Lutzomyia longipalpis (Diptera, Psychodidae) em Cuesta Basáltica, na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí, Região Centro-leste do Estado de São Paulo (original) (raw)
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A incidência das leishmanioses tegumentar (LTA) e visceral (LVA) americanas, especialmente essa última, em hospedeiros caninos e humanos, encontra-se em expansão no Estado de São Paulo. Na vigilância epidemiológica dessas endemias, torna-se fundamental o conhecimento da distribuição e ecologia das diferentes espécies de flebotomíneos. Assim, a divulgação de novos registros de seus vetores é fundamental para apontar novas áreas de risco para a transmissão dessas doenças. Neste estudo, realizaram-se capturas de flebotomíneos em ambiente de mata, em diferentes localidades dos municípios de Ipeúna, Itirapina e Analândia, entre agosto e setembro de 2007. Foram capturados 248 flebotomíneos de nove espécies diferentes, em Ipeúna, seis e sete espécimes de duas espécies distintas coletados respectivamente em Itirapina e Analândia. A espécie mais abundante em Ipeúna foi Pintomyia pessoai (37,5%), seguida de P. fischeri (33,06%) e Migonemyia migonei (16,53%). Essas três espécies são consideradas importantes vetores de LTA no território paulista. O registro de Lutzomyia longipalpis pela primeira vez em Ipeúna e Analândia e a confirmação de sua presença em Itirapina indicam risco de essabelecimento da LVA na área e a necessidade de mais estudos locais sobre sua ecologia, sobretudo em relação à ocupação de ambientes antrópicos.
Cadernos de Saúde Pública, 2001
A distribuição sazonal e horária de Lutzomyia longipalpis foi estudada nos ambientes peri e intradomiciliar de duas localidades da Ilha de São Luís, estado do Maranhão. Os 11.200 exemplares capturados foram atraídos por quatro armadilhas CDC nos anos de 1996 e 1997, mensalmente, das 18h às 6h. L. longipalpis comportou-se como uma espécie anual, tendo sido encontrada em alta freqüência em todos os meses do ano, tendendo a ser mais abundante no período chuvoso (57,2%) do que no seco (42,8%). As maiores freqüências foram observadas nos meses de janeiro e abril, no período chuvoso, e em julho e novembro, no período seco. Foi encontrada a noite inteira, porém foi mais freqüente entre 18h e 22h no peridomicílio, e entre 20h e 2h no intradomicílio.
Revista Pan-Amazônica de Saúde, 2011
This study reports the first record of Lutzomyia termitophila Martins, Falcão and Silva (1964) and Lutzomyia hermanlenti Martins, Silva and Falcão (1970) (Diptera: Psychodidae) in Pará S , Brazil. Specimens were captured in Serra dos Carajás, Municipality of Parauapebas, Southeast Mesoregion of Pará, using CDC light traps installed in different areas with different types of vegetation. The specimens were examined in the Serra Sul and the Igarapé Gelado Environmental Protection Area. The discovery of these phlebotomine sand flies in the study area extends their geographic distribution and brings the total number of sand fly species recorded in Pará to 128.
Neotropical Entomology, 2007
The genus Lutzomyia has great importance in the New World, with some species implicated in the transmission of causal agents of leishmaniases, bartonellosis and arboviruses. From April 2003 to June 2004 an investigation was undertaken on the richness and abundance of the sand fl y fauna in the northeast area of Manacapuru county, Amazonas State. The captures were carried out, with 16 light traps CDC, in areas of forest known as terra fi rme along the highway Manuel Urbano. In the period of 13 months we collected a total of 10,446 sandfl y specimens, 3,908 males (38%) and 6,465 females (62%), distributed in 43 species belonging to the genus Lutzomyia, 10 subgenera and six species groups. These results evidenced a diversifi ed and abundant sand fl y fauna, with some species not yet reported for Manaus county, close to the study area.
2013
Até o momento poucos microhábitats foram identificados como criadouros naturais de flebotomíneos, tendo maior sucesso trabalhos em regiões de clima úmido. OBJETIVO: O presente estudo, realizado em uma região de clima semiárido, investigou a ocorrência de criadouros naturais em uma série de microhábitats selecionados de acordo com a presença de umidade e matéria orgânica, além de redução de luminosidade. METODOS: 64 amostras de solo foram mensalmente coletadas no ambiente peridomiciliar ou intradomiciliar de cinco casas localizadas em Cavunge, distrito do município de Ipecaetá, uma região do semiárido do estado da Bahia, sendo analisada a emersão de flebotomíneos adultos pelas técnicas de observação direta e formas imaturas pela técnica de flutuação. Capturas de flebotomíneos adultos foram também realizadas, dispondo mensalmente armadilhas luminosas nos ambientes peridomiciliar e intradomiciliar. RESULTADOS: Das 1523 amostras de solo coletadas, 49 foram positivas para criadouros naturais, sendo encontrado um total de 64 flebotomíneos, a maioria (n = 40) pertencentes a espécie Lutzomyia longipalpis, encontradas principalmente em microhabitats como concavidades rochosas e em ocos de árvores. Dos 2002 flebotomíneos adultos capturados e identificados, a maioria (n = 1907) pertenceu a espécie L. longipalpis. Nas relações entre as variáveis climáticas e a emergência de flebótomos e os flebótomos capturados, observou-se uma relação de força moderada, e estatisticamente significativa na temperatura entre uma semana anterior à captura entomológica e densidade de flebótomos, indicando que para uma região semiárida este parâmetro climático é o mais apropriado na previsão de quantidade de formas adultas de flebotomíneos. CONCLUSÕES: Em conjunto, nossos resultados tanto acerca da caracterização dos criadouros naturais de flebotomíneos, quanto sua relação com variáveis climáticas, poderá servir como uma ferramenta auxiliar no direcionamento do controle biológico e controle da leishmaniose.
Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 2008
O conhecimento da distribuição e ecologia das espécies de flebotomíneos é fundamental para a vigilância epidemiológica das leishmanioses. A pesquisa e a divulgação do encontro destes insetos colaboram para a determinação do risco de transmissão das mesmas. Realizaram-se capturas de flebotomíneos em fragmento de cerrado strictu sensu em área rural do município de Corumbataí, no período de julho a novembro de 2004. Foram utilizadas duas armadilhas luminosas automáticas do tipo CDC, das 18h às 8h, sendo uma coleta por mês, resultando em 112 horas de exposição. Durante o período de estudo, foi capturado um total de 60 flebotomíneos pertencentes a dez espécies diferentes. A espécie mais abundante e a única presente em todas as capturas foi Pintomyia monticola com um total de 15 (25,0%) espécimes, a segunda foi P. pessoai com 14 (23,3%) e a terceira Brumptomyia guimaraesi com 12 (20,0%) indivíduos coletados. As demais espécies, Psathyromyia aragaoi, B. avellari, B. brumpti, B. cunhai, Pin...
Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, 2019
Leishmaniose Visceral é uma doença transmitida pelo flebótomo, numa complexa interação com a entidade nosogeográfica. Este trabalho pretende desenvolver uma abordagem geográfica sobre a Leishmaniose Visceral no estado de São Paulo, com o apoio da Modelagem do Nicho Ecológico. O objetivo é correlacionar a distribuição espacial do vetor Lutzomyia longipalpis com variáveis climáticas e ambientais e comparar a distribuição dos casos humanos com o mapa no modelo final da Máxima Entropia (MaxEnt). Foram levantados dados de ocorrência do Lu. longipalpis de 1997 a 2016, por municípios paulistas. Também foram levantados dados ambientais bioclimáticos (BIOCLIM), com resolução espacial de 1km. O vetor Lu. longipalpis foi relatado em 166 municípios desde 1997, sendo a maioria no oeste do estado. No estado, algumas variáveis foram correlacionadas com a distribuição do vetor: Temperatura de Superfície, Distribuição da população, oscilações de temperatura dia-noite (4%), temperatura máxima no mês ...
Caminhos de Geografia, 2004
A pesquisa realizada na área de implantação da Usina Hidrelétrica Capim Branco I, na bacia do rio Araguari no Município de Uberlândia, Minas Gerais-Brasil tem como objetivo registrar o encontro de Lutzomyia longipalpis neste local. Esta espécie de flebotomíneo descrita por Lutz & Neiva, em 1912, foi incriminada como vetora da Leishmaniose Visceral Americana (LVA). Este trabalho foi realizado de maio a outubro de 2003, perfazendo um total de 24 capturas somando 78 horas, sendo 6 capturas de 12 horas cada e 18 capturas de 3 horas, aproximadamente. Utilizou-se para capturar os flebotomíneos uma armadilha do tipo Shannon, três armadilhas luminosas do tipo CDC (Center on Disease Control) e o tubo de sucção capturador de Castro. Foram capturados e identificados, 212 flebotomíneos de dois gêneros (Brumptomyia e Lutzomyia) e nove espécies. A maior quantidade de flebótomos foi de Lutzomyia intermedia, com 22, seguida da Lutzomyia lenti com 15, Lutzomyia lutziana com 8, Lutzomyia longipalpis com 7, Lutzomyia spinosa e whitmani com 4, Lutzomyia teratodes com 3, Lutzomyia termitophila e Lutzomyia evandroi com 2, Lutzomyia sallesi e Lutzomyia corumbaensis com um exemplar cada e Brumptomyia sp. (espécie não identificada) com 143 espécimens. Na armadilha de Shannon foram capturados 73 flebotomíneos e na armadilha de CDC foram 139 exemplares. Quanto ao sexo foram 93 machos e 129 fêmeas.