CAMINHOS-DE-FERRO E TURISMO EM PORTUGAL (FINAL DO SÉCULO XIX E PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX (original) (raw)

O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NA ILHA DA MADEIRA

TURyDES, 2013

Com o desenvolvimento das tecnologias, o turismo transformou-se numa das mais importantes atividades da economia global. Ele constitui, de facto, a força vital para o desenvolvimento de muitos países, regiões ou localidades. Na Ilha da Madeira ele constitui o principal motor de desenvolvimento da atividade económica. A singularidade da ilha, associada especialmente à paisagem natural e cultural, atrai turistas de diversas partes do mundo.

PORTUGAL E O TRÁFICO DE ESCRAVOS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVI

A temática do trabalho forçado e da escravatura, que constitui uma das suas formas e variantes, proporcionou nas últimas duas décadas um número sem conta de estudos. Nessa profusão, como não podia deixar de ser, alguns períodos e determinados temas concentraram as atenções e os esforços. O século XVI, quando comparado com os períodos posteriores, aparece como um dos parentes pobres ; facto que em grande parte se fica a dever tanto às dificuldades de acesso às fontes primárias de informação, como à sua complexidade e raridade. Daí que, no que respeita a Portugal, devamos salientar os estudos minuciosos e preciosos levados a cabo por A. C. de C. M. Saunders ou mais recentemente por Didier Lahon, Jorge Fonseca ou Alessandro Stella, para apenas citar alguns nomes 1 . Esses autores demonstraram bem o papel central desempenhado pelo escravo na sociedade ibérica, não só de um ponto de vista económico, como também social e religioso. Até muito recentemente, na historiografia clássica -e entre autores de peso à imagem de Charles Verlinden ou de António Brásio -, o escravo era meramente considerado como um objecto de luxo, um objecto de 1

A VIAGEM DE D. PEDRO E AS ALIANÇAS EXTERNAS DE PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XV

Como conseqüência da aliança dinástica com Castela estabelecida durante o reinado de D. Fernando (1367-1383), o trono lusitano esteve prestes a ser anexado à coroa castelhana após a morte do rei português em 1383. Escolhido 'regedor e defensor do reino' em dezembro do mesmo ano, o Mestre de Avis, filho ilegítimo do rei D. Pedro, foi eleito nas Cortes de Coimbra (1385) rei de Portugal. Sob a épica batalha de Aljubarrota, funda-se uma nova dinastia, a culta e expansionista dinastia de Avis 2 . Todavia, a vitória alcançada não purgou a alcunha de ilegitimidade, nem solucionou instantaneamente os problemas internos. A ascensão de D. João I coincide com a necessidade de afirmação da legitimidade dinástica, fazendo com que esta se articulasse interna e externamente criando novas bases de apoio, numa conjuntura difícil e marcada por problemas diversospermanência das guerras com Castela, descontentamento de parte da nobreza que apoiara a revolução, entre outros 3 . Sobre a política externa portuguesa do período, Virgínia Rau afirma que: Tanto D. João I como D. Duarte e, em particular, o Infante D. Pedro, Duque de Coimbra, haviam forjado, pacientemente, por tratados de aliança, por casamentos e viagens, as ligações necessárias para aliviar Portugal da predominância do binômio político Castela-Aragão que, até finais do século XIV, dominara quase toda a diplomacia portuguesa. 4 A partir desta consideração, a ação de D. Pedro para a construção e a consolidação das alianças externas de Portugal é redimensionada, e a própria viagem é realçada como um importante instrumento político. Seguindo as instigantes indicações de Jorge Borges de Macedo, nota-se a existência de pelo menos uma 'dualidade' na política externa do período

TURISMO E ROMANCE NA LITERATURA POPULAR COR-DE-ROSA TENDO POR CENÁRIO A ILHA DA MADEIRA

Religiosidade, Festividades e Turismo nos Arquipélagos da Madeira e Açores, 2019

Este trabalho tem por objeto o estudo das representações do contacto linguístico e cultural, numa amostra de literatura popular cor-de-rosa em língua inglesa, tendo por cenário a ilha da Madeira. Os três romances selecionados - Pride of Madeira (1977), de Elizabeth Hunter, The Silver Tree (1978), de Katrina Britt, Illusions of love (1990), de Sally Wentworth – integram, no seu o enredo, elementos que configuram um mesmo padrão ficcional: uma viajante britânica, o seu idílio durante a sua estadia na ilha da Madeira e um final romântico feliz. A leitura dos textos privilegiará as funções sócio-pragmáticas das perceções e atitudes culturais manifestas, parte da visão encenada da Ilha da Madeira, enquanto espaço simbólico e representação ficcional da alteridade.

PRÁTICA TURÍSTICA E RETÓRICA DO ESPAÇO NAS VIAGENS NA GALIZA DE SILVEIRA DA MOTA (1889)

O turismo nasce a partir de viagens organizadas com objetivos relacionados com o lazer, a partir do século XIX, e tendo a viagem como conceito fundador e ao mesmo tempo contrastante. O conceito de viajante foi construído de várias formas e sob vários aspetos e a literatura teve um papel imprescindível nessa construção, nomeadamente a estesia romântica. O Romantismo traz consigo a voga da viagem a Espanha. Este artigo propõe uma abordagem geocrítica do relato de viagens de Inácio Francisco Teixeira da Mota, Viagens na Galiza, publicado em 1889, pela tipografia lisboeta de A.M. Pereira. Pretende-se sobretudo destacar, além do itinerário turístico, a construção de uma retórica sobre o espaço que se plasmará nas imagens e nas narrativas que ainda hoje perduram na nossa memória e que consubstancia no conceito de lugar turístico, i.e. “lugares em que há turistas, onde fomos precedidos e onde seremos seguidos por muitos outros” (Knafou, 2001: 64).

OS TERRITÓRIOS RURAIS DE BAIXA DENSIDADE COMO ESPAÇO DE LAZER E DE TURISMO O DESTINO TURÍSTICO ALDEIAS HISTÓRICAS DE PORTUGAL

SOCIOLOGIA ON LINE,, 2019

Nos últimos anos, os estudos sobre o turismo têm sofrido fortes reajustamentos, explicáveis pelas novas procuras e novos consumos urbanos e pela emergência de lugares recriados ou reinventados no contexto das políticas públicas de regeneração dos territórios rurais de baixa densidade. Os atores urbanos criaram consumíveis idílicos de uma ruralidade pós-moderna, transformando o rural agrícola produtivo num rural produto e mercadoria, para responder às necessidades e consumos dos turistas. Neste sentido, pretendemos com este artigo compreender o lugar que o turismo ocupa nos territórios rurais de baixa densidade, assim como caracterizar a atividade turística com base em dados recolhidos junto dos visitantes do destino turístico Aldeias Históricas de Portugal. Os dados obtidos confirmam essas novas procuras urbanas para lazer, recreio e férias pelos seus principais atrativos primários, mas os impactes turísticos são ainda fracos a avaliar pelas atividades desenvolvidas, tempo de permanência, gasto médio/dia e falta de exclusividade do destino. Palavras-chave: territórios rurais de baixa densidade, novo turista, políticas públicas, Aldeias Históricas de Portugal.