Cenários de desmatamento para a Amazônia (original) (raw)

Cenários e modelos de desmatamento para a Amazônia

uma história sobre o futuro formulada em palavras, números e/ou mapas, apresentando desenvolvimentos plausíveis em condições críticas de incerteza. Técnicas de formulação e análise de cenários são utilizadas em situações em que os fatores que influenciam o futuro – como escolhas e – transformações políticas, progressos tecnológicos mudanças nos padrões de consumo – são altamente incertos, incontroláveis ou insuficientemente conhecidos. Normalmente, apresentam-se cenários em grupos, cada um dos quais correspondendo a um conjunto internamente consistente de suposições sobre o desenvolvimento futuro das principais incertezas e dos demais fatores relevantes associados. Eles podem ser classificados de diferentes formas conforme a abordagem: qualitativos e/ou quantitativos; exploratórios e/ou normativos; participativos ou formulados por especialistas; multiescala ou não. Nas últimas décadas, diversos estudos têm sido publicados sobre o futuro da Amazônia, na maior parte baseados em modelos quantitativos e considerando fatores de natureza frequentemente limitada. Neste texto, apresentamos uma revisão teórica sobre abordagens de cenários, seguida de um panorama dos cenários e modelos desenvolvidos para a Amazônia, buscando associar as abordagens empregadas aos resultados obtidos. Discutimos sobre como fatores regionais, nacionais e globais têm sido considerados sob diferentes abordagens e sobre os desafios dessas ferramentas no complexo contexto socioeconômico e político da Amazônia do século XXI.

Modelagem Dinâmica Do Desmatamento Na Amazônia

Boletim de Ciências …, 2008

RESUMO Modelos dinâmicos baseados no paradigma de autômatos celulares surgem como uma alternativa viável para a análise do rápido crescimento das taxas de desmatamento na Amazônia. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo simular o desmatamento na ...

Consequências do desmatamento da Amazônia

2010

54 SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL BIODIVERSIDADE FLORESTA ACUADA PELO BOI www.sciam.com.br SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL 55 Floresta tropical enfrenta múltiplas ameaças que poderão devastá-la ainda neste século se medidas efi cientes não forem adotadas rapidamente POR PHILIP M. FEARNSIDE © DANIEL BELTRA E ntender a história do desmatamento na Amazônia é essencial para prever o futuro desse processo sob diferentes cenários e identifi car medidas efi cazes para seu controle, evitando os piores impactos. O dito famoso de George Santayana, "Quem não se lembra do passado está condenado a repeti-lo" -não poderia ser mais adequado para o caso do desmatamento na Amazônia.

Modelagem Dinâmica Do Desmatamento No Sul Da Amazônia Ocidental

Boletim de Geografia

O estado de Rondônia é, dentre aqueles que compõem a região da Amazônia Ocidental, o que apresentou a maior área desmatada. Isso ocorreu devido à opção do Estado Nacional pela propriedade privada da terra e pela expansão capitalista, em detrimento da conservação e das formas tradicionais de uso. Desse modo, o objetivo desse estudo é realizar a modelagem dinâmica do desmatamento, de 2015 a 2050, no estado de Rondônia. As metodologias empregadas foram a modelagem ambiental e a tomada de decisão com base no Sistema de Informação Geográfica (SIG). A modelagem dinâmica dos desmatamentos foi elaborada por meio da utilização do software DINAMICA EGO. Os resultados revelaram que o avanço do desmatamento, até 2015, ocupou 37,68% da área do estado de Rondônia e atingirá 54,87%, até 2050. Além disso, o desmatamento será maior em áreas próximas à malha viária, às manchas urbanas e às áreas já desmatadas. Em contrapartida, a conservação da vegetação se tornará mais expressiva junto às áreas espe...

Efeitos Da Mudança De Escala Em Padrões De Desmatamento Na Amazônia

A floresta tropical Amazônica tem sido substituída por outros tipos de cobertura e usos da terra como pastos, diferentes tipos de culturas agrícolas, garimpo, exploração madeireira e assentamentos de reforma agrária. Vários estudos tê, sido realizados para monitoramento da floresta e para a análise da dinâmica da paisagem, os quais são fundamentais para o entendimento do processo de ocupação da Amazônia. Assim, este trabalho tem como objetivo analisar a sensibilidade de algumas métricas da paisagem em relação à variação do tamanho das células associadas aos padrões de desmatamento e, também, aos diferentes tipos de ocupação humana. Os tamanhos testados de células foram de 25 km, 40 km, 50 km, 60 km e 70 km. Neste estudo, dados de desmatamento do Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite (PRODES) foram utilizados e nove métricas, que medem parâmetros da estrutura da paisagem foram avaliadas. Os resultados demonstraram que as métricas MPFD, AWMPFD, MSI e AWMSI são independentes da variação do tamanho das células e as métricas ED, MPAR, MPS e PSSD conseguem discriminar os tipos de padrões de desmatamento analisados. Os resultados obtidos neste trabalho podem subsidiar a escolha adequada do tamanho da grade celular em estudos de análise da paisagem que relacionam padrões de desmatamento com os diferentes processos e estágios de ocupação nas regiões de fronteira agropecuária da Amazônia Legal.

Modelagem Do Desmatamento Na Região Do Matopiba

Nativa, 2018

A maior parte do desmatamento de vegetação nativa na região MATOPIBA (MAranhão, TOcantins, Piauí e BAhia) está relacionada à expansão das atividades de produção de commodities agrícola. O monitoramento do desmatamento com o uso de dados de sensoriamento remoto e técnicas de geoprocessamento, associados ao desenvolvimento de modelagem espacialmente explícita podem contribuir para melhor compreensão das variáveis relacionadas ao desmatamento, permitindo também a simulação de prováveis trajetórias futuras deste fenômeno. Na presente pesquisa, foram construídos e simulados três cenários (tendencial, otimista e pessimista) de desmatamento para a região MATOPIBA entre 2011 e 2050 com base no desmatamento observado em 2002, 2008 e 2010. Os resultados dos cenários simulados indicam um aumento de 10,3, 15,3 e 15,9 milhões de hectares de desmatamento de vegetação nativa entre 2011 e 2050 na área de estudo assumindo os cenários otimista, tendencial e pessimista, respectivamente. Isto aumentari...

O destino das áreas de endemismo da Amazônia

Megadiversidade, 1919

Amazonia is the largest and most diverse of the tropical forest wilderness areas. Recent compilations indicate at least 40,000 plant species, 427 mammals, 1294 birds, 378 reptiles, 427 amphibians, and around 3,000 fishes. Not homogeneous in its plant and animal communities, it is an archipelago of distinct areas of endemism separated by the major rivers. Biogeographic studies of terrestrial vertebrates have identified eight such areas in the Brazilian Amazon: Tapajós, Xingú, and Belém (all in Brazil); Rondônia (mostly in Brazil); and portions of Napo, Imeri, Guiana, and Inambari. They range in size from more than 1.7 million km² (Guiana) to 199, 211 km² (Belém). Forest loss in each ranges from 2% to 13% of their area, except for Xingu (nearly 27% lost), and Belém (now only about one-third of its forest remains). Napo, Imeri, and Guiana have >40% of their lands in protected areas, Inambari, Rondônia, Tapajós, and Xingu between 20% and 40%, and Belém <20%. Strictly protected areas in each, however, are limited-from 0.28% to 11.7%. Areas of endemism should be the basic geographic unit for the creation of conservation corridors of contiguous protected areas, providing broad connectivity on both margins and the interior of areas of endemism. The aim is to build a conservation system that is large and resilient enough to circumvent global changes, accommodate improved living standards for local populations, conserve biodiversity, and safeguard the ecological services forests and rivers provide. Elected leaders are now realizing that the traditional economy based on cattle ranching and logging is unsustainable. Deforestation proceeds apace, but the Federal Government is implementing the Protected Areas Program for Amazonia, which seeks to protect 50 million ha, and a number of state governments are now active in creating protected areas and incorporating appropriate conservation measures in their development plans.

Desmatamento na Amazônia: Dinâmica, impactos e controle

2006

O desmatamento na Amazônia procede a um alto ritmo por várias razões, muitas das quais dependem de decisões do governo. O desmatamento leva à perda de serviços ambientais, que têm um valor maior que os usos pouco sustentáveis que substituem a floresta. Estes serviços incluem a manutenção da biodiversidade, da ciclagem de água e dos estoques de carbono que evitam o agravamento do efeito estufa. Retroalimentações entre as mudanças climáticas e a floresta, por meio de processos tais como os incêndios florestais, a mortalidade de árvores por seca e calor e a liberação de estoques de carbono no solo, representam ameaças para o clima, a floresta e a população brasileira. Eventos recentes indicam que o desmatamento pode ser controlado, tendo a vontade política, pois os processos subjacentes dependem de decisões humanas.