Juventude (des)politizada (original) (raw)

Juventude (des)politizada? Ampliando perspectivas no olhar à participação política juvenil

Através de uma pesquisa qualitativa, analisamos os sentidos de participação política construídos por jovens e os modos de participação que experienciam em suas práticas cotidianas. Com a intenção de conhecer estratégias de participação assumidas em diferentes contextos organizacionais, além de buscar fomentar a reflexão juvenil a partir de uma perspectiva ampliada de suas possibilidades de participação política, foram entrevistados 15 jovens entre 18 e 29 anos. Como resultados, encontramos uma associação entre a noção de política e a política partidária, marcada negativamente por uma imagem estigmatizada de políticos corruptos, o que conduz os jovens a um distanciamento e olhar estigmatizado à participação em movimentos político-sociais. Contudo, os entrevistados indicam também perspectivas ampliadas de participação, que incluem o uso de tecnologias, arte e cultura, além de uma maior conscientização de seu papel social, com senso de coletividade em prol de objetivos comuns.

A Juventude Criminalizada

s crianças e os adolescentes passaram, em tempo recente na história, a elevação de categoria de sujeitos de direitos. Com este novo estatuto, passaram a ter não mais meras expectativas de direitos. No entanto, estes jovens não são cidadãos com o mesmo nível, com as mesmas possibilidades. Há aqueles que nem sequer são considerados cidadãos. A estes, o estigma social dá-se por meio do processo de criminalização, no qual são muitas das vezes considerados como em condição de pré-delinquência. Àqueles que o Estado não se ocupa socialmente, resta a outra vertente estatal e repressora, que é o Estado Penal. Neste sentido, o presente artigo pretende apontar para a seletividade do sistema tutelar, na medida em que seleciona jovens de classes sociais menos favorecidas para a aplicação preferencial da medida tutelar de internamento, considerando-as, a priori, como perigosas à sociedade. Palavras-chave: delinquência juvenil, criminalização, seletividade, sistema tutelar.

Juventudes partidárias

Revista Brasileira de Ciência Política, 2019

O objetivo do artigo é analisar como se dá o recrutamento de jovens pelos partidos políticos brasileiros na atualidade. O estudo avalia as motivações dos jovens para a filiação e a autopercepção deles sobre as legendas às quais são filiados, tendo como eixo de análise as seguintes questões: (a) o que motiva um jovem a se filiar a um partido político no atual contexto brasileiro? (b) como se dá a filiação? (c) que fatores mais contribuem para a adesão dos jovens às agremiações partidárias? (d) quais são as percepções dos jovens sobre esse processo? Em termos específicos são testadas algumas hipóteses utilizando o qui-quadrado. As conclusões mostram que o capital familiar e o capital militantes são os dois fatores que mais influenciam os jovens a se filiarem aos partidos. No primeiro caso os parentes mais próximos são os que exercem maior influência (pais e irmãos). No segundo caso destaca-se a militância nos movimentos estudantis e nos movimentos sociais.

Livro JuventudePoliticas

Fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o Ipea fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais -possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiro -e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos.

Participação política juvenil

Docência na Socioeducação, 2014

Rodrigues, D. D.; Lopes de Oliveira. e Yokoy de Souza, T.; Lopes de Oliveira, M. C. e Rodrigues, D. S. (2014). Participação política juvenil. Em: C. Bisinoto, Docência na Socioeducação (p. 161-176). Brasília: Universidade de Brasília.

Juventude como problema de políticas públicas

Psicologia & Sociedade, 2009

Tendo como foco discutir concepções de juventudes que se expressam em políticas públicas para jovens no Brasil, concentramos nossa pesquisa no Consórcio Social da Juventude. A partir da perspectiva da Psicologia Social, usamos como estratégia metodológica a problematização e como ferramenta teórica conceitos de Michel Foucault. Buscamos compreender como as práticas discursivas instituídas em políticas públicas definem e denominam parcelas da juventude. Ao problematizarmos as tensões elencadas do material analisado, discutimos quatro concepções de juventude: voluntária, digitalizada, trabalhadora e vulnerabilizada. Estas se constituíram em profícuos indicadores de análise para a problematização dos enunciados dos documentos e entrevistas. A análise sinalizou o quanto as políticas públicas de juventude estão inseridas em uma rede discursiva que desenha, forma e institui modos de viver de jovens - de baixa renda - na contemporaneidade. Observamos que, de forma generalizada, discursos d...

Juventude Mal Vivida

Na verdade Isto é só um "trailer" do que está por vir. Tenho pendentes com a faculdade por enquanto, mas, em dois anos a obra já estará terminada. É ainda uma versão amadora duma autobiografia, um manual de sedução, uma obra literária,um discurso filosófico ... em fim. Reconheço todas as incorrecções ortográficas, de coesão, etc., mas, tal como eu disse, é só um "trailer".

Juventude e engajamento político despartidarizado-PJB.pdf

Revista Latitudes, 2017

Estuda as formas de envolvimento político dos jovens que participaram do Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) no período de 2004 a2013. A pesquisa foi realizada por meio de questionário online, com questões fechadas e abertas. Do total de 763 egressos, 173 responderam (23%). As conclusões mostram uma preferência dos jovens pelas formas de engajamento e participação que dispensam a mediação dos partidos e das demais instituições políticas. Essa tendência reitera o declínio das ideias de delegação e representação que sustentam os modelos políticos institucionais. Tal postura encontra respaldo teórico nos estudos que ressaltam a tendência de despartidarização do engajamento juvenil.

Juventude urbana e politicas publicas

The present work makes an analysis of the public policy of youth created in the area of Social Assistance in the city of Campinas (SP). For this research it was used as reference the theory concepts of youth, and social policy. The research searchs to understand as the public policy ha been implemented and developed in the city. It was become fullfilled referring official document analysis to the respective programs of youth, the literature search that also approched the pertinent subjects and interviews with the municipal public managers. The decision for a study of case centered in the current reality considered the importance of the municipal managements in the process of democratization of the society occurred from years 80. The choice for the city of Campinas if based on the fact of it to be a metropolis, what it made possible to be magined as a potential "thermometer" of the current reality of the great Brazilian urban centers, in which the presence of the group in question is well representative. The conclusions indicate that the politics in question had suffered from a central ambiguity: they had provided to greater visibility and importance of the youthful segment, but they had suffered with the difficulty in the accompaniment and evaluation of the programs.

Juventudes

Revista Diversidade & Educação, 2016

A partir de tuas pesquisas e estudos, quais entendimentos sobre juventude vens construindo? Rosa Maria: Desde que comecei a debruçar-me sobre o tema da juventude (por ocasião da pesquisa para a Tese de Doutorado, concluída em 1996, portanto, há 20 anos), cada vez mais se acentua a ideia de que não podemos nem fixar tempos nem modos de ser jovem. A ideia