Faz diferença pensar uma educação antirracista na sala de aula? p. 118-130 (original) (raw)

FAZ DIFERENÇA PENSAR UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NA SALA DE AULA? p. 118

Este artigo faz uma reflexão teórica e política sobre o combate ao racismo nas salas de aula. A reflexão é relacionada com o debate que apresentei no curso do Sesc em 1o de agosto de 2016, sobre a história da África, herança das culturas deste continente no espaço escolar e a educação para as relações étnico-raciais. Porém, a análise do nosso contexto profissional docente remete-nos à questão da diferença e da presença negra nas relações ensino- -aprendizagem. Os aportes teóricos dialogam com os sociólogos François Dubet (2001 e 2003) na perspectiva de pensar o conceito de exclusão escolar; e com o sociólogo Boaventura de Sousa Santos (1996), quando analisa as potencialidades pedagógicas e epistêmicas do conceito de pedagogia do conflito.

Por uma educação antirracista

Revista de Educação ANEC

O racismo é um fato contundente no Brasil que ocorre de maneira estrutural afetando inclusive o ambiente educacional, sendo dever de todos combatê-lo. A pesquisa apresenta uma reflexão sobre como combater o racismo no ambiente escolar por meio da implementação de um currículo crítico na perspectiva da interculturalidade. A pesquisa é de natureza qualitativa, de alcance exploratória e apoia-se em estudos bibliográficos e documentais. O primeiro capítulo explicita o racismo e suas vertentes. O segundo capítulo descreve as políticas públicas no âmbito da educação bem como as normas e diretrizes relacionadas à questão. O terceiro discorre sobre a implementação de um currículo crítico na perspectiva da interculturalidade além dos pontos necessários para a efetivação de uma educação antirracista. O estudo aponta a necessidade da formação inicial e continuada de docentes atentar-se a esta problemática. Por fim, infere a indispensabilidade da concretização da Lei nº 10.639/03 no ambiente es...

Contribuições Para Uma Educação Antirracista – Apresentação

Revista Eixo, 2017

Esta edicao especial da Revista Eixo configura-se como uma acao da Coordenacao de Cultura, Sustentabilidade, Genero, Raca e Estudos Afro-Brasileiros (IFB/CBRA) a fim de gerar espacos de reflexao e debate sobre os saberes negros. E ao promover a reflexao sobre estas afroepistemologias, nao raramente esbarramos com o racismo no contexto educacional. Diante da lei n. 10.639/2003 e a necessidade de promover a educacao e a diversidade etnico-racial, espera-se que as reflexoes presentes nesta revista colaborem para a pratica de uma educacao antirracista. Sobretudo diante do racismo epistemico que e afirmado diariamente, nos brancos cadernos e livros da educacao nacional que ainda se constituem com base no sujeito universal inexistente. No pais cuja populacao e majoritariamente indigena e negra, forjam-se perigosas identidas brancas que insistem em desqualificar os grupos ja citados, chamam-(n) os de minorias e rejeitam os saberes ancestrais.

Educação antirracista: uma pedagogia do respeito à diferença

Anais Do Congresso Internacional Da Faculdades Est, 2012

na disciplina de Português, de História e de Geografia, mas também a maneira como todos os profissionais ali presentes recebem as crianças e seus familiares", desde "o modo como a merendeira ao distribuir o lanche na escola" às situações que levam a criança a "construir um tipo de conhecimento 2 ". Sendo assim o currículo é composto a todo o momento, pois a criança aprende também através da observação e estas

Educação antirracista em perspectiva transnacional

Debates, 2024

O presente artigo assume a hipótese de que as campanhas efetivadas pelas organizações internacionais não-governamentais que atuam como transnational advocacy networks podem ser campanhas educativas transnacionais. Com o objetivo de compreender as especificidades de tais campanhas, foi realizado um estudo focado em educação antirracista. Para tanto, partiu-se da análise qualitativa documental de relatórios, informes e outras fontes disponíveis sobre um caso específico: a campanha Jovem Negro Vivo efetivada pela seção brasileira da Anistia Internacional. Verificou-se que a campanha assumiu um caráter educativo e contou com a particularidade de propor uma conexão entre o local e o global. Dessa forma, a organização conectou o campo político e o campo educacional e evidenciou a potencialidade desse diálogo transnacional para a luta antirracista.

A universidade e a luta antirracista

2020

I Conferencia Internacional de Recerca en Educacio. Educacio 2019: reptes, tendencies i compromisos. 4 i 5 de novembre de 2019, Universitat de Barcelona, Barcelona.

Sala de aula em Porto dos Gaúchos: educação antirracista em tempos de interfaces digitais

Brazilian Journal of Development

O presente projeto visa analisar o uso dos conteúdos compartilhados por youtubers negros, no ano de 2020, como ferramenta potencializadora de promoção da educação antirracista com alunos do Ensino Médio da Escola Estadual José Alves Bezerra. Os canais selecionados para investigação são Papo de Preta e Spartakus Santiago, pois despontam como movimentos online que fundem teorias e práticas ativistas por meio da cultura digital. A pesquisa apresentará abordagem qualitativa de natureza descritiva, caracterizando-se como estudo de caso. Quanto aos procedimentos de coleta de dados, serão realizados por meio de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, com aplicação dos instrumentos, técnica grupo focal e questionários mistos (abertos e fechados). Por fim, para análise do conteúdo das mensagens originadas na coleta de dados utilizaremos a análise de conteúdo proposta por Bardin (1977). Compreendemos que reconhecer o plural não significa trazer respostas aos questionamentos, mas analisa...

Todo ser humano é um Sol Vivo: Reflexões sobre a educação antirracista no combate

Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, 2024

A partir da Filosofia Bacongo apresentada por Aza Njeri na alegoria de que todas as pessoas são um Sol Vivo, estimulado em sua caminhada peça comunidade, pretende o texto refletir sobre a educação antirracista de que trata a Lei n. 10.639/2003 como estratégia de enfrentamento ao trabalho infantil, considerando que a inclusão da obrigatoriedade do estudo da história e cultura afro-brasileira em currículos oficiais da educação se alinha ao propósito de conferir sentidos positivos individuais e comunitários a crianças e adolescentes negras, fortalecendo-as em contexto escolar e contribuindo, consequentemente, ao combate ao trabalho infantil.

Desafios da educação antirracista em sua implementação

CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES

A obrigatoriedade do estudo da história e cultura afro-brasileira no ensino fundamental e médio público e privado são essenciais para uma educação verdadeiramente antirracista. O objetivo geral dessa pesquisa é realizar reflexões sobre a inefetividade prática da regra impositiva dessa obrigatoriedade e os impactos negativos causados, dentre os quais a perpetuação de racismo estrutural, institucional e do epistemicídio negro. Utilizar-se-á de metodologia dedutiva e método crítico dialético, mediante pesquisa bibliográfica e análise documental. Até o momento a pesquisa demonstra a existência de obstáculos à implementação de uma educação antirracista efetiva, como a falta de capacitação continuada dos profssionais que atuam no sistema de educação tanto nas redes públicas, quanto nas privadas. Espera-se, ao final dessa pesquisa, contribuir para os debates a respeito da inefetividade da atual política pública de educação antirracista.