quem tenho profunda admiração e respeito. Que sorte a minha! Á Márcia, minha orientadora, pelas gratuitas lições de generosidade que presenciei durante a condução do curso de arquitetura popular de cuja primeira edição fui convidada a participar, pela condução do grupo de pesquisa do qual sou membro, e pelas valiosas observações, provocações e detalhes que nunca escaparam ao seu rigor nas seções de orientação. Pelo laço construído. Muito obrigada! Ao grupo de pesquisa Arqpop, pelo convívio alegre e tardes produtivas, especialmente a Mariely Santana, Sílvia Pimenta, Daniel Paz e Lula. Aos graduandos Camila e Zara pela parceria, a Laís e Bruno por terem me acompanhado, em algumas incursões a ocupação estudada. Ao programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo. A secretaria do PPG-AU pela disponibilidade e doçura de Luiz Acácio e prontidão de Maria Henriques. 7 A Capes pelo financiamento da pesquisa. A Ângela Gordilho, com quem sempre pude contar, pelas considerações feitas ao trabalho e pela participação, juntamente, com Cybele Santiago na banca de Qualificação I. A Maria Estela Ramos e Laila Mourad pela disponibilidade, pelas importantes contribuições e observações feitas ao trabalho na banca de Qualificação II, sou eternamente grata. Ao CEAS, especialmente, a Nélia Nascimento e a Manoel Nascimento pela atenção e disponibilização dos arquivos. A Fundação Mário Leal (Escritório Público), pela generosa acolhida da arquiteta Adelaide Rosas e pelo material cedido. Aos amigos do Calabar, especialmente a Justina Santana, uma amiga para a vida, pela disponibilidade, também, a Chiquinho da barbearia, pelas conversas e apresentações, a Rosana Oliveira (BCC), a Yuri Reis (Woxi) e, especialmente, a Fábio Matias (Manga) pelas caminhadas, por ter me acompanhado nos terreiros e fontes d'água. Axé! A Roselene com quem tive aulas práticas de empreendedorismo, que deixou muitas vezes seus afazeres para me acompanhar nas obras e a Fábio pela entrevista e vídeo da obra. Aos amigos do Alto das Pombas, especialmente ao amigo Pablo Adrian do Fatumbi. Aos amigos professor William Duningham, professora Vera Mendes e Claudete Guimarães pelas contribuições ao trabalho e, também, aos amigos francófanos: professor Cheik Oumar pelas conversas e dicas de formatação do trabalho. Salem! Ao padre Pako Ambrosio, pelas orações e conversas na Casa Provincial. Pelo resgate da fé através de Nossa Senhora de África! Amém! Aos pilares que sustentam meu edifício, minha família, aos meus pais Loulou & Comandante Metzker, e a Eduardo, Brenno e Enzo. União!

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO MESTRADO EM ARQUITETURA E URBANISMO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO CENTRO ANTIGO DE JOÃO PESSOA: Forma, uso e patrimônio edificado Eudes Raony Silva

AGRADECIMENTOS À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, aquela mãe que recebe com carinho seus filhos rebeldes de volta ao lar. Ao PPGAU e seu corpo docente, pela vastidão de conhecimento, pelo ambiente acolhedor, pelos litros de café com leite ninho e pelos dias em que acampei nos laboratórios sem que ninguém soubesse. À Edja Trigueiro, que me deu uma preciosa forma de olhar a cidade-além dos olhares intimidadores. À Jota Clewton, por me mostrar que sem pedras o arco não existe. À Maria Berthilde, por me introduzir ao mundo da conservação-logo quando eu não queria nada com isso. Aos sintaqueiros de plantão e aos colegas da academia, fundamentais do início ao fim. Um alô especial à Ana Paula Gurgel, Clóvis Dias, Lucy Donegan e Camila Cesar. Ao Instituto Federal da Paraíba, que erigiu minha vocação à docência. A todos os que fazem e fizeram a FeNEA, por me ensinarem que a vida é a arte do encontro. Às meninas do "esse dois, esse dois", seres de luz cuja amizade não mereço. A Yuri e Dantas, companheiros de sonhos e maltes. Aos "delis", irmãos de fé, de pão e de samba. A tantos outros amigos. Maldade seria começar a citá-los. À Rayane, a Selma e a Zé Eudes: os silvas, vastos como nosso sobrenome. Àquele que organizou uma festa em mim.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE ARQUITETURA E DESIGN PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO URBANA

Gabriela Kratsch Sgarbossa, 2019

Squares are traditionally understood as some of the main free spaces of Brazilian cities, configuring, most of the times, into places of circulation, meetings and permanence, being capable of housing countless functions and acting as reference landmarks in the urban landscape. Nowadays, at the same time as they are understood as multifunctional places, serving citizens of various age groups, they are also perceived, in some cases, as degraded and unsafe; in other cases, they are seen as repetitive, reflecting a serial designed project practice rather innovative. In this context, the general objective of this research is to assess the evolution of the appropriation of public squares in the contemporary city by the population, from its conception to the present. To this end, it is adopted, as a case study, the urban headquarters of the city of Ponta Grossa-PR, with a view to the understanding of this process in view of its functionalities and its meanings. With the structuring of multiple methods, the research was divided into three basic stages, being the first of a methodological nature, with the purpose of presenting the methods used for collection and analysis of data. The second refers to the theoretical-conceptual approach, which has an exploratory bias and objectives the interpretation of theories and concepts related to free spaces and squares and their historical records in the country and the popular appropriation of these places, as well as to medium cities. The final stage is empirical, aiming at understanding the way they are used, from their conception to the present moment in the context of Ponta Grossa. In this last phase, direct observations and questionnaires were applied to the users of three squares in Ponta Grossa. The analyzes carried out identify that, in their initial stage of construction, the first ones constituted the true urban social center, essential for the development of leisure activities related to recreational and cultural uses. Over the years, these spaces had their functions altered and, currently, the main purposes of the studied places involve the accompaniment of children in their games, the collective or individual sportive practice, and the passive leisure, only for resting.These results answer the question-problem of the research, once there are, in fact, alterations in the dynamics of the using of the square in the contemporary city studied. As relevant factors that induce its non-appropriation by citizens, are the feeling of insecurity and the precariousness of maintenance, which transmit the image of abandonment. It is also confirmed the hypothesis that it does not lose its importance in the population's imaginary set, by maintaining its primitive uses; However, the significant changes that have occurred in urban space over time, produce new places requiring other functions for these locations, enabling sociospatial multifunctionality. Thus, it is understood that, despite the emergence of other leisure options and the occurrence of areas that do not fully meet users' expectations, the squares have not lost their importance to society.