Corposquesofrem Livro (original) (raw)
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Novos temas nas aulas de história, 2009
Cada vez que o professor entra numa sala de aula após um período de recesso-férias ou mesmo um fim de semana-, corre o risco de se espantar. Os alunos vêm sempre com novidades: partes diferentes do corpo à mostra, tatuagens, cabelos mais claros ou de cores duvidosas, roupas apertadas, rasgadas, sintéticas, sapatos esportivos de todos os modelos; sem falar do arsenal de traquitanas eletrônicas-computadores, celulares, aparelhos de mp3, vídeo games-portáteis e individualizadas. Os hábitos, linguagens e elementos de consumo juvenil são tantos que surpreendem quem não faz parte do "universo jovem"; eles estão relacionados com um estilo de vida que identifica e agrupa um conjunto de pessoas de determinadas faixas etária e social com um conjunto de símbolos que carregam consigo. Mas, apesar de o senso comum afirmar que sempre foi desse jeito, o fato é que a adoção de estilos e hábitos identificados como juvenis e a própria idéia do que é "ser" ou parecer jovem têm história, ou seja, variam ao longo do tempo e não são sempre as mesmas em diferentes sociedades. A História, em diálogo constante com os documentos, é capaz de historicizar estas "naturalizações" sociais. No caso dos estudantes, é importante que eles saibam que, por exemplo, seu "modo de vida" é histórico e está sujeito às mudanças sociais. E a História pode ajudá-los. A linha de pesquisa da História do Corpo contribui para a compreensão de processos históricos vinculados ao corpo, valorizando-o como objeto principal de análise. Os historiadores dessa linha procuram entender historicamente, por exemplo, a prática do consumo, a moda, a concepção de normalidade e a importância dada à aparência. Ao abrir suas aulas para essa temática, o professor pode tomar como ponto de partida o próprio mundo do aluno-seus questionamentos, seu potencial criativo, o presente tecnológico-para chegar à questão do corpo, um "objeto" histórico submetido a sucessivas intervenções. Acredito que esse seja um modo de tornar interessante o estudo do passado para esses mesmos jovens-cuja característica principal parece ser o imediatismo, mas que não podem ficar nisso se quiserem crescer intelectualmente e como cidadãos. Para não cometer anacronismos, a responsabilidade principal de professores e historiadores é o
CORPO ESPAÇO MATÉRIA ebook2020
CEM Corpo Espaço Matéria, 2020
CORPO, ESPAÇO, MATÉRIA - ciclo de encontros https://cem.fba.up.pt Maio, 2020 COORDENAÇÃO Rute Rosas & Sofia Ponte TEXTOS Ana Temudo Bruno Ministro Constança Babo Inês Veloso Maurício Alfaya Paula Neves Rute Rosas Sofia Ponte DESIGN mariasancho.org
Revista da Fundarte, 2023
Resumo: Este artigo reflete sobre como restrições de movimento constituem efeito da violência colonial nos corpos em situação de educação. Para tal, se relata a experiência da performance Corpos-cadeira, realizada no contexto universitário, com objetivo de analisar os lugares do corpo e suas movenças como elementos questionadores de experiências pedagógicas, metodológicas e estruturantes de hegemonias pautadas no controle sobre os corpos. Os pressupostos teóricos giram em torno da descolonização da educação com foco nos corpos de seus agentes, indicando possibilidades de fraturar as lógicas de violência e domesticação em prol de uma educação emancipadora, capaz de cegar a mira colonial.
Corpo e Pós-modernidade, 2012
Prefácio 1 O corpo industrial 2 Do "corpo negado" ao "corpo industrial": dialécticas e desconstruções 3 O corpo e o poder 4 Marxismo e psicanálise: corpo e dialéctica 5 Capitalismo e medicina: o corpo fragmentado 6 O mundo do fitness: a grande ilusão 7 Indústria do fitness: a falácia da nova medicina 8 O mundo do wellness: indústria da alienação 9 Medicinas não convencionais: o complexo de Jesus Cristo 10 O corpo dialéctico: idealismo, materialismo dialéctico e pós-modernismo 11 Para uma dinâmica do pós-modernismo:
a porTa qUe Nos leva às descobertas | 76 por Lohany de Oliveira Ferreira as ocuPações estUdaNTis Na lUta por politização | 80 por Mateus Henrique Alves de Oliveira Poesia, fruição e resisTêNcia | 85 por Marcelly Maria Souza da Cruz o pecado das mUlheres | 90 por Isabella Martins "Direitos hUmaNos são a bússoLa, o NorTe e o camiNho. Também são a resPosta para esta crise e para todas as oUtras crises, passaDas oU fUtUras." | 96 Entrevista com Danielle Annoni OLHOS SOBRE A TELA QualQuer semelhaNça é mera coiNcidêNcia | 107 por José Aparicio da Silva Neoliberalismo e o caPiTaL: as coNseQuêNcias da (Des)hUmaNização | 112 por Mayco A. Martins Delavy Toca raUl! | 118 por José Aparicio da Silva a vida eTerNa de Zé do caixão | 122 por José Aparicio da Silva a astúcia do Jeca | 129 por José Aparicio da Silva coriNga: um retraTo da socieDaDe No espelho | 134 por Joel Júnior Cavalcante O menino invisível | 138 Luiz Ruffato ÓCIOS DESAS SOSSE GOS MIL FACES SECRETAS exPeriêNcia e iNgeNUiDaDe, uma coNTradição qUe forma boNs leiTores | 149 por Cezar Tridapalli Poesia para iNiciaNTes | 154 por Daniel José Gonçalves Utopia/Distopia em huxley e a preVisão do caPiTaLismo seLvagem | 158 por Paulo Venturelli Lima barreto e Dias gomes diaLogam sobre um brasil de excessos e de fake News | 166
Livro do Desassossego, 2013
Brasil / Rio de Janeiro "O "Livro do Desassossego" é um dos maiores feitos literários do século XX. Obra-prima póstuma, retrato da cidade de Lisboa e do seu retratista, compõe‑se de centenas de fragmentos, oscilando entre diário íntimo, prosa poética e narrativa, num conjunto fundamental para compreender o lugar de Fernando Pessoa na criação da consciência do mundo moderno. Nessa nova edição, Jerónimo Pizarro, reconhecido estudioso pessoano, regressa às fontes dos textos que Fernando Pessoa pretendia incorporar no "Livro do Desassossego". Daí o novo "corpus" e a nova organização da obra, as melhorias na decifração de quase todos os fragmentos, o respeito pela ortografia original, as notas destinadas a esclarecer referências literárias e decisões editoriais e, finalmente, a redefinição do cânone da autoria desse livro imenso."