Dinâmicas periférias na cidade de São Paulo: mortes, consumos, moralidades e mercados (original) (raw)
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2014
O presente artigo busca mostrar mudanca do paradigma centro-periferia atraves da analise da dinâmica ocorrida na periferia geografica de Sao Carlos, cidade brasileira de porte medio. Este trabalho faz parte de uma pesquisa maior que procura entender o atual processo de apropriacao do espaco urbano das cidades medias no estado de Sao Paulo, Brasil. Com dados estatisticos georreferenciados, utilizou-se como variaveis de analise a renda familiar, a densidade demografica e a tipologia habitacional, destacando-se especialmente dois movimentos – o da implantacao dos conjuntos habitacionais de interesse social, destinados a populacao de baixa renda, e o da implantacao de loteamentos habitacionais com controle de acesso, destinados a populacao de media-alta e alta rendas. Como resultado da pesquisa, foram identificadas novas formas de segregacao socioespacial.
Os padrões urbanodemográficos da capital paulista
Estudos Avançados, 2019
O trabalho identifica e analisa as características dos setores censitários na capital do estado de São Paulo, Brasil, reunindo-os em agrupamentos mutuamente exclusivos. Desse modo, foram selecionadas variáveis sensíveis a condições e alterações populacionais, ambientais, criminais, habitacionais, de mobilidade e de expansão urbana para separar o território paulistano em parcelas que apresentassem homogeneidade intra-agrupamentos. Cada uma dessas parcelas representa um perfil demográfico e um padrão urbano distintos. Assim, identificando grupos semelhantes (diminuindo a variância intragrupos e maximizando a variância intergrupos), é possível obter um melhor discernimento das singularidades da cidade. Além disso, em uma perspectiva inter e transdisciplinar, este trabalho assinala a possibilidade de adequação tanto de estratégias de amostragem, coleta e estimação estatística como de identificação, descrição, significação e estudo do contexto paulistano.
Dinâmicas sociais nos territórios de culturas de São Paulo
Caderno de Discussão do Centro de Pesquisas Sociossemióticas - CPS N. 19 Vol. 1, 2013
Dos mais de 1200 equipamentos culturais que existem hoje em São Paulo, dezenove foram selecionados, considerando a proximidade geográfica entre eles, e foram assim agrupados em quatro “territórios de culturas”: Luz, Jardim Europa, Av. Paulista e Ibirapuera. Entendido que tais territórios abrangem os prédios dos equipamentos culturais e seus arredores, investigamos além da existência de um possível diálogo entre esses equipamentos vizinhos as práticas que se dão dentro dos equipamentos e as práticas que se dão fora dos equipamentos, ou seja, em seus entornos. Dentro, nos equipamentos, temos a cultura dita institucionalizada: as exposições de arte, os saraus literários, os concertos musicais, as peças de teatro. Fora (na rua, no parque, na calçada) temos a cultura dita não-institucionalizada; são os comerciantes informais, as prostitutas, os sem-teto, os passantes, em suma: uma cidade em cena. A observação in loco foi feita ao longo de vários meses e considerou as transformações que ocorrem nos territórios ao longo dos diferentes momentos do dia. A presença dos equipamentos e as interações neles estabelecidas permitiu sistematizar como o espaço e os sujeitos se relacionam de modo a construir uma tipologia. Os territórios de culturas, enquanto configurações espaciais, mostraram-se constituídos pela convivência de grupos diferentes no mesmo espaço/tempo.
ESTRATÉGIAS EVANGELÍSTICAS DE PERSUASÃO NA PERIFERIA DA CIDADE DE SÃO PAULO
Havendo-lhe eles marcado um dia, vieram em grande número ao encontro de Paulo na sua própria residência. Então, desde a manhã até a tarde, lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus, procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas". Lucas (At 28:23).
Dinâmica intrametropolitana e organização socioespacial na Região Metropolitana de São Paulo
2016
A dinâmica sócio-espacial da região metropolitana de São Paulo apresentou, na década de 90, novas configurações, com mudanças no padrão redistributivo da população e das atividades econômicas. Frente a este quadro, apresentou-se a necessidade de problematizar os referenciais teóricos classicamente utilizados para analisar a dinâmica urbana da maior metrópole nacional e buscar novas categorias de análise que possibilitem compreender os fenômenos presentes nas sociedades pós industriais periféricas.
PADRÕES ESPACIAIS DE OCIOSIDADE IMOBILIÁRIA NO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO PAULO: UMA ANÁLISE EMPÍRICA
2011
Este artigo apresenta um levantamento georreferenciado dos imóveis em situação de ociosidade nos distritos Sé e República (Centro Histórico) da cidade de São Paulo e uma análise desse banco de dados levando em consideração explicitamente a localização dos imóveis e sua relação com variáveis socioeconômicas obtidas a partir de pesquisas de domínio público. A partir desse levantamento, pode-se distinguir prédios comerciais e residenciais que se encontram desocupados, quase-ocupados, ocupados ilegalmente, bem como imóveis utilizados exclusivamente como estacionamentos. A base de dados possibilitou a elaboração de mapas que mostram como a ociosidade imobiliária ocorre em padrões espaciais distintos quando se consideram separadamente prédios ociosos e imóveis utilizados exclusivamente como estacionamentos. Também foram feitas estimativas econométricas que mostram como a distribuição espacial desses imóveis se relaciona com a renda, a densidade habitacional, a quantidade de empresas, preços de vagas de estacionamento e indicadores de setores geográficos dentro da região estudada, evidenciando quantitativamente sua heterogeneidade socioespacial de acordo com as possíveis situações de ocupação do imóvel. JEL: R12, R14, R15, R23, R52 Palavras-chave: economia urbana, uso do solo urbano, urbanismo
Fragmentação socioespacial e consumo na periferia de São Paulo
Tlalli. Revista de Investigación en Geografía
A fragmentação socioespacial é um processo multidimensional e complexo. A polissemia que acompanha a palavra fragmentação, desde a escala internacional, no plano geopolítico, até a escala da cidade, valorizando os aspectos sociais, políticos, econômicos ou culturais, mostra a amplitude do processo, mas, ao mesmo tempo, exige atenção conceitual e metodológica. Neste artigo, analisamos o processo de fragmentação socioespacial no espaço urbano, a partir da perspectiva dos habitantes da periferia, que se estabeleceram e permanecem na ordem espacial do período anterior, o centro-periferia, e enfrentam os desafios de integração e convivência na cidade fragmentada. A base empírica da análise assenta-se em entrevistas realizadas com moradores do bairro de Pimentas, na cidade de Guarulhos, Estado de São Paulo, Brasil. Duas escalas urbanas, a da cidade e a da metrópole, são vistas a partir das escolhas espaciais feitas para o consumo de bens e serviços. A análise contempla as relações entre c...
Vida sociopolítica em mercados culturais na cidade de Porto Alegre
Sociedade e Estado
Resumo As possibilidades das tecnologias de informação e comunicação conjugadas com normas e regras do sistema global têm contribuído para a transformação dos mercados culturais, recriando concepções e arranjos entre arte-tecnologia-mercado. O artigo discute centralmente as implicações sociopolíticas dessas transformações nos mercados culturais, enfocando as respostas dos agentes em distintas instâncias de ação política na cidade de Porto Alegre. Os dados resultam da combinação de diferentes fontes de investigação, destacando-se entrevistas com líderes profissionais e com gestores de empreendimentos no mundo da cultura, assim como relatórios e documentos obtidos em diversos sites na Internet. O argumento que orienta a análise é de que as referidas transformações tendem a produzir diferentes tipos de ações sociopolíticas, como as mobilizações de novos coletivos de artistas, de novas associações profissionais e a reformulação de pautas nas já existentes, e a presença em novos e antigo...