Lógica, Ontologia e Epistemologia (original) (raw)
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Lógica e Ontologia em Pedro da Fonseca
1994
A dissertação pretende situar a obra de Fonseca na história da ontologia mostrando, através de uma análise dos textos relativos ao núcleo doutrinal da metafísica clássica, que os Comentários à Metafísica de Aristóteles são muito mais que um simples comentário textual e representam um dos raros esforços de síntese de toda a problemática suscitada pelo programa aristotélico de uma filosofia primeira. Síntese que é elaborada na segunda metade do séc. XVI, no dealbar dos tempos modernos. O primeiro capítulo procura precisamente situar historicamente o texto de Fonseca e salientar as suas características principais. Os restantes capítulos articulam os temas centrais da problemática onto-lógica na transformação do projecto aristotélico de uma filosofia primeira no texto de Fonseca. Assim, no capítulo 2, Determinação do objecto da metafísica, seguimos de perto a análise do conceito de ser em Fonseca, polarizada pelo conceito de ens commune e que nos leva à tematização da analogia entis e ao papel desempenhado pela distinção crucial entre conceito formal e conceito objectivo de ens. O capítulo 3 procura esclarecer a posição de Fonseca face à secular querela em torno da distinção entre essência e existência. O capítulo 4 desenvolve outro dos grandes núcleos da metafísica clássica, a doutrina dos transcendentais. Contudo, a intenção de realçar o nexo entre transcendentalidade e universalidade levou-nos a problematizar neste capítulo a relação entre transcendentais e categorias. Com a mesma intenção de aprofundamento desta problemática foi incluído um breve esboço histórico-crítico que começa em Aristóteles e termina em Kant. Finalmente, o capítulo 5 aborda a problemática do princípio de não contradição.
Ética e Ontologia na era da técnica
Com base na afirmação de Hans Jonas, segundo a qual as novas modalidades da técnica moderna romperam com os cânones da ética tradicional, o artigo pretende explicar os novos modos de ação calcados na proposta jonasiana da Ética da Responsabilidade, que tem como um dos pressupostos a exigência de pensarmos um mundo para as gerações futuras, cuja proposta ética, ultrapassa os fundamentos antropológicos e imputa responsabilidades para com toda a biosfera. Com este propósito relacionamos, ao longo do texto, a proposta de Jonas, à analítica existencial elabora por Heidegger, em Ser e tempo. Palavras-Chaves: Ética. Ontologia. Responsabilidade. Cuidado.
Neste trabalho discutiremos a relação entre dois sentidos da palavra ontologia: um deles, que denominamos “tradicional”, estuda as diversas categorias ontológicas e as diferentes possibilidades de ontologias ao assumirmos diferentes categorias como básicas. Outro sentido, que denominamos “naturalizado”, busca primariamente em nossas teorias científicas informações sobre aquilo que há. Estes dois sentidos, aparentemente afastados, colocam a questão sobre como relacionar a investigação puramente filosófica do primeiro com a investigação cientificamente orientada do segundo. Discutiremos esta relação e argumentaremos também que lógicas distintas da clássica podem estar envolvidas na representação de determinadas categorias ontológicas na formulação de teorias científicas, ou no tratamento adequado dos objetos sobre os quais falam estas teorias. Concluímos com o exemplo da mecânica quântica, argumentando que esta teoria pode ser vista como podendo estar comprometida com pelo menos dois tipos bastante distintos de ontologia, e exemplifica as discussões desenvolvidas durante o trabalho.
2018
O presente trabalho constitui um guia introdutório de apoio ao estudo e investigação da disciplina de Lógica. A sua elaboração visa a criação de um recurso de apoio ao curso de lógica, a serem ministradas no Programa do Centro de Formação Avançada da Universidade Nacional Timor Lorosa’e. No que concerne ao curso de Lógica, com a duração de um semestre, procurou-se alagar o seu âmbito conceptual para além dos seus conceitos e formalização. Este manual, que deixará espelhar esse mesmo intento, fornecerá um possível roteiro de leitura, ainda que introdutório e deficitário, das relações da Lógica com a Ontologia. Justifica-se esta ligação pela necessidade de se realizar uma incursão pela história da Lógica do pensamento, considerando como sede da mesma a Ontologia. Procurar-se-á, assim, demonstrar que não existe uma só Lógica, mas sim várias Lógicas, que devem ser compreendidas como instrumentos conceptuais de demarcação e verificação de outras áreas de saber, sendo que estas, por sua vez, aparecem em resultado de mutações específicas ao nível da ontologia (ontos+logoi, ciência do ser). O curso, tal como é apresentado neste manual, carece de riqueza bibliográfica e apresentar- se-á, seguramente, deficitário e superficial ao leitor familiarizado na matéria, mesmo o não- especializado. Tal facto se justifica pela necessidade de fornecer aos formandos, que não têm outro recurso bibliográfico, mais do que referências históricas e nucleares da temática em questão, mas possível roteiro de leitura com recurso a obras e artigos disponíveis na Internet. Em virtude do perfil do formando a que se destina e das condições em que foi realizado, este manual marca tão- somente o início de uma investigação que se pretende contínua.
O principal objetivo do artigo é demonstrar que, em plena maré “pós-moderna”, a derradeira obra lukacsiana – a Ontologia do Ser Social - fornece um aparato teórico simultaneamente capaz de não ignorar a crise do racionalismo burguês e de não abandonar a razão tout court. Neste sentido, passar-se-á por temas importantes da filosofia como a relação sujeito-objeto, a totalidade, a mediação, a práxis e finalmente o cotidiano.
Ontologia e Filosofia Analítica
Uma introdução sobre a teoria das descrições definidas de Bertrand Russell e o critério de compromisso ontológico de W. V. O. Quine.
2008
RESUMEN La pregunta de Quine,¢ Qué es lo que hay? µ recibe una caractertstica peculiar en la ftsica actual, especialmente cuando otorgamos atención al concepto de entidad ftsicaµ, u objeto físico, sobre lo que dicen algo, al menos idealmente, las teorías físicas. En la medida en que la física se ocupa de los constitutivos~ ltimos de la materia, entra en escena la cuestión de los objetos ftsicos de modo esencial.
Fenomenologia e Ontologia no pensamento de Levinas
O presente artigo constitui o primeiro capítulo de um projeto de TCC 2 intitulado: A subjetividade aberta ao acolhimento do Outro em Lévinas que tem como objetivo perseguir o caminho percorrido pelo filósofo lituano-francês Emmanuel Lévinas em sua busca por fundamentar uma nova abordagem da subjetividade, descobrindo uma dimensão no Eu egoísta que permite a Hospitalidade e o consequente ser-para-o-Outro.