O Redemunho da Crítica (original) (raw)
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Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, 2014
A escrita elegante, a ironia por vezes direta, a segurança teórica, essas são algumas das marcas dos trabalhos do historiador Durval Muniz de Albuquerque Júnior, que tem feito importantes intervenções em diversas áreas do campo historiográfico, como a teoria da história e a historiografia, a história dos espaços e das identidades espaciais, do gênero e, ultimamente, das categorias do folclore e da cultura popular. O mais recente livro de Durval, "O morto vestido para um ato inaugural" 1grafado assim mesmo com aspas, para fazer referência ao trecho do poema de João Cabral de Melo Neto que inspira o título-, é como que o coroamento de suas recentes pesquisas sobre a obra dos folcloristas e sobre as operações políticas, epistemológicas e culturais efetuadas por essas figuras de saber. Depois de uma série de artigos e de um livro anterior sobre a temática, 2 o historiador se detém, neste volume, sobre oito procedimentos específicos de tais estudos, de acordo com os quais são organizados os
2012
Depuis les années 2000, en Europe, on nous sommes de choisir entre les minorités sexuelles et raciales-entre les femmes ou les homosexuels et les Noirs ou les musulmans, entre démocratie sexuelle et démocratie raciale. Comment déjouer de telles alternatives? Il est nécessaire, mais pas suffisant, de dénoncer l'instrumentalisation xénophobe et raciste de la démocratie sexuelle: la posture critique ne se contente pas de critiquer. Il faut d'abord comprendre la racialisation des questions sexuelles, et la sexualisation des questions raciales, dans le contexte des nouveaux « nationalismes sexuels ». Mais on peut combattre l'impérialisme gay ou féministe sans pour autant fermer les yeux sur l'homophobie ou le sexisme, ce qui reviendrait à refuser le statut de sujet politique aux victimes du racisme et de la xénophobie. Il ne faut pas jeter le bébé de la démocratie sexuelle avec l'eau du bain des nationalismes sexuels. Mots-Clés: démocratie sexuelle, nationalismes sexu...
O Crítico e a Função Da Crítica Diante Da Cena Contemporânea
Cena, 2019
Partindo do princípio de que toda crítica traz consigo um olhar específico sobre o fazer e o pensar o teatro, buscamos identificar e analisar alguns dos principais programas críticos formulados ao longo do século XX e seus desdobramentos ou interfaces com a produção mais recente. Nossa hipótese é de que o ofício, o objeto e o território do crítico no Brasil vêm-se transformando nos últimos anos em virtude de um cenário distinto vivenciado pelas artes cênicas no país. Nesse sentido, o território expandido da atuação do crítico compreende uma rede de colaboradores em luta pelo teatro e por seu lugar no mundo. Menos que uma superação da crítica moderna ou de seus limites cognitivos, o que vemos hoje é o conflito entre perspectivas resultantes do aumento da complexidade da questão devido à sobrevivência atual de práticas pretéritas.
O tempo da crítica // Critique's time
Debates do NER, 2019
Resumo: O presente comentário ao texto de Saba Mahmood visa trazer para a discussão a proposta teórica da autora (e também de Talal Asad) que dá sustentação para a formulação da crítica antropológica. Para tanto, tratarei sua abordagem antropológica da secularidade a partir de dois pares de conceitos: tradição e sensibilidade, e tradução e impasse/incomensurabilidade. Terminarei apontando como a proposta teórica de Mahmood (em sua formulação crítica) está em linha de continuidade com a tradição antropológica, e que a sua contemporaneidade deve-se a tensionar as sensibilidade atuais. Abstract: This commentary to Saba Mahmood's text aims to discuss how the author's (and Talal Asad's) theoretical position offers a basis for a properly anthropological critique. To accomplish this goal I highlight the two pair of concepts used in analysing secularity: tradition and sensibility, and translation and incommensurability/impasse. The conclusion will suggest that Mahmood's theoretical proposal (in its critical aspect) is both continuity of anthropological tradition and innovation of it, this last aspect due to the tensions provoked in current sensibilities.
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, 2010
O livro de Vladimir Safatle Cinismo e Falência da Crítica (6 capítulos, 216 páginas) procura realizar um diagnóstico da realidade contemporânea apontando para a noção de cinismo como chave conceitual capaz de amarrar os vários campos do saber, desde a política até as artes passando pela psicanálise.
De uma crítica e seus destinos
Sala Preta, 2016
Revisitando um texto escrito no âmbito de uma apresentação sobre “Trabalho nas artes e na ciência” a convite da plataforma de teoria crítica Unipop, e tendo como ponto de partida o espectáculo Han Shot First, de Diogo Bento e Inês Vaz, discute-se “Exaustão” e “Celebração” como tonalidades emotivas paradigmáticas daquilo a que Bojana Kunst chama “temporalidade projectiva”, um tipo de temporalidade ligada à contínua interpelação para que se façam projectos que caracterizem o trabalho nas artes e na ciência hoje em dia.
Comentários Sobre a Divulgação De Obras Críticas
Revista Soletras, 2010
Nestes comentários teremos alguns exemplos de textos divergentes do que fora originalmente redigido pelo seu autor. Estes servirão de parâmetros para nossas críticas pelo descuido quanto à edição de clássicos da literatura nacional e, ainda, para introduzir o ponto central desta comunicação: a falta de divulgação da produção de obras críticas. É uma revelação cotejar o Dom Quixote de Menard com o de Cervantes. Este, por exemplo, escreveu (Dom Quixote, primeira parte, nono capitulo): "... la verdad, cuya madre es la historia, émula del tiempo, depósito de las acciones testigo de lo pasado, ejemplo y aviso de lo presente, advertência de lo por venir." Redigida no século XVII, redigida pelo "engenho leigo" Cervantes, esta enumeração é um simples elogio retórico da História. Menard, em contra partida, escreve: "... la verdad, cuya madre es la historia, émula del tiempo, depósito de las acciones testigo de lo pasado, ejemplo y aviso de lo presente, advertência de lo por venir." (BORGES, 1999, p. 56)