Fanzine t3xtos de gaveta #5 (original) (raw)
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Revista Práxis, 2023
Este artigo propõe dar visibilidade a experiência vivenciada com os discentes do 4º Período do Curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio em Enfermagem do Instituto Federal Norte de Minas Gerais (IFNMG), Campus Januária a partir de uma oficina de fanzines, cujo objetivo foi analisar o potencial crítico desse recurso comunicativo no enfrentamento das contradições da realidade social. Isso porque o trabalho com fanzines é uma oportunidade de estimular a potência criadora e criativa do sujeito, expressa de forma livre, artesanal e autoral. Desse modo, trazer o Fanzine para o espaço pedagógico da educação profissional e tecnológica é uma possibilidade de dar voz aos jovens da classe trabalhadora, fomentando seu protagonismo na direção da construção da consciência crítica.
FANZINE, 2020
tema de capa VIOLENCIA curiosidades republicanas REI MORTO, REI DEPOSTO, SELO POSTO...
Oficina De Fanzine Na Pandemia
Divers@!, 2021
Este relato de experiência sintetiza uma ação extensionista desenvolvida pelo Projeto TUTOR (tecnologia, universidade, trabalho e orientação profissional) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), realizada em modo online em dois encontros com a participação de 36 pessoas (professores/as, estudantes e comunidade em geral). A oficina objetivou difundir o fanzine como uma mídia alternativa passível de publicação independente, e também como prática pedagógica de reflexão sobre a realidade vivida no período pandêmico. O primeiro encontro, de viés expositivo, introduziu os/as participantes em informações sobre a técnica, suas características, possibilidades de expressão – poesias, colagens, letras musicais, entre outras - e objetivos da atividade. No segundo, os/as participantes apresentaram suas produções, descrevendo o processo de construção de ideias, os recursos disponíveis e as potencialidades do exercício. A proposta resultou em nove fanz...
Fanzine, zine, artezine, zine-expandido, arte
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2022
INTRODUÇÃO Fanzine é um neologismo criado dez anos após o próprio objeto surgido desde 1929/30 nos EUA: revistas não oficiais mimeografadas como boletins de troca de informação e publicação de contos amadores baseados na literatura da ficção-científica (FC). No sistema oficial das sociedades, existem livros e revistas que são vendidos, e atualmente há os e-books e e-magazines, virtuais. Porém, os fanzines surgiram como paralelo (paratópico 1) às publicações oficiais e se desenvolveram como veículos impressos desvinculados ao padrão oficial, como boletins culturais de grupos de determinados temas, como a FC. Seu histórico registra que, principalmente graças ao punk, rock e quadrinhos independentes, e também graças ao desenvolvimento das fotocopiadoras, ampliaram-se para todos os temas e formatos libertos de cerceamentos e imposições editoriais, desvinculados das vendas comerciais, auxiliando na fraternidade e na troca de expressividades artísticas, anárquicas, de libelo às minorias etc, existindo em papel e também como e-zines. Na atualidade, há subcategorias de fanzines, dentre as quais os artezines (fanzines de arte), dentre os quais este trabalho foca seu tema. Em especial, aqui se expõem os fanzines como possibilidade de publicação artística (e tecnológica), especialmente os meus 3D´Imagens, que são artezines de artes vertidas à publicação 3D, mas estampadas em suas páginas (de papel e/ou virtuais), reiterando a importância zineira à manutenção da liberdade de expressão. O objetivo não só é demonstrar tais artezines, como sua importância artístico-libertária e seus possíveis conceitos não-estanques como fanzine, zine, artezine, zine-expandido, atinentes à arte numa visão tecnológico-reflexiva no seio das sociedades desde o impresso ao virtual. O
FANZINE, 2021
A presente pandemia abalou o edifício do Antigo Mundo até às suas fundações, pondo a nu outras doenças patogénicas da Justiça da Cidade, que permaneciam escondidas nestas Sociedades contemporâneas, angustiadas e desencantadas. Agora, quando nas mais densas trevas volta a brilhar a Luz da Esperança, alimentada pelas janelas que a Ciência e a Razão possibilitaram abrir, importa tirarmos as devidas ilações, que nos permitam retificar o Projeto, e retomar a Construção. É necessário reconstruir-se a Beleza do Mundo, sendo certo que se, para todos os Maçons, o melhor adorno do seu Templo Interior é o das Virtudes, para os Irmãos e Irmãs do Rito Francês este conceito, transposto para o Templo Exterior, apela também a uma constante desconstrução e reconstrução do projeto social, sustentada na Laicidade, e nos Valores que enformam a nossa Divisa Republicana. Reconstruir impõe-se, no Aqui e Agora, e resulta obvio que tal não poderá ser feito sem Humildade, sem Razão, e sem Humanismo. Também a Maçonaria, enquanto Luz de Progresso, necessita de ser reconstruída, se pretender ter sentido, num Mundo cada vez mais complexo, e menos antropocêntrico. Importa que tenha utilidade, e capacidade de dar resposta aos múltiplos legítimos anseios de todos os Profanos, que continuam a bater à porta dos Templos, sejam eles de ordem filosófica, societária, ou espiritual, não esquecendo que, subjacentemente a esta pluralidade de caminhos, deverá haver sempre uma dimensão fraternal. Tal não sucederá se não imperar a alteridade, que permita reconhecer, na diversidade de demandas, que "é sempre mais o que nos une do que o que nos separa". Necessita-se de uma Maçonaria tolerante para poder ser unida, unida para se tornar forte, e forte para poder ser útil à Humanidade. Daí que se nos afigure que não poderá haver Reconstrução da Nossa Augusta Ordem sem consensos, congregação de esforços, e "Pactos de União". É, pois, por atravessarmos momentos, que se constituem como ponte entre diferentes Mundos, e diferentes tempos, que julgámos importante escolher o tema da "Reconstrução" para linha orientadora da FANZINE nº 4. Recolhemos, assim, contributos de Irmãos e Irmãs de distintas Obediências, Jurisdições, e Ritos, na esperança de que, na riqueza da diversidade desta reunião do que está disperso, o presente número da nossa publicação possa apelar a que todos os leitores continuem a retificar, incessantemente, tanto o projeto coletivo como a si próprios, em ordem a que possam continuar a ser, nestes tempos de passagem, verdadeiros artesãos do Progresso Social, neste caminho de reconquista da Liberdade, e de retoma das nossas Cadeias de União. Ansiamos por elas, pois este Símbolo recorda-nos que "a Fraternidade é a glória, a base, a pedra angular e o cimento da nossa Antiga Confraria" e, sem Fraternidade não haverá a desejada passagem da ponte com Esperança, sem deixar ninguém para trás.
Cavalo de Tróia Vol 5 - J. J. Benitez
Principais povoações do yam ou mar da Galileia na época de Jesus (costas Norte e Noroeste). As linhas pontilhadas marcam as estradas habitualmente utilizadas pelo Major. Distâncias aproximadas: Nahum a Migdal, 7,5 km. De Migdal a Tiberíades, 4 km. Do har ou monte Ravid a Migdal (pelo caminho de Maghar), 2 km. Da desembocadura do Salmon à base do Ravid, 3,5 km.-São utilizados para os grãos e os frutos secos-e entregando-me o archote acrescentou:-São estanques. Não conduzem a lugar nenhum. Ajoelhei-me diante do primeiro. E apesar da conclusão desanimadora de Davi explorei-o com atenção. A abertura, de um metro, permitia fácil acesso. Achava-me diante de uma concavidade na rocha, em forma de pera, de uns três metros de profundidade por três de diâmetro máximo e pintada de vermelho. Tratava-se, sem dúvida, de uma típica construção da Nazaré troglodítica, igual a centenas que havia nas grutas que proliferavam na colina de Nebi. De acordo com as informações que tínhamos-e isso já constatara no subterrâneo da casa de Tiago-, esses silos, escavados a duras penas, formavam cachos que se superpunham uns aos outros. Os estudos e escavações de pesquisadores como Loffreda, Bagatti, Daoust, Manns ou Testa eram irrefutáveis. Em certos pontos essas intrincadas redes de grutasarmazéns comunicavam-se com os pátios e currais interiores das casas. E foi isso que me animou a procurar localizar algum canal ou escada que pudesse levar-nos para fora. Pobre ingênuo! O fundo e as côncavas paredes eram tão herméticas como tudo que víramos antes. Repeti a operação no segundo silo, mesmo enfrentando o ceticismo do meu companheiro. A única diferença em relação ao anterior era a cor. Esse havia sido pintado de azul. As dimensões e a solidez eram as mesmas. E ambos estavam vazios. Davi, vencido, foi sentar-se à beira da última boca. E aguardou o desastre. A terceira exploração não resultou em mudança alguma importante. Medidas um pouco menores-ao redor de dois metros de profundidade por outros dois de diâmetro-, tinta verde e o único pormenor que me chamou a atenção: alguns sacos mal empilhados ao fundo, talvez com algum cereal, duas canastras de regular tamanho, feitas de folhas de palma e cheias de pedras e uma sandália aparentemente abandonada. O conteúdo do silo-especialmente as pedras-me deixou confuso. E durante uns momentos continuei ajoelhado, com meio corpo dentro da abertura, refletindo.-Te adverti-disse-me o criado, interrompendo minhas reflexões.-Não tem saída. Mantive silêncio sobre o que tinha diante de mim e não me dei conta de um quase insignificante detalhe: meu amigo, o escravo, havia inspecionado comigo os dois primeiros silos; nesse último, ao contrário, ficou sentado, sem se erguer uma única vez. Meu erro-e grave-foi não fazer um só comentário sobre o carregamento depositado no poço. É que eu supunha que Davi o conhecia. Decepcionado diante da inexistência do que verdadeiramente importava-uma saída-, esqueci momentaneamente o assunto e me concentrei no pouco que ainda restava por explorar. Davi, humilhado, não se movia. Continuava sentado, com o rosto enfiado entre os joelhos. Eu não sabia o que fazer ou dizer. A incursão pela gruta até aquele momento era um fracasso. Por sorte os terrores que me haviam assaltado até pouco antes não voltaram. Apesar do amargor da situação, uma doce e inesperada melancolia foi afastando do meu espírito a angústia e o medo. Seria o princípio do fim? Estaria já me resignando? Admitia não haver esperança? Ainda hoje não encontro a explicação daquela estranha sensação, mescla de paz e vaga tristeza. Mas fui-lhe grato. Ao fim da quarta parede, a pequena distância dos silos, tropecei com os restos de um pequeno forno doméstico, meio encravado na rocha. A face frontal, construída de ladrilho, mostrava uma abertura de um metro, com um piso de pedras basálticas. Uma espessa camada de poeira que cobria a escura e reduzida cantaria vulcânica indicava prolongada falta de uso. A caverna-ou ao menos aquela última cavidade-não parecia muito frequentada. O forno em ruínas foi a confirmação final. Aí terminaria o exame da grande sala. E durante alguns minutosimpotente e com a mente vazia-limitei-me a contemplá-la. "Isto é tudo." Mas o pior estava por chegar. E chegou pelo caminho mais insuspeito. É possível que a fortíssima tensão o houvesse provocado. Não sei. O fato é que aos poucos me dominou. Isto é o que lembro e está em um caderno de notas: Primeiro foi a imagem da Senhora e de seus filhos. Depois um desvairado vaivém dos pensamentos, sem ordem nem lógica. "... Eles virão... A gruta só tem uma saída... Eles sabem... Mas e se não for assim..." A proximidade da chama em minha mão interrompeu momentaneamente meu delírio. Reagi e voltei para junto de Davi. Senteime defronte a ele, deixando entre nós a boca do terceiro silo. Davi não Acariciei o cajado, examinando-o com cuidado. Nada errado com ele, ao menos na aparência. E sem mais demora vesti a túnica, enrolando o incômodo manto ao redor do tórax e sobre os ombros. Pode parecer pueril, mas ao contato com a cálida e familiar lã da Judeia, ganhei novo ânimo. E me senti até mais seguro. Ajustei as cordas egípcias que formavam o cinto. Então reparei que estava descalço e que faltavam, entre as minhas coisas, o calçado e a bolsa impermeabilizada. Lembrava-me bem de que me havia descalçado e colocado no saguão as sandálias eletrônicas, o último par disponível. Quanto à bolsa, eu mesmo a prendera à vara, entregando as duas, muito a contragosto, aos cuidados de um dos criados. Nervoso, revolvi os almofadões. Engatinhando revistei até os pés de marfim da mesa. Nem rastro... Preocupado ante a ideia de perder também as lentes de contato e o dinheiro, continuei a arrastar-me pelo aposento, afastando pratos, jarras, restos de comida, bandejas e outros utensílios espalhados, talvez, na luta entre o saduceu e Jacó, antes que o sacerdote fosse subjugado. Minha busca terminaria bruscamente e da pior maneira: em minha sofreguidão, sem rumo algum, fui topar impetuosamente com as coxas de Jacó. Desequilibrado, ele se esparramou rotundamente no chão. Ouvi uma maldição. Depois vi que ele se revolvia na tentativa de erguer-se. Mas em vão. O manto de listras verticais pretas e vermelhas o atrapalhou. E ao pisar a barra do amplo roupão caiu de novo. Foram alguns segundos. Suficientes, todavia, para que o prostrado Ismael reagisse. Ao verse livre do gladius, saiu berrando como um bezerro e se perdeu na escuridão da passagem secreta. Quando tentei pedir desculpas por meu imbecil procedimento, a lâmina fria da espada entre meus olhos me deixou sem fala. O pedreiro, pensando que o choque tivesse sido uma traição minha, enrubesceu de raiva. E os olhos azuis, enevoados pelo rancor, me fulminaram. De joelhos a seus pés, pensei que minha hora havia chegado. Mas sua reação me surpreendeu. Não sei se foi meu aturdido olhar, sem maldade alguma. Não sei o que foi... A questão é que, após uma ligeira vacilação, incapaz, suponho, de descarregar o golpe fatal, me atirou uma cusparada, jurando que eu pagaria por meu dúplice jogo.-Jacó!
Fanzine: a plurivalência paratópica
Linguagem Em Curso, 2010
Resumo: Este artigo relata uma pesquisa a partir da qual se discute a relação entre paratopia e dispositivo enunciativo. Fundamentada em suportes teóricos da Análise do Discurso, a investigação toma como objeto de análise fanzines literários, levantando elementos que assegurariam a paratopia desse dispositivo. Parte-se do pressuposto de que dispositivos considerados marginais, ou independentes, como o fanzine, por exemplo, trariam inscrita, como constitutiva de seu discurso, sua condição paratópica. Palavras-chave: paratopia; dispositivo enunciativo; fanzine; discurso.