Políticas da Ordem e o Universo Militar nas Minas Setecentista (original) (raw)
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O Conceito de Ordem na Ditadura Militar Brasileira
Revista Brasileira de História do Direito, 2015
O presente artigo pretende investigar, por meio da metodologia dos conceitos, o significado da palavra ordem durante a ditadura militar. A metodologia dos conceitos, de Koselleck pretende, por meio das fontes, atingir o significado histórico de termos complexos, e que demonstrem as peculiaridades do momento no qual se insere o uso de tal conceito. Nesse sentido, tomou-se como momento histórico a ditadura, em especial a segunda fase, na qual se tem uma exacerbação das forças de violência para contenção dos supostos dissidentes. Para tanto, serão utilizadas como fontes os atos institucionais promulgados no período e os processos judiciais do Superior Tribunal Militar, além da revisão bibliográfica.
2022
Buscamos, na presente nota, explorar as implicações do chamado "posto espiritual”, que entendemos por uma premissa balizadora e justificativa da função de capelães, encontrado nas fontes primárias referentes ao século XVIII no exercício da capelania na esfera militar. Consideramos que o referido termo é prelúdio de um desenvolvimento mais amplo acerca das funções e performances desse religioso que, numa sociedade de Antigo Regime, passava pelo crivo de uma disciplina social católica marcada por uma obediência consentida e voluntária ao monarca, ainda, uma hierarquia social cujo substrato expressava-se segundo os prestígios, privilégios e status de seu tempo. Sendo assim, a ordem que buscamos investigar no desempenho desses indivíduos se converte nessa última dinâmica citada a partir da perspectiva religiosa num ambiente bélico.
Orden pela liberdade, liberdade pela ordem: a politica e o poder no Império: Minas e a Corte
2004
O presente artigo tem como objetivo aprofundar o estudo da forma como se estabeleceu a relacao entre a Corte (Rio de Janeiro) e a provincia de Minas Gerais, ao longo do Segundo Reinado, no Brasil. Esta relacao sera apreciada de diferentes ângulos, abordando: 1) a questao territorialista, evocando a transformacao geografica do espaco no qual a elite mineira se enraiza, indicando-se ainda alguns tracos de sua relacao com o centro do Imperio; 2) a formacao de diferentes regioes na provincia mineira e de seu universo partidario; 3) as titulacoes que perpassam o mundo da politica mineira, as quais intensificam e dao contornos mais nitidos as suas redes de influencia.
Leituras e espiritualidade das Ordens Militares - Portugal medieval
Quero agradecer à Comissão Organizadora o amável convite para participar neste VI Encontro sobre Ordens Militares. O tema que me solicitaram que abordasse, em torno das leituras de espiritualidade dos monges e cavaleiros, apresenta algumas dificuldades e condicionantes.
O Guerreiro Gaulês - Organização e Estrutura Militar no séc. I a.C.
2019
Com apenas documentos da época provenientes dos seus inimigos, é fácil descrever os Gauleses como uma força desorganizada e primitiva, talvez até os podemos descrever como selvagens, e doidos por luta. No entanto isto é uma visão muito simplista do que são estes guerreiros, acabando por levar em conta, mais as adjetivações provenientes dos Romanos, principalmente da Guerra das Gálias de Júlio César, e não tem em consideração, toda a forma como estas forças são descritas, inclusive nesta mesma obra. Desde a organização militar que governa grande parte da organização social, à alta propensão para a produção agrícola, chegando até às suas táticas militares, todo o processo destas tribos é de certa forma complexo, com paralelos que podemos fazer com períodos posteriores.
Revisitando a Ordem Militar da Torre e Espada
Mama Sume, 2015
O Presidente da República é, por inerência de funções, o Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas podendo conceder todos os graus das várias Ordens e superintende na organização e disciplina das mesmas. Usa por insígnia desta função a Banda das Três Ordens.
Lei, ordem e progresso: uma genealogia da noção de ordem no Exército Brasileiro (1889-1894)
Melo, Roberta, 2021
This research aims to show the genealogy of the notion of “order” within the Brazilian Army, it’s understandable that the constant search and maintenance of an order that emerges within the ranks is what legitimizes the constant onslaught of such Armed Force in different national sectors. As soon as, the hypothesis that permeates this work is that the current notion that bases The Brazilian Army doing is, in reality, an update of the concept of “order” printed in the Comtism that dominated the national scene in the years of 1880 and that gave origin to our Republic, fruit of a constant agonism between Brazilian Army and Navy. Using the theoretical lens proposed by Foucault, the genealogy of power, we seek to understand the power relations that cross the application of order, understanding that these powers do not start from the state centrality, but from the military core, Foucault's micro powers. To reach this understanding, the ministerial reports proposed by the Navy and the Army were analyzed in the years after the coup d'état, between 1890 and 1894.
O artigo analisa os elementos fundamentais à estruturação de um importante fenômeno político brasileiro da Primeira República: o “Coronelismo”. Associado aos resquícios de poder privado e à posse de terras; este fenômeno influenciou todo o funcionamento da política brasileira até 1930. Todavia, pouco se estudou, até então, acerca dos condicionantes necessários ao seu advento. Tal problemática enseja análises sobre o contexto político e econômico capaz de interferir em sua manifestação. As análises possuem como foco o Norte de Minas Gerais, mais especificamente a cidade de Montes Claros, à época, um pequeno núcleo urbano cindido pelas disputas de dois grupos parentelares.
Ordens Militares nas Crónicas do Condestável e Infante Santo.
Voltaire (1694-1778) sublinhou que “o estudo da metafísica consiste em procurar, num quarto escuro, um gato preto que não está lá”. Neste contexto, a metafisica na sua forma clássica, ao tentar descrever ou mesmo encontrar fundamentos numa determinada circunstância, torna-se por isso, muito difícil, para não dizer impossível. E assim se passa com o tema que me foi proposto. Se me é permitido, começo por ordem cronológica; assim sendo, iniciarei pelo Condestável D. Nunes Alvares Pereira (1360-1431) e, passarei de imediato para o Infante D. Fernando (1402-1443), também denominado como Infante Santo.