Recortes do Cinema na Amazônia (original) (raw)

Recortes biográficos: Narrativas sobre o “Cinema da Floresta”

O cinema, como linguagem audiovisual, implicou em novas práticas culturais e novas formas de interação social. Em Juiz de Fora, a exibição fílmica ganhou espaço nas primeiras décadas do século XX, concomitantemente ao processo de incremento urbano. Contudo, estas experiências também alcançaram o meio rural, a partir da criação de um cinema na Comunidade da Floresta na década de 40. No intuito de tecer histórias sobre o “Cinema da Floresta”, a presente pesquisa inclina-se sobre relatos biográficos, a fim de conceber dados sobre a história do cinema e sua importância para a integração da comunidade. Logo, a partir de um enfoque memorial buscou-se compreender a história a partir de experiências de vida e pontos-de-vista dos personagens que contribuíram para a sua construção.

Desmanchar o cinema: variações do fora-de-campo em filmes indígenas

O artigo se dedica a um conjunto de filmes realizados por cineastas ou coletivos indígenas para demonstrar o modo variável como o fora-de campo invisível se relaciona ao campo visível, fenomenológico. Trata-se assim de observar como o cinema é constituído pelas forças que atuam de fora para possibilitá-lo, mas também para desfazê-lo (ou, nas palavras de Divino Tserewahú, para “desmanchá-lo”). Tentaremos lidar de modo muito concreto com essa hipótese a partir da análise de sequências de cinco filmes: Urihi Haromatimape: Curadores da terra-floresta (2013); As hipermulheres (2011); Tatakox da Vila Nova (2009); Shuku Shukuwe: a vida é para sempre (2012) e Bicicletas de Nhanderu (2011).

Cinema no Amazonas

Estudos Avançados, 2005

Selda Vale da Costa é antropóloga e pesquisadora de cinema brasileiro. Professora de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amazonas. Narciso Julio Freire Lobo é jornalista, estudioso dos fenômenos mediáticos. Professor de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas. Texto solicitado aos autores. Recebido e aceito para publicação em 18 de janeiro de 2005.

Entre local e global: recortes sobre a pesquisa em audiovisual na e sobre a Amazônia

História, Comunicação e Biodiversidade na Amazônia, 2012

A proposta neste capítulo é mapear as principais teorias e metodologias acionadas por pesquisadores da região Norte/Amazônica que buscam entender os processos de construção do imaginário e das identidades na região amazônica, presentes em diferentes suportes audiovisuais, a partir do levantamento de trabalhos publicados sobre e na região, na perspectiva de contribuir para a identificação das abordagens frequentemente feitas por estes pesquisadores para analisar os fenômenos audiovisuais midiáticos. Este capítulo é resultado da primeira etapa do projeto de pesquisa em andamento que tem como propósito analisar os conteúdos audiovisuais midiáticos na Amazônia

CINEMA E PRESERVAÇÃO NA ARGENTINA RESENHA

C • Legenda, 2022

Cine y preservación: los archivos cinematográfi cos en la Argentina (1940-2001) é um desdobramento da tese realizada no Doutorado em Ciências Sociais na Universidade de Buenos Aires pela pesquisadora, realizadora e arquivista audiovisual, Eugenia Izquierdo. O livro, ainda sem versão em português, foi publicado no fi nal de 2020 pela editora argentina Ediciones Imago Mundi. Em 264 páginas, a obra perpassa a história da criação de vários arquivos cinematográfi cos na Argentina, os processos de extinção de alguns deles, as ações

Festivais de cinema e georreferenciamento

Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, 2021

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é um dos principais festivais cinematográficos do país. Criada em 1977 por Leon Cakoff, a Mostra nasceu junto ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) e esteve vinculada à instituição durante seus primeiros sete anos. Neste período, a Mostra se expandiu, passando a ocupar outras salas de cinema na cidade de São Paulo. Neste artigo, será apresentado um breve percurso histórico da Mostra desde o seu surgimento até a primeira edição organizada independentemente do MASP, em 1984. Será analisada a sua inserção na capital paulista a partir de georreferenciamento dos espaços ocupados por ela em seus oito primeiros anos, utilizando como ferramenta o Sistema de Informações Geográficas (SIG). Mesclando uma análise histórica e espacial, tenciona-se compreender como o festival de Cakoff se constituiu enquanto um dos principais territórios da sociabilidade cinéfila na capital paulista e que, por conseguinte, conquistou uma notória longevidade e legitimidade.