A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA REDUÇÃO DE INFECÇÕES EM SERVIÇOS DE SAÚDE (original) (raw)
RESUMO A infecção hospitalar afeta milhares de doentes em todo o mundo, levando os doentes a doenças mais graves, prolongando sua permanência nos hospitais e alguns à incapacidade por longos períodos. Ela ocorre por diversas razões e existem muitos mecanismos que favorecem seu aparecimento, sendo a principal a transmissão de microrganismos pelos profissionais da área da saúde aos pacientes. Em todo o mundo, pelo menos 1 de 4 pacientes que necessitam de cuidados intensivos adquire uma infecção durante sua permanência nos hospitais. Nos países latino-americanos, essas taxas variam de 5% a 70% e no Brasil, estima-se que entre 6,5% e 15% dos pacientes internados contraem um ou mais episódios de infecção, e que entre 50.000 e 100.000 óbitos anuais estejam associados a sua ocorrência. Aproximadamente um terço das infecções hospitalares podem ser prevenidas com medidas de controle à infecção, sendo que, a higienização das mãos por todos os profissionais de saúde, independentemente de sua importância ou posição, uma das medidas mais eficazes. Apesar desta constatação da eficiência da higienização das mãos na prevenção da transmissão de infecções, profissionais de saúde desprezam o valor de uma ação simples e não compreendem os mecanismos básicos da dinâmica de transmissão das doenças infecciosas. A higienização das mãos, além de ser uma medida básica e barata, é a maneira mais eficiente e econômica para a prevenção de infecções nosocomiais e este fato é mundialmente reconhecido e comprovado por diversos estudos. Palavras-chaves: Higienização das mãos; infecção hospitalar; serviços de saúde. ABSTRACT Hospital infection affects millions of patients worldwide, leading patients to more serious diseases, prolonging their stay in hospitals and some of the inability for long periods. It occurs for various reasons and there are many mechanisms that favor its appearance, being the main transmission of microorganisms by health professionals to patients. Worldwide, at least one of four patients requiring intensive care acquires an infection during their stay in hospital. In Latin American countries, these rates vary from 5% to 70% and in Brazil, it is estimated that between 6.5% and 15% of hospitalized patients contract one or more episodes of infection, and that between 50,000 and 100,000 deaths annually are associated with its occurrence. Approximately one third of nosocomial infections can be prevented with measures to control infection, and that hand hygiene by all healthcare professionals, regardless of their size or position, one of the most effective measures. Despite this evidence of the effectiveness of hand hygiene in preventing the transmission of infections, health professionals dismiss the value of a simple action and do not understand the basic mechanisms of the transmission dynamics of infectious diseases. Hand hygiene, as well as a basic and inexpensive, is the most efficient and economical for the prevention of nosocomial infections and this fact is recognized worldwide and proven by several studies.