Artigo/Article Revista Museologia e Patrimônio (original) (raw)
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Resumo: O propósito deste trabalho é apresentar uma reflexão sobre a relação entre o desenvolvimento da Museologia no Brasil e a trajetória das instituições museológicas neste território. Partimos de documentos e revisões bibliográficas para compreender até que ponto essa referida relação foi capaz de nortear concepções e práticas em diferentes ambientes institucionais, orientar debates, projetos e produções realizadas em âmbito nacional e internacional. Para tanto, este trabalho parte da criação do Curso de Museus combinada ao exercício prático de profissionais do campo em agências do Estado e em organizações internacionais. Palavras-chave: Museu, Constituição da Museologia, Política de Estado, Movimentos Sociais. Abstract: The purpose of this paper is to present a reflection on the relation between the development of Museology in Brazil and the trajectory of the museological institutions in that country. We've based this reflection on documents and bibliographic reviews in ord...
Resumo: O patrimônio arqueológico, assim como os museus, no contexto contemporâneo encontram-se inseridos em muitas discussões acerca de seus condicionamentos históricos e sociais e sua vocação para a mediação cultural e patrimonial. Os bens culturais, em seu sentido amplo, compreendem todo o testemunho do homem e seu meio. Este artigo trata de algumas considerações sobre as potencialidades de sítios arqueológicos serem musealizados, já que os museus são compreendidos como instituições permanentes a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, que coleciona, conserva, pesquisa, comunica e exibe, para o estudo, a educação e o entretenimento e evidencia o material do homem e seu ambiente, que traduzem heranças distintas dentro do quadro histórico desenhado pela Museologia. Neste estudo em questão trata-se da reflexão de determinados sítios arqueológicos do tipo sambaquis do Parque Estadual do Boguaçu, localizados na APA de Guaratuba. Determinados sítios arqueológicos, que comportam ...
Museologia e patrimônio: uma introdução
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 2012
No mundo contemporâneo, os museus conquistaram uma importante centralidade no panorama político e cultural, deixando de ser lugares meramente de guarda e conservação para se tornarem espaços relacionados com a criação, a comunicação e a produção de conhecimento. De acordo com o Cadastro Nacional de Museus (CNM), atualmente, existem no Brasil mais de 3.000 instituições de diferentes tipologias: arqueologia, história, etnografia, ciência e tecnologia, belas artes, biográficos, museus de sítio, ecomuseus. Esse número está em constante crescimento. Segundo dados obtidos no CNM, somos o país da América Latina com o maior número de museus. No Brasil, apesar da dimensão continental e do expressivo número de instituições museológicas, até 2003 existiam, em universidades públicas, apenas dois cursos de formação: a Escola de Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNiRiO) e a Escola de Museologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Neste período, sem a mesma dimensão e com algumas interrupções até o seu encerramento, podemos ainda mencionar o curso de museologia da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Nos últimos sete anos, esse cenário passou por um importante processo de transformação e ampliação: diversos cursos de graduação foram criados em todas as regiões do país. Devemos também destacar a criação do primeiro Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio (PPG-PMUS) do Brasil, desenvolvido em parceria, mediante um convênio, entre a UNiRiO e o Museu de Astronomia e Ciências Afins/Ministério da Ciência, Tecnologia e inovação (MAST/MCTi). implantado em junho de 2006, com o curso de Mestrado e, a partir de 2011, com o de Doutorado, o PPG-PMUS conta, ainda, com o apoio de importantes museus e centros de estudo e defesa do patrimônio, no Brasil e no exterior. Neste sentido, não é demais ressaltar a importância de publicações consolidadas e com elevado grau de excelência, tal como é o Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, cujo primeiro número foi lançado em 1894, para a divulgação de pesquisas e seus resultados, e para a inter-relação entre as diversas redes tecnocientíficas, mediante as quais se expressa o seu desenvolvimento. O presente dossiê Museologia e Patrimônio resulta da iniciativa do Museu Paraense Emílio Goeldi de estimular a organização de números temáticos. O PPG-PMUS reconheceu a relevância de responder afirmativamente a esse desafio. E, nesse sentido, propôs-se a organizar este conjunto de textos relativos a pesquisas sobre museus, museologia e patrimônio. Ressaltamos que a escolha desse tema não se deveu exclusivamente ao fato do PPG-PMUS ser um programa de pós-graduação nessa área do conhecimento, mas principalmente devido à importância que têm, no Brasil, investigações desta natureza.
Com a divisão das terras, feita pelo Fundador, entre si, seus filhos e genros, coube a Antônio Luiz a Fazenda Bálsamo. Ali, edificou a sede com a ajuda de seu geni-1. O prefeito nessa época era o senhor Delfhino Alves Corrêa. 2. A administração de Raul Freixes foi de 1997 a 2000.
Patrimônios, Museus e Subjetividades
PASOS Revista de turismo y patrimonio cultural, 2006
Resumo: Este artigo é uma reflexão sobre a importância da política cultural enquanto política pública emancipatória e autonomista. Como exercício crítico enfoca-se o modelo clássico de preservação de objetos e coleções-expresso na equação museu-monumento-patrimônio-em diálogo com as novas formas de subjetividade contemporânea. Através de uma nova etnologia regional identifica-se o surgimento de novos objetos e coleções marginais, que subvertem a lógica cultural burguesa. Novos museus e novos lugares da memória convidam ao desafio de repensar novas perspectivas e vertentes para a patrimonialização e a promoção cultural e étnica da sociedade brasileira e latino-americana.
Relevância, Ressonância, Engajamento – a Museologia e o Patrimônio em ação.
Abstract Como analisar as ações da Museologia e do campo do Patrimônio Cultural na era da realidade virtual e das redes intangíveis que parecem hoje controlar a vida em sociedade? Como avaliar o papel das instituições patrimoniais e museológicas e sua potencial contribuição para o desenvolvimento individual e coletivo? Acreditamos que é unicamente através e a partir da prática que encontraremos os fundamentos das teorias que embasam, na atualidade, essas disciplinas e campos do saber. Os conceitos de Relevância, Ressonância e Engajamento podem ser alguns dos parâmetros que podemos utilizar para aferir a importância e a efetividade da Museologia e do Patrimônio, quando postos em ação.
Patrimônio, Museus e Paisagens Culturais
Revista Museus, 2016
A criação do termo paisagem cultural pela UNESCO, em 1992, abriu questões relevantes para a proteção do patrimônio, apesar de não ser uma questão nova no Brasil. Como resolver o problema da musealização deste aspecto cultural é um problema que se coloca, ainda mais tendo em vista que as sociedades atuais são crescentemente urbanas e, portanto, afastadas de um meio rural/natural, que seria o campo de atuação cultural paisagem cultural. São questões complicadas e que são estudadas há anos no campo do Patrimônio, não tendo sido encontrada, até o momento, uma solução adequada para ele.
Patrimônio Cultural Arqueológico e Museus
REVISTA DA AGU, 2017
O presente artigo tem por objetivo identificar a titularidade do direito de propriedade dos sítios e artefatos arqueológicos, situando-os no universo de bens que compõem o patrimônio cultural brasileiro. Uma das finalidades deste estudo consiste na análise sintética do regime jurídico a que estão vinculados e os efeitos dele decorrentes, apontando-se quais as referências normativas constantes do ordenamento jurídico pátrio a respeito da matéria, as principais etapas administrativas a serem atendidas para obtenção de um licenciamento ambiental para obras e empreendimentos potencialmente causadores de impacto ao meio ambiente, correlacionando-as com as obrigações e compromissos a serem adotados pelo empreendedor no tocante à prevenção e à diminuição dos danos arqueológicos, bem assim com a função social a ser cumprida pelos museus naquele contexto e dentro do panorama público-institucional contemporâneo.
Refletindo sobre a turistificação do patrimônio e dos espaços museais
2012
Resumo: Nas últimas décadas as discussões sobre museus, turismo e patrimônio, estiveram intimamente relacionadas. O turismo se tornou um importante aliado para a manutenção, valorização e preservação do patrimônio material e imaterial, além de corroborar com a cadeia produtiva e econômica dos museus. Porém, dessa relação entre museus e turismo surge a problemática sobre os impactos do fenômeno da turistificação desses espaços sem que eles percam suas funções de lugares onde é possível dialogar com a alteridade e com a identidade sociocultural. Essas discussões nortearam uma pesquisa que está sendo desenvolvida no Departamento de Hotelaria e Turismo da UFPE com a finalidade de discutir as relações entre patrimônio, museus e turismo, incluindo as discussões sobre os impactos que o turismo provoca no processo de patrimonialização e musealização. Para isso inicialmente identificamos o perfil dos turistas culturais visitantes dos museus pernambucanos, a partir da criação de um Sistema Unificado de Pesquisa de Público em Espaços Museais (SUPPEM). Os resultados dessa pesquisa permitem identificar e discutir as fronteiras resultantes do processo de turistificação do patrimônio e dos museus a fim de contribuir para a inserção desses locais como equipamentos do turismo cultural e como roteiros turísticos de destinos culturais.