Os estudos africanos no Brasil: veredas (original) (raw)
Related papers
Estudantes africanos no Brasil
Afro-Ásia
Resenha de: REIS, Luiza Nascimento dos. Estudantes africanos e africanas no Brasil (Anos 1960). Recife: Ed. UFPE, 2021. 192 p.
A trajetória dos estudos africanos no Brasil: 1930 a 1980
Os estudos africanos nasceram a partir de diferentes contextos e compuseram distintas trajetórias ao redor do mundo. Tanto no Brasil quanto em outros lugares, sentiram transformações metodológicas ao longo do tempo, ocorridas no ambiente acadêmico e também na sociedade. Por isso, estudá-las permite ampliarmos a compreensão acerca dos estudos africanos como um processo. Neste artigo, evidenciamos os principais pensamentos e correntes historiográficas que permearam a área, estabelecendo paralelos, conexões e apontando as diferenças do que foi produzido no país e no exterior.
A introdução dos estudos africanos no Brasil nos anos 1959-1987
2015
This study aimed understands the process of institutionalization of African studies in Brazil. Through a historical research, we analyze the legacy left by the first academic researchers on the African continent and the influence of their works in subsequent Brazilian researches. The examination of African historiography produced in Brazil from 1959 to 1987, sought to highlight the ways in which Brazilian intellectuals understood the African continent, the changes undergone in the way of thinking about Africa over time, and the uses of history by the academic world, in their relationships in different spheres with African countries.
Estudantes africanos e africanas no Brasil (Anos 1960)
Estudantes africanos e africanas no Brasil (Anos 1960), 2021
Esse livro examina o intercâmbio acadêmico promovido pelo Itamaraty no início dos anos sessenta, o qual muito se deve às articulações político-acadêmicas mediadas pelo Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia. Ao revisitar intelectuais com pertinência e domínio interpretativo, a autora traça um panorama que nos leva a compreender quais eram os argumentos na elaboração da política externa brasileira direcionada a países da África, as visões sobre o intercâmbio com o continente africano, os pressupostos nas argumentações, os valores salientados para tal empreitada institucional. Trata-se aqui de um estudo histórico e inédito sobre as experiências, dificuldades e expectativas de estudantes africanos das duas primeiras turmas, feito através de uma cuidadosa análise de fontes documentais como as correspondências institucionais de pesquisadores do CEAO e do Ministério das Relações Exteriores no Brasil. Salienta os trâmites burocráticos entre instituições dos países envolvidos, a recepção e as atividades previstas para os estudantes em solo brasileiro, bem como a inserção pioneira de um docente nigeriano numa universidade pública federal – o linguista Ebenézer Latunde Lasebikan – para lecionar um curso de língua yorubá. (por Jocélio Teles dos Santos/UFBA)
SER AFRICANO E NEGRO NO BRASIL: estudantes africanos na UFMA
Analise do processo de imigração de jovens estudantes africanos para o Brasil. Toma como referência o processo migratório, em princípio "temporário", de estudantes de diferentes países da África, para estudar em universidades brasileiras, a partir de acordos bilaterais firmados entre países em desenvolvimento e o estado brasileiro. Analisa essa migração articulada ao processo de implementação de políticas estudantis envolvendo alunos estrangeiros e os processos de socialização desses alunos na Universidade Federal do Maranhão. Parte do pressuposto de que se trata de uma migração "temporária" e incentivada pelos acordos bilaterais entre os Estados e realizada dentro de determinados parâmetros. Articula a diáspora africana na UFMA com a questão racial. Palavras chave: diáspora africana educação
Amizades de estudantes africanos residindo no Brasil
Revista Psicologia-Teoria e Prática, 2010
Resumo: Amizades internacionais entre pessoas de diferentes países são pouco investigadas, especialmente no Brasil. Este trabalho investigou as amizades de universitários de Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe residindo no Brasil com base no modelo de Hinde (1997). Doze entrevistas foram conduzidas sobre a rede de amigos e as amizades mais próximas. A maioria dos amigos era da mesma nacionalidade ou brasileiros, residia na mesma cidade e foi conhecida no Brasil. Os resultados referem-se a interesses comuns e atividades compartilhadas, dificuldades da amizade e episódios marcantes. A maioria das amizades foi relevante para a adaptação ao Brasil, mas apenas parte influenciou a forma de ver o país. Conclui-se que os amigos são fundamentais para a adaptação social e cultural desses estudantes e servem de base para a cooperação cultural e científica. Outros estudos e programas sociais para promover amizades entre brasileiros e africanos estudando no Brasil são necessários. Palavras-chave: amizade; relações étnicas e raciais; relações interpessoais; estudantes estrangeiros; estudantes universitários.
A Experiência De Estudantes Africanos No Brasil
Revista da FAEEBA- Educação e Contemporaneidade, 2016
Este artigo pretende relatar os aspectos referentes a situações de racismo e discriminação racial vivenciada pelos estudantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que ingressaram nas Instituições de Ensino Superior Brasileiras através do Programa Estudante de Convênio de Graduação (PEC-G).Estabeleceu-se como objetivo neste trabalho compreender como é a experiência do estudante-convênio oriundo dos PALOP em duas capitais do Centro Oeste brasileiro, Brasília-DF, capital do país e Cuiabá-MT. Foram entrevistados alunos e ex-alunos da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Para a compreensão dos aspectos propostos as pesquisadoras recorreram àsentrevistas em profundidade e à observação participante. Os dados obtidos informam que as universidades brasileiras não dispõem de estrutura para receber os estudante dos PALOP. Ademais, ser africano e negro no Brasil é uma experiência que impõe muitas dificuldades. Professores e colegas...
“Na Terra do Outro”: presença e invisibilidade de estudantes africanos no Brasil, hoje
Dimensoes Revista De Historia Da Ufes, 2011
Na Terra do Outro": presença e invisibilidade de estudantes africanos no Brasil, hoje * NEUSA MARIA MENDES DE GUSMÃO Unicamp Resumo: A diáspora africana vivida por estudantes que se dirigem ao Brasil, originários dos PALOP-Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe) é o tema em discussão. São jovens que compartilham um processo migratório com finalidade de estudos e formação e que vivem a experiência de estar fora de lugar em um país estrangeiro. Em jogo seus patrimônios sociais e culturais constituídos pela memória familiar e coletiva que toma por base o mundo africano e o contexto migratório. O trabalho fala de jovens universitários que vivem em repúblicas e em moradias estudantis na região de Campinas e em Belo Horizonte e em Fortaleza. Discute-se aqui o que os caracteriza em termos de uma africanidade e de uma negritude construídas a partir de seus deslocamentos e suas histórias particulares que revelam a história mais geral do povo negro, africano e estrangeiro na terra dos outros.
Os estudantes africanos no Brasil na perspectiva da teoria crítica dos direitos humanos
REVISTA QUAESTIO IURIS, 2016
Resumo A proposta deste artigo é analisar a situação dos estudantes africanos no Brasil à luz da Teoria do Reconhecimento de Honneth e de um conceito emancipatório dos direitos humanos. A partir das principais contribuições teóricas acerca do debate sobre reconhecimento pretende-se consolidar uma concepção dos direitos humanos como resistência e emancipação. Através de idéias como 'identidade' e 'autenticidade', busca-se afirmar a singularidade do sujeito e confrontar o universalismo abstrato dos direitos humanos, no que diz respeito à questão migratória. O reconhecimento enquanto necessidade humana vital ressalta a importância do Outro para a conformação sadia das Identidades. Diante da relação inexorável entre identidade e reconhecimento, destaca-se a proposta de Axel Honneth para uma vinculação mais estreita entre teoria do reconhecimento e direito. A partir da constatação de que os seres humanos, e nesse artigo especificamente os imigrantes, não podem se comportar de maneira neutra e passiva em relação às ofensas sociais, maus tratos físicos ou à privação de direitos, os direitos humanos deixam de se constituírem em um eficiente depósito de rancor, dando lugar a um laboratório de resistência.