Entrevista sobre a esquizoanálise (2011) Folhia de S. Paulo (original) (raw)

Entrevista com Carlos Fiolhais

2006

Estamos no ano de 2005 a celebrar o centenário dos artigos mais importantes de Einstein. Que diziam esses artigos? Como evoluiram os resultados de Einstein? CF: Só o facto de estarmos a comemorar a obra de Einstein a nível mundial-as Nações Unidas proclamaram 2005 o Ano Mundial da Física-diz-nos que, de facto, 1905 foi um "ano milagroso". Foi para ele um ano de uma produção científica excelente, um ano vintage... Os resultados permanecem actuais. Podiam ter sido ultrapassados, mas não foram. Passados cem anos continuam válidos. Não há uma única experiência, e em física é a experiência que manda, que tenha invalidado o que Einstein afirmou há cem anos. Em primeiro lugar, explicou a natureza da luz. Foi um artigo revolucionário e importantíssimo para a teoria quântica. Propôs que a luz é formada por partículas, o que permitiu explicar o efeito fotoeléctrico. A luz ao embater num metal arranca electrões e esse fenómeno só pode ser compreendido se a luz existir sobre a forma de "pacotes" ou "quanta". Já se sabia que a luz era emitida e absorvida sob a forma de "quanta", mas Einstein disse mais: que existia nessa forma. Parece um pequeno passo para o homem mas foi um grande passo para a física. O prémio Nobel foi-lhe dado precisamente pela teoria do efeito fotoeléctrico. Em segundo lugar, Einstein revelou alguns segredos da

Entrevista com Miguel Pachá

Memória da Imigração, 2005

Miguel Pachá é fluminense de Petrópolis, nasceu em 1935. Seu pai, Fouad (Alfredo) Pachá, foi comerciante no Centro de Petrópolis com loja de roupas. Ele e a esposa, Elvira Bittar, foram imigrantes sírios, e chegaram ao Brasil em 1926. Miguel Pachá foi líder estudantil e vereador, sendo inclusive o mais novo a ser eleito Presidente da Câmara de Petrópolis. Afastou-se da política nos anos sessenta para advogar. Como defensor, no júri, jamais perdeu uma causa enquanto atuou. Hoje Miguel Pachá é Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, é casado com D. Lea Maciel Pachá, tem três filhos e três netos.

Morfeu era esquizofrênico? (2011)

Uma das primeiras referências conhecidas sobre sonhos vem da mitologia grega. Nix, a deusa da noite, era a mãe de Hipnos, Lissa e Tânatos, que representavam a loucura, o sono e a morte, respectivamente. Hipnos foi pai de Morfeu, o deus dos sonhos . Há, portanto, uma relação entre os sonhos e loucura, desde a antiguidade, através das personificações de Morfeu e sua tia, Lissa. Esta relação é ainda presente nos dias de hoje: os hipnóticos (medicamentos que induzem o sono) foram assim chamados em homenagem a Hipnos, enquanto a morfina (um analgésico opióide que altera a consciência), em referência a Morfeu.

Entrevista a Paulo Pinho

CIDADES, Comunidades e Territórios, 2021

Foi coordenador principal de vários projetos de investigação em Portugal e no estrangeiro, no âmbito da Sustentabilidade Urbana. Como avalia a evolução desta temática na prática e na teoria do Planeamento Urbano?

Entrevista FERNANDO PY - Petrópolis 2009

2009

PESQUISA DE PÓS-DOUTORADO – PGCS / UERJ Pesquisa: Vida e Obra do poeta carioca Dante Milano Pesquisador: Prof. Dr. Alexandre Fernandes Corrêa (UFRJ Macaé) ENTREVISTA COM O POETA FERNANDO PY (Rio de Janeiro, 1935-2020) Petrópolis, Domingo, 27 de setembro de 2009. Local: Residência do poeta carioca.

A esquizoanálise e a desterritorialização xamânica 2017.pdf

Na obra o Anti-Édipo (2014), primeiro livro da série Capitalismo e esquizofrenia, Gilles Deleuze e Félix Guattari derrubam o pilar central da psicanálise, que é a concepção do desejo como uma falta, substituindo-o por uma teoria de máquinas desejantes que articulam o desejo como um excesso, algo que transborda e deve ser codificado pelo socius, uma segunda máquina de produção em vertente social. Há uma abundante referência etnográfica com a intenção não apenas de denunciar os aspectos reacionários da psicanálise e sua respectiva legitimação com o capitalismo e a teoria do Édipo, mas busca-se também instaurar uma espécie de “anti-sociologia”. A intenção dos autores, com a teoria das multiplicidades, é abarcar o devir em uma epistemologia do sujeito “auto-antropológico”, uma espécie de pesquisador, alheio e imerso em si mesmo.