Penetrating Eden: Antichrist, by Lars von Trier, in light of Brecht, Strindberg and other uncanny elements (Thesis Preview) (original) (raw)
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2016
Analisamos, nesta tese, o filme Anticristo (2009), do cineasta Lars von Trier, tomando como base um viés crítico que contemplasse a relação entre sua construção formal e seus conteúdos implícitos e explícitos. Assim como outras obras do artista, igualmente questionadoras, perturbadoras e políticas, Anticristo mostra-se capaz de apontar dinâmicas histórico-sociais relevantes para a compreensão de seu tempo, além de desnudar diversas características substanciais do pensamento hegemônico, espantosamente naturalizadas. Nesses termos, a tese proposta é a de que o filme reapropria-se de um método estéticopolítico brechtiano com o fim de criar uma contraposição ao modelo dramático que orienta grande parte das produções cinematográficas mainstream. Sendo responsável por sua estruturação mais ampla, essa reapropriação vincula-se à formatação do foco narrativo do filme, associado à personagem masculina e plasmado com várias nuances de obras de Strindberg e de Freud, bem como do Expressionismo. Configura-se, portanto, essencial o exame da inter-relação que Anticristo apresenta entre os planos histórico e social, e os planos do indivíduo e de sua subjetividade, inclusive de sua construção psíquica. A partir dessa análise revelam-se contradições fundamentais da sociedade ocidental, sobretudo no que se refere às questões de gênero, guarnecidas pela inquietante alusão que o filme faz à caça às bruxas.
Apropriações literárias em Anticristo, de Lars von Trier
Procuramos mostrar aqui como o filme Anticristo (Antichrist, 2009) do cineasta dinamarquês Lars von Trier pode ser analisado atentando-se para suas apropriações literárias. Destacaremos, assim, as relações que o filme estabelece com as elaborações estéticas e algumas obras do dramaturgo sueco August Strindberg e do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Também nos propomos a investigar como o estudo do foco narrativo apresentado pelo filme permitiria uma leitura destoante das que o filme tem recebido e como ferramentas da crítica literária possibilitariam apontar na obra uma armadilha ideológica central para sua interpretação.
2014
Agradecer é um ritual, é a possibilidade sensível de dizer aos outros o quanto contribuem e importam. Quem nos cerca, de certa forma, contribui para aquilo que somos, confirma nossa existência. Eé, em certos momentos,ainda mais importante agradecer as passagens como esta-que marcam o fim de uma caminhada e o princípio de outra-em que os afetos e a cooperação mútua se fazem necessários, pois reatualizam laços e aquecemcorações. Calor no coração para Cristina Souza, a-Baby‖, que é mais que amiga, por não me deixar cair, pelo apoio, por ser e estar.Obrigado à Aline Dias da Silveira por ser amiga, por ultrapassar a academia, por ajudar, tanto nos processos acadêmicosquanto nos do viver. Por sua força, que sacudiu e sustentou ao mesmo tempo. Grato! Aos meus queridos e amados amigos Susana Linera e José Franze, pessoas que me ensinam muito, com as quais compartilho o desejo da revolução, de um mundo diferente para todos. À minha mãe, irmãs e sobrinhos amados.Obrigado àCelina Romagnani porque sempre aqueceu meu coração e por caminhar comigo. Agradeço a Rosemeri Santos pelo apoio, pelo amor. À Rose Baer, que é poesia na calçada e LailahBocaletto que é mais poesianesse trajeto. ÀCélia Romagnani, que provocou a minha históriacom a sua. ÀMarileide Dias, mesmo longe, sempre perto. À Clarissa Dias Soares:Uma pessoa doce é amiga de verdade.AoJardel Cunegatto, querido amigo, que me ajudou a começar a escrever. Ao Thomas Farines, querido irmão. Ao indefectível Diego Whisllety, que é Sol. À minha querida parceira de estágio e amiga do peito, Priscilla Pessôa. À ThaysTonin, que me apresentou Georges Didi-Huberman num fim de tarde, dentreos livros sobre a mesa. À Márcia Valério pela leveza e pelo compromisso. À Fátima Geleski, pela generosidade:Obrigado amiga!À Aline Ribeiro Soares, de quem sinto falta, mas vive a sorrir no meu coração.
A mulher como corpo-imagem : uma interpretação de anticristo, de Lars von Trier
2017
O presente trabalho é uma leitura crítica da narrativa fílmica Anticristo, de Lars von Trier, lançado em 2009. O filme expõe um enredo baseado, segundo uma de minhas hipóteses, em uma história de trauma: no Prólogo, um casal de uma mulher e um homem, durante o ato sexual, não percebe a presença do filho de dois anos, que os vê da porta do quarto. O menino, após presenciar a cena de sexo entre os pais, vai até uma janela, cai e morre. A partir daí, influenciada pela associação sexo-culpa, a personagem feminina passa a sofrer sintomas de trauma. A personagem masculina, enquanto terapeuta de profissão, inicia uma tentativa de tratamento psicológico em relação à sua esposa, numa relação que, segundo minha interpretação, se dá de forma autoritária, em que Ela ocupa a posição de objeto de investigação do marido, sendo vinculada à figura de natureza a ser desbravada. Por meio de reflexão e estudo acerca da história e dos mitos relacionados ao feminino, procuro, da perspectiva de quem se co...
A Culpa é da Mulher : o Anticristo, de Lars von Trier
RESUMO O Anticristo, filme de Lars von Trier, lançado em 2009, mostra o desespero de um casal ao perder seu único filho. Extremamente polêmico e repleto de referências bíblicas-a começar pelo título-, é um filme que choca pelo incessante desespero de uma mãe em luto que parece carregar o peso do mundo em sua condição de mulher. A proposta deste artigo é fazer uma análise deste filme iluminando a culpa cristã historicamente atribuída à mulher e seus desdobramentos imediatos, como o feminicídio.