A COMPAIXÃO DO MESTRE (original) (raw)
Related papers
! RESUMO: Tomando como ponto de partida os trabalhos de Nietzsche, Hannah Arendt e Michel Foucault, este escrito pretende problematizar a lógica inter-na da compaixão piedosa, pois, como tentaremos mostrar, ela parece instau-rar uma modalidade peculiar de exercício de poder que se estrutura a partir do binômio servir-obedecer. A partir desses autores, pretendemos ler alguns exemplos que a história da humanidade nos apresenta para ilustrar o exercí-cio dessa " cruel compaixão ". ! PALAVRAS-CHAVE: Compaixão; Nietzsche; poder. Interessa-nos problematizar a lógica interna da compaixão piedosa, pois, como tentaremos mostrar, achamos que ela instaura uma modali-dade peculiar de exercício do poder que se estrutura a partir do binômio servir-obedecer, multiplicando assim a existência de relações sempre dissimétricas, entre quem assiste e quem é assistido. Se acreditamos que é necessário excluir do discurso médico a caridade cristã e a pieda-de religiosa, aquela que costumava situar o doente no lugar da debilida-de mais absoluta e da mais extrema impotência, então será mister que possam ser desenvolvidas estratégias capazes de fazer que a palavra dos doentes possa formar parte de uma rede dialógica, que permita instituir um genuíno consenso, em que hoje existe aceitação passiva. Mas, para
Tal como relata Habermas, pouco antes do octogésimo aniversário de Marcuse, os dois interrogavam-se sobre como explicar a base normativa da teoria crítica. Marcuse só deu a resposta dois dias antes da sua morte: «Vês?-disse a Habermas-agora sei em que é que se fundamentam os nossos juízos mais elementares: na compaixão, no nosso sentimento pela dor dos outros». Para os teóricos da escola de Frankfurt, a piedade e a compaixão constituíram a arma da crítica. As profundas marcas que neles tinham deixado os mártires dos campos de concentração tornavam-nos especialmente sensíveis à injustiça e à dor [Miguel Santos Guerra, Entre Bastidores]. Eu proponho, portanto, que o homem seja definido como uma nova espécie: o homo compassivus. Àqueles a quem falta a compaixão falta também a qualidade de humanidade. Não são meus irmãos [Rubem Alves, Gaiolas ou Asas]. Tive o privilégio de conhecer pessoalmente a autora destas histórias que se organizam em torno dos processos de escolarização. De ser seu amigo. E de ser agora um autor comovido que escreve tendo como pretexto os fios que nos trazem a vida na sua múltiplas realidades. Organizo a minha leitura a partir de sete categorias analíticas que penso pode-rem ler a generalidade destes textos: o mundo da vida aprisionado pela lógica surda e absurda dos sistemas; os laços que é preciso tecer para que as aprendi-zagens sejam possíveis; o outro lado da escola, ora sombrio ora solar; as pessoas dos alunos e dos professores com as suas irredutíveis singularidades; a hipocri-sia de um sistema enclausurado na estupidez do faz de conta; e, por fim, algumas palavras sobre o olhar do sujeito que escreve: sobre os temas que escolhe, as personagens que convoca e expõe, as narrativas que narra, o estilo que adota, I59
Revista Aprender, 2020
RESUMO: O presente trabalho busca analisar, a partir de uma perspectiva filosófica, o herói Saitama, personagem principal da série de anime e mangá One-Punch Man, sua busca por ser um herói e o seu papel como mestre do ciborgue Genos. À primeira vista, dizer que a relação entre eles constitui de fato a de um mestre e um discípulo, parece um tanto exagerada: apesar de ser visto assim por Genos, Saitama não acredita que tenha qualquer conhecimento a ensinar para o seu autointitulado discípulo. Além disso, apesar de toda sua força, Saitama é atormentado constantemente por um tédio profundo, resultado da incapacidade de encontrar novos desafios como herói. No entanto, acreditamos haver mais em Saitama do que apenas "o herói mais forte". Ao nos voltarmos para nossa história, vemos que um dos maiores mestres da humanidade também acreditava nada saber: o Sócrates apresentado por Platão afirmava, constantemente, sua própria ignorância. Resta a pergunta: como pode a figura do mestre, representação própria do saber humano, ser ligada a homens que só reconhecem nada saber, e no caso específico de Saitama, nada ter a ensinar?
SENHOR DAS MOSCAS -A METAFICÇÃO HUMANA
O homem é o lobo do homem. Thomas Hobbes Resumo A humanidade sempre esteve envolta em histórias-factuais ou literárias-que versavam sobre assuntos diversos, não são poucas as histórias que tratam, por exemplo, da guerra e do comportamento humano durante períodos de conflito armado. O romance Senhor das moscas, de William Golding, conta a história de um grupo de meninos abandonados em uma ilha durante a Segunda Guerra Mundial que luta para sobreviver. O objetivo deste artigo é refletir sobre a importância que as narrativas-reais ou ficcionais-têm para a história humana, bem como discutir os conceitos de ficção e arque texto de Houston na construção do enredo. Além disso, mostrar a relevância da vigilância na manutenção de uma sociedade civilizada. Por fim, demonstrar que se trata de uma metaficção historiográfica tal como pautou Hutcheon. Palavras-chave: FICÇÃO; ARQUE TEXTO; METAFICÇÃO HISTORIOGRÁFICA. Abstract Humanity always was envolved with stories or with histories which were about different matters. There a lot of them that talk about, for instance, war, human behavior during a time of armed conflicts. The romance Lord of the flies, written by William Golding, tells the story of a group of boys abandoned in na island during the Second World War ant their fight to survive by themselves. The objective of this article is to reflect about the importance that the narratives-real or fictional-have for the human history. It also intents to discuss the concept of fiction and arquetext of Houston in the construction of the plot. Besides, the article will show the relevance of vigilance in order to keep a civilized society. At last, it will demonstrate that this romance can be considered a historiograph metafiction as pointed by Hutcheon. A humanidade sempre esteve envolta em histórias-factuais ou literárias-que versavam sobre assuntos diversos, não são poucas as histórias que tratam, por exemplo, da guerra e do comportamento humano durante períodos de conflito armado. O romance Senhor das moscas, escrito por William Golding, conta a história de um grupo de meninos que acaba abandonado em uma ilha durante a Segunda Guerra Mundial, diante do abandono e da crença de que seja necessário um tipo de organização social, há alguns personagens que se destacam como Ralph, Jack, Simon e Porquinho, eles representam diferentes pontos de vista sobre as necessidades básicas de uma sociedade como a deles. A maneira como o ser humano é retratado neste livro causa um impacto considerável, pois os personagens são adolescentes e crianças inglesas que, além da pouca idade, são indivíduos pertencentes a uma nação que se orgulha de sua organização e comportamento civilizado, mas mesmo assim acabam agindo como selvagens, chegando ao ponto de assassinarem dois membros do grupo. Não se pode deixar de notar que há
" O preparo do Pregador e da sua Mensagem "
Um esboço de regras práticas sobre a pregação INTRODUÇÃO: Pregar o evangelho é o serviço mais elevado no mundo, e portanto não é tão fácil exercê-lo fielmente como muitos pensam. Este esboço não é destinado ao fim de resolver, nem abordar todos os assuntos, mas simplesmente apresentar vários aspectos que o pregador deve lembrar cada vez que prepara e faz uma pregação. E ninguém pode dizer que já alcançou perfeição nesta parte, pois nem o pregador mais experiente vai pensar que não há mais lugar para aperfeiçoar no seu modo de preparar e expor a preciosa palavra de Deus. Este esboço se divide em quatro partes: (1) O preparo espiritual do pregador, (2) A preparação da mensagem, (3) A apresentação da mensagem, e (4) Um resumo de conselhos gerias.
MISSÕES, EVANGELISMO E O DESAFIO DA COMPREENSÃO DA IGREJA
O presente artigo trata de algumas dificuldades de cunho cultural e teológico que através dos anos assolam a igreja evangélica brasileira na área de missões. Destaca principalmente o problema da falta do conceito bíblico de "missões e evangelismo", bem como da necessidade da interpretação e prática na atualidade.