Leonardo da Vinci: Tratado de Pintura (original) (raw)
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The Materials of the Image. As Matérias da Imagem (ed. Luís Urbano Afonso), 2010
An anonymous Portuguese manuscript about painting materials and techniques, entitled Breve Tratado de Iluminação, that is, Short Treatise on Illumination, unpublished until now, is presented in detail, as well as its authorship, date, sources, structure and originality. The manuscript, dated from the first half of the 17 th century (after 1618), is a miscellaneous work composed by two main pieces, with the same calligraphy, and varied recipes, with diverse calligraphies, some of them organized around specific subjects. The two main pieces, in a small number of recipes, show the use of Filipe Nunes' The Art of Painting, a Portuguese treatise published in 1615. In addition, these pieces quote technical procedures employed by both Portuguese and foreigner painters that worked in Portugal, although the sources of this information remain unknown. In relation to the assorted recipes, several were detailed copied from, among others unidentified sources, Nunes' treatise and Spanish editions of Juan Pérez de Moya (the only work mentioned in the manuscript) and Alessio Piemontese works, both dated from the second half of the 16 th century, and others recipes mentioned procedures used by Spanish or French artists. The manuscript, as a whole, seems to be an original work and it is possible that its authors were monks at a Lisbon convent.
Primeiros Tratados de Pintura (coordenação, com Patrícia Monteiro), vol. 12 da colecção Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa, direcção de José Eduardo Franco e Carlos Fiolhais, Lisboa, Círculo de Leitores., 2019
O texto constitui a introdução desta obra de larga síntese (elaborada em conjunto com Patrícia Monteiro) onde se analisam e transcrevem os quatro primeiros textos portugueses sobre teoria e prática da arte da Pintura, a saber: Da Pintura Antiga (c. 1540-1548), de Francisco de Holanda, Caligrafia (1560-1561) de Giraldo e o anónimo Breve tratado de iluminação (c. 1635), obras relevantes no contexto da tratadística europeia da Idade Moderna.
o Tratado de Perspectiva do jesuíta Inácio Vieira e sua relação com a pintura de falsa arquitetura
O conhecimento da pintura de falsa arquitetura em Portugal durante a primeira metade do século XVIII concentra-se em duas frentes: a vinda de Vincenzo Bacherelli (1672-1745) 1 para Portugal em 1701 e o ensino da Matemática na "Aula da Esfera" através do jesuíta Inácio Vieira, autor de vários textos sobre óptica, perspectiva e cenografia. O estudo da pintura pers-péctica em Portugal durante esta fase inicia agora a sua investigação preocupando-se mais com a situação teórica. Neste momento um novo capítulo surge na historiografia em Portugal: a relação da história da ciência com a história da arte. Conhecendo a produção dos tratados escritos (manuscritos e impressos) entre os séculos XVI e XVIII, será possível explicar me-lhor não só o papel fundamental no núcleo intelectual da época, como também o conhecimento de uma verdadeira postura teórica que neste momento iniciava o seu processo. A grande reforma teórica dos textos sobre perspectiva em Portugal parece ter origem no ambiente Jesuí-ta: considerada ferramenta essencial, explicada e transformada em método prático na citada Aula da Esfera desde 1590 no Colégio de Santo Antão em Lisboa. No que diz respeito ao es-tudo das Matemáticas atinge um período de maior desenvoltura a partir de 1704 nas aulas lecionadas pelo Pe. Inácio Vieira.
Notações para uma história da pintura na América Latina
Esboços - Revista do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC, 2008
Este artigo é constituído de três notações para uma história da arte na América Latina, considerando o arsenal pictórico produzido entre meados de século XIX e primeira metade do século XX. Trata-se de empreendimento inicial que pretende delinear alguns sentidos para a imagem, especialmente considerando aquelas obras em que o corpo feminino apresenta de modo mais explícito certas sensibilidades e percepções inerentes ao pensamento plástico, bem como esboçar uma problemática sobre o arsenal imagético e suas possibilidades de abordagem, particularmente no que se refere a questões relacionadas à cronologia e anacronismo, texto e contexto, cópia e original, proximidade e distância, superfície e profundidade. Palavras-chave: História da arte; sensibilidades e percepções; imagem pictórica.
Francisco de Holanda e a arte da pintura
2011
This Work intends to analyze the treatise of art Da Pintura Antiga written by the portuguese Francisco de Holanda in the 30s of the XVI century. In this work Holanda studied the art of painting, its origins and its goals, who is the painter and how it should be your training and what precepts to be observed by executing a painting. This dissertation was written from the research of the relationship between Holanda and other treatises authors of art of the period – especially Alberti and Gaurico – and the antiquity – Plínio and Vitruvio. We also evaluate the relations between Holanda and the humanist circle of Évora and the circle frequented by Holanda when their stay in Rome, which resulted in the writing of Da Pintura Antiga.Este trabalho pretende analisar o tratado de arte Da Pintura Antiga escrito pelo português Francisco de Holanda na década de 30 do século XVI. Nesta obra Holanda estuda a arte da pintura, sua origem e seus objetivos, quem é o pintor e como deve ser a sua formaç...
Da Vinci, Salvador Dalí e Clarice Lispector: A Paródia Da Santa Ceia Em Uma Pintura Escrita
2015
Resumo: Analisa-se o conto “A reparticao dos paes”, de Clarice Lispector, inserido em sua obra A legiao estrangeira , a partir da perspectiva dos estudos de literatura comparada – interartes – envolvendo a literatura e a pintura. Para tanto, parte-se dos pressupostos teoricos propagados por Kandinsky, em sua “Teoria do espiritual na arte”, para aplica-los na interpretacao da escolha cromatica das descricoes parodicas que Clarice Lispector realiza da celebracao biblica da Santa Ceia. Como contraponto, parte-se da concepcao perspectivica renascentista para chegar ao expressionismo da pintura da santa Ceia por Salvador Dali e as semelhancas desta ultima com a pintura literaria de Clarice Lispector.
Lobo com Pele de Cordeiro: A Inevitabilidade de o Desenho Ser Pintura
ICOCEP International Congress on Contemporary European Painting, 2019
O texto é construído como uma reflexão pessoal a partir da prática diária do desenho. Ao ter começado a dedicar-me ao desenho em exclusividade a partir de 2012, ao mesmo tempo que desenvolvia a minha investigação de doutoramento com o tema "Da Presença do Desenho na Pintura: A Linha Transformadora", apercebo-me de que alguns resultados do meu trabalho dos últimos meses começaram a remeter para a prática da pintura. Ao refletir sobre suporte, materiais, ferramentas e técnicas de desenho e pintura procuro entender o processo que leva à diluição de fronteiras entre desenho e pintura no meu trabalho. As obras de Egon Schiele (1890-1918), Alberto Giacometti (1901-1966), Philip Guston (1913-1980) e Marlene Dumas (n. 1953) permitem encontrar uma genealogia para as zonas de contacto entre desenho e pintura, que possibilitam localizar alguma informação visual que tenho vindo a integrar no meu trabalho. Ao analisar o meu desenho, tendo-os como referência, procuro nas técnicas que utilizo (escorrimento, sobreposição de camadas de tinta acrílica, transparências, pincelada visível, superfície monocromática), nos materiais (tinta acrílica, tinta da China) e nas ferramentas (pincéis) encontrar razões que inevitavelmente levam a pintura a irromper no interior da prática do desenho. Este processo de círculo completo, que me levou do abandono da pintura a favor do desenho e agora, aparentemente, de volta à pintura, é o que me interessa dissecar em busca de pistas para a continuação da minha investigação teórica e visual.
A Pintura. Objecto vivo e irrequieto
Rui Macedo. (In)dispensável ou A pintura que inquieta a colecção do museu, 2019
Começo este texto com uma asserção: o acto de ver enforma toda a acção criativa. Sustento-o na assunção de que ver é sempre o resultado de um leque de variáveis: vemos o que está disponível, o que nos é permitido ver, o que conseguimos descortinar com o conhecimento que temos, e o que consideramos relevante. Toda a acção humana, aí compreendida a Arte, é tecida desses cruzamentos que se multiplicam com o passar do tempo e a sedimentação do conhecimento, e com a pluralidade dos intervenientes. Os museus integram este quadro de modo particularmente eloquente, e têm sido, desde o seu surgimento, escolas alternativas, lugares de estudo e de encontro entre gerações de artistas que, em muitos casos, jamais se encontrariam de outro modo. O discurso sobre o que constitui a herança cultural e artística (ou património) é gizado, em grande parte, dentro das paredes da instituição museológica, pelo modo como as obras, que constituem as suas colecções, são estudadas, colocadas em diálogo entre si e comunicadas-não apenas pelos investigadores, curadores e educadores, mas também pelos visitantes. Entre estes, há uma estirpe que os museus desejam, desde a sua génese, seduzir: os artistas. Não porque a relação destes com o passado da Arte (seja ele mais ou menos recente) seja especialmente devota ou respeitadora-embora essa forma de relação não seja de excluir-, mas porque, em particular na tradição ocidental desde o final da Idade Média, a obra dos mestres constituiu território apetecível para a indagação artística dos mais novos, para a experimentação de caminhos alternativos, na rejeição do que cada tempo e autor ou autora considera dispensáveis, desadequados ou menos urgentes, e na recuperação e continuação de pressupostos, técnicas ou pontos de vista tomados como pertinentes.