Corporativismos ibéricos e latino americanos (original) (raw)

Testemunhos ibéricos e norte-americanos

MATRIZes, 2021

Reunião de depoimentos em homenagem ao pesquisador Jesús Martín-Barbero, realizados por Isabel Ferin Cunha, Margarita Ledo Andión, Manuel Pinto e Joseph Straubhaar.

Apresentação: Corporativismo histórico no Brasil e na Europa

Estudos Ibero-Americanos, 2016

HistóriCo no Brasil e na europa O tema do corporativismo, seja em termos teóricos ou de sua práxis, é fortemente associado pela historiografia aos regimes fascista e parafascistas do período entre guerras, não apenas no clássico caso italiano ou mesmo no modelo português de Oliveira Salazar, mas também, por exemplo, no caso dos regimes menos conhecidos de Dolffus, na Áustria, e do rei Carol II, na Romênia. No Brasil, de igual forma, seus estudiosos associam o corporativismo ao autoritarismo do Estado Novo de Vargas, especialmente destacando suas influências fascistas e o caráter incompleto do corporativismo estatal brasileiro, mero instrumento de dominação de classes. A esse respeito, observa-se que muitos desses estudos foram realizados entre as décadas de 1970 e 1990, período que coincide, de um lado, com o fim das ditaduras na Europa (Portugal e Espanha) e América Latina (Brasil, Argentina e Uruguai) e a crise do comunismo e, de outro, com a implantação de reformas políticas e econômicas de tipo liberal ou neoliberal nesses mesmos países. Em outras palavras, por hipótese, talvez se possa dizer que esses estudos sobre o corporativismo estavam diretamente ligados às preocupações dos historiadores e demais cientistas sociais, em tempos de transição democrática, de compreender as raízes e o modo de funcionamento do autoritarismo em seus países. Em sentido oposto, portanto, talvez se possa afirmar também que o tema do corporativismo teria deixado de ser relevante para esses mesmos estudiosos em tempos democráticos. Já a partir de princípios do século XXI, entretanto, observa-se uma retomada do corporativismo como objeto de estudo de historiadores, cientistas políticos, sociólogos e economistas, mas, dessa vez, não apenas no sentido de revisitar o chamado corporativismo histórico e suas

Histórias Corporativas e a Ideia Da América Latina

Revista de Administração de Empresas

RESUMO O objetivo deste artigo é contribuir para uma grande variedade de perspectivas teóricas e configurações empíricas para gerar evidências cumulativas sobre a influência de legados históricos e capacidade organizacional para gerenciar o passado. Continuando com a perspectiva crítica que desafia o domínio das epistemologias anglo-saxônicas nos estudos de gestão e organização, realizamos um estudo empírico sobre uma companhia aérea multinacional cujos sucessos passados dependiam das fronteiras norte/sul anglo-latino-americanas. Analisamos as grandes narrativas da Pan American Airways (PAA) a partir dos arquivos corporativos da empresa a fim de determinar quais os discursos dominantes acerca das pessoas da América Latina. Com base nos temas: política, economia e cultura, apresentamos três grandes narrativas, ou histórias oficiais, que sumariam os discursos da PAA acerca da América Latina entre 1927 e 1960. A partir do feminismo decolonial, buscamos recontextualizar o passado e o di...

Iberismo e corporativismo: a ‘verdadeira’ nação brasileira segundo Oliveira Viana

Revista Estudos do Século XX, 2016

O presente estudo tem por objetivo compreender, a partir do pensamento de Francisco José de Oliveira Viana, um dos principais intelectuais conservadores brasileiros da geração dos anos 1920-40, os fundamentos e o sentido do que então eles diziam ser a ‘verdadeira’ nação brasileira, ao mesmo tempo enfatizando suas origens e identidade lusas e o seu futuro corporativo como ideal de organização e desenvolvimento da sociedade brasileira. Para tanto, o texto a seguir foi dividido em três momentos: breve reflexão sobre a História como mestra da política, como a definia Oliveira Viana; discussão sobre as origens lusas da originalidade e dos males do Brasil; breves apontamentos sobre o corporativismo como futuro da nação.

CORPORATIVISMO E EMPRESARIADO NO BRASIL

Corporativismos ibéricos e latino-americanos, 2019

Análise da experiência do corporativismo no Brasil a partir das formas de representação de interesses dos empresários.

Mesticagens do processo iberico e brasileiro

Palimpsesto, 2024

O presente artigo propõe repensar a categoria da linguagem perante seu papel na geopolítica da formação dos Estados-nações Brasil e Portugal. Para isso, dissertamos a respeito das categorias de contatos linguísticos propostas por Zinkhahn Rhobodes (2015) em contraste com a perspectiva de DeGraff (2005) sobre a não excepcionalidade do processo de crioulização. Adotamos o giro decolonial como metodologia e imperativo ético de fugir do eurocentrismo científico-cultural, de modo que buscamos redimensionar a importância africana no processo da língua brasileira “culta” e da língua portuguesa. Para tanto, a importância científico-cultural e o apagamento da ocupação muçulmana em Al Andalus são tratados como paradigmas linguísticos.