Feitiçaria na África atual: O Comedor de Almas, Omulu e a perseguição aos caçadores de albinos (original) (raw)

A caça às bruxas no século XXI: África e América Latina

A caça às bruxas no século XXI: África e América Latina, 2020

Este ensaio crítico, pretende desmitificar este significado perdurado de preconceito e analisar a queima às bruxas para além da Europa, e entender como este processo ainda hoje é feito na América Latina e África e sua relação com o capitalismo e o feminicídio.

ESPAÇO, AFRICANIDADE E TRADIÇÃO: A TOPOLOGIA DO IMAGINÁRIO ESPACIAL TRADICIONAL AFRICANO NA FALA GRIOT SOBRE SUNDJATA KEITA, IMPERADOR DO MALI, SENHOR DO UMBIGO DO MUNDO

EDITORA KOTEV, ÁFRICA & AFRICANIDADES: COLEÇÃO ACADÊMICA Nº. 1/ REVISTA ÁFRICA, DO CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS DA USP (CEA-USP), ENCARTE ESPECIAL EM CULTURA - JORNAL ANGOLANO DE ARTES E LETRAS (LUANDA, ANGOLA) & CENTRE NATIONAL DE LA RECHERCHE CIENTIFIQUE (CNRS), ISBN: 1230001788389 , 2018

Espaço, Africanidade e Tradição: A topologia do imaginário espacial tradicional africano na fala griot sobre Sundjata Keita, Imperador do Mali, Senhor do Umbigo do Mundo, de Maurício Waldman, ISBN: 1230001788389 (Kotev, 2018), é um ebook primeiramente disponibilizado em Agosto de 2017 na Plataforma Kobo pela Editora Kotev (Kotev ©). Em Abril de 2018, este mesmo material foi transformado em texto de acesso livre na Internet em Formato PDF. Espaço, Africanidade e Tradição: A topologia do imaginário espacial tradicional africano na fala griot sobre Sundjata Keita, Imperador do Mali, Senhor do Umbigo do Mundo, é uma obra baseada em trabalho de pós-graduação elaborado no ano de 1993 a partir pesquisa realizada para o curso A Questão da Africanidade: Introdução ao estudo de elementos estruturadores de processos sociais em civilizações negro-africanas, ministrado pelo Professor Doutor Fábio Leite, da Faculdade de Filosofia, letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). Este trabalho foi publicado pela primeira vez na publicação África, Revista do Centro de Estudos Africanos da USP (nº. 20/21, 1997/1998, Editora Humanitas, São Paulo, USP) e posteriormente, por Cultura - Jornal Angolano de Artes e Letras, de Luanda (República de Angola), na modalidade de encarte especial (nº. 100, 18-31 de Janeiro de 2016). Ademais, no ano de 2007 este ensaio foi honradamente incorporado na condição de paper academicamente relevante pelo Centre National de la Recherche Cientifique (CNRS), o mais influente centro de pesquisa mantido pelo governo da França (Cf. Ficha Catalográfica). Por fim, o texto foi revisado e ampliado em Agosto de 2017 sob os auspícios da Editora Kotev (Kotev ©), publicadora digital da capital paulista, preservando todas as características e argumentos originais do material publicado nas edições da revista África e do jornal Cultura, ao qual foram incorporadas normatizações editoriais, cautelas de estilo, notas de rodapé e novas imagens, assim como as regras atualmente vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa. A Capa foi montada a partir de uma criação do artista norte-americano Bobbie Crews, adaptada para a edição do ebook. Retenha-se que Espaço, Africanidade e Tradição: A topologia do imaginário espacial tradicional africano na fala griot sobre Sundjata Keita, Imperador do Mali, Senhor do Umbigo do Mundo é um material gratuito, sendo vedada qualquer forma de reprodução comercial e igualmente, de divulgação em qualquer veículo de comunicação sem aprovação prévia da Editora Kotev (Kotev©). A citação deste material deve obrigatoriamente incorporar referências ao autor, texto e apensos conforme padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício. Espaço, Africanidade e Tradição: A topologia do imaginário espacial tradicional africano na fala griot sobre Sundjata Keita, Imperador do Mali, Senhor do Umbigo do Mundo. África & Africanidades: Coleção Acadêmica Nº. 1. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2018. RESUMO: A elaboração de Espaço, Africanidade e Tradição: A topologia do imaginário espacial tradicional africano na fala griot sobre Sundjata Keita, Imperador do Mali, Senhor do Umbigo do Mundo, acatou a preocupação em destacar elementos pertinentes a uma percepção cultural negro-africana do Espaço. Constituindo um trabalho de índole topológica, o texto dedica, portanto especial importância a toda sorte de inferências espaciais imaginárias com impacto na consciência social, fundamentais para a compreensão quanto à forma como o espaço é simbólica e culturalmente apropriado. Constituindo uma avaliação topológica, enfoca a questão da temporalidade africana, essencial para definir as relações que se inscrevem no espaço, seja ele o concreto, seja ele o imaginário e simultaneamente, faz a mediação com inferências relacionadas ao espaço. O foco do material é a narrativa oral tradicional africana coletada pelo historiador senegalês Djibril Tamsir Niane, relacionada com os feitos de Sundjata Keita, o fundador do Império do Mali e transmitida pelos contadores de histórias da África Ocidental - os griots. A opção em debater esta narrativa griot deve-se não só pelo amplo rol de elementos constitutivos de uma cartografia imaginária negro-africana que estão nele presentes, como também pelo fato de constituir uma forte expressão da Africanidade, o que inclui tanto a oralidade quanto a noção de força-vital. No mais, esta narrativa griot é um rico manancial de informações sobre a vida social, política e religiosa da África Ocidental em momentos em que sucedia forte penetração do Islam. O texto evidencia a importância do espaço imaginário enquanto conceito imprescindível para evidenciar diferentes sentidos e significados sociais, culturais e históricos, que de outra forma poderiam permanecer obscuros e, além disso, a importância da percepção do tempo e do espaço enquanto marco identitário na sociedade tradicional africana. ABSTRACT: The basic intention of the research Africanity, Space and Tradition: The topology of the traditional African space imaginary in the speech of griot on Sundjata Keita, Emperor of Mali, The Lord of the Navel of the World is to reveal the structure and dynamics of the black-African perception of the space and time. Based in a topological focus, the text pay attention particularly in the importance of the imaginary references in the social perception of world. Besides, the book propos several hypotheses about the nexus of the symbolical representations of time and space on the social imaginary and its relations with the concrete reality. In this sense, the issue of the topological perspective is considered in a special and essential theoretical relationship whit specifies of the social time and geographical space. The source of this analysis is based in a traditional oral story from West Africa - transmitted by griots, the living memory of Africa - relating the events concerning the foundation of the Empire of Mali and its founder, the emperor Sundjata Keita. This oral source - or orality -, collected by the Senegalese historian Djibril Tamsir Niane, offers a rich source of information about the construction of an African imaginary cartography, about the conception of space from the African point of view, as well as several scenarios about the social, political and religious life of West Africa during the Empire of Mali process of stabilization. In this context, the space appears as a symbolic representation revealing strong hidden social, cultural and historical meanings. This is the central reason of this work, whit focus on cultural topology.

A problemática em Moçambique do rapto, morte e retirada de partes de corpo de pessoas albinas

Revista da Faculdade de Direito

Este artigo faz uma abordagem sobre assassinatos de pessoas mormente portadoras de albinismo para posterior extração de partes de seu corpo. Também examina de maneira comparativa a ocorrência destes fenômenos com outras regiões do planeta, com o fito de estabelecer parâmetros em relação aos objetivos do tráfico de orgãos humanos. Partimos do pressuposto que a venda de órgãos humanos em particular em Moçambique e no geral em África esta relacionada com as práticas “mágico-religiosa”, enquanto que no Brasil tanto como em outros quadrantes do planeta, está relacionada a fins de transplante. Os argumentos avançados nesse texto, são embassados em pesquisa qualitativa, sobretudo na revisão da literatura sobre o assunto e consulta documental.

Intelectuais das Áfricas

Intelectuais das Áfricas’ é um livro sobre pensadores africanos organizado pelos professores Sílvio de Almeida Carvalho Filho (UFRJ) e Washington Santos Nascimento (UERJ). Nos diferentes capítulos do livro pesquisadores de diferentes partes do Brasil escrevem sobre as histórias e ideias de Achile Mbembe, Valentim Mudimbe , Paulin Hountondji, Malek Chebel, Fatema Mernissi, Osmane Sembene, Fela Kuti, Wole Soyinka, Uanhenga Xitu, Mia Couto, Chimamanda Adichie, Pepetela, Amílcar Cabral e Franz Fanon.

A " DELAÇÃO ALCOFORADO " E O COMÉRCIO ILEGAL DE AFRICANOS NO VALE DO CAFÉ: NOTAS DE PESQUISA

Os casos de corrupção que nos dias de hoje ocupam grande parte dos noticiários, politizando o cotidiano e potencializando a incerteza do futuro, configuram um dos muitos capítulos de uma cultura política que encontra raízes na formação histórica do Estado brasileiro. Como sabemos, a consolidação do Brasil como nação, em curso no segundo quartel do século XIX, ocorreu entremeada pelo flagrante desrespeito à lei de 7 de novembro de 1831 que determinava em seu artigo 1º que "todos os escravos que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres". 3 De fato, entre 1837 e 1850, da ascensão do "regresso conservador" à nova lei de 4 de setembro de 1850, o comércio atlântico de africanos foi reaberto na clandestinidade. Naquele tempo, imperou como política de Estado um dos maioresse não o maiorcaso de corrupção sistêmica da história brasileira. Nele, Estado e sociedade foram cúmplices no processo de desmoralização dos estatutos legais que determinavam o fim do trato de africanos novos no território brasileiro. O assinte a tratados internacionais e às determinações contidas no dispositivo de 1831 se converteram em práticas sociais legítimas, fazendo com que o Império do Brasil, nos anos cruciais de sua formação e consolidação, fosse transformado em um "Estado negreiro independente", como o definiu Alencastro. 4

As Múltiplas Histórias Da África: Achille Mbembe, Frantz Fanon e a Representação Da Violência

REVISTA ESCRITA, 2017

Resumo O objetivo deste artigo é colocar em diálogo representações cinematográficas da violência no continente africano desde as guerras de descolonização até os dias atuais com textos do pensador camaronense Achille Mbembe. A partir do pensamento de Mbembe e das cenas dos filmes, demonstrar como o pensamento de Frantz Fanon, pensador argelino da década de 1960, ainda pode ser utilizado para analisar a África de hoje.