Literacias cívicas e críticas: refletir e praticar (original) (raw)
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Literacias, cidadania e democracia: um caminho comum
Revista Comunicação Pública, 2022
Associada na mesma instituição, concluiu o Doutoramento Europeu em Ciências da Comunicação (financiamento pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia) com uma tese sobre a receção da atualidade informativa pelos públicos infantojuvenis. A par da atividade
Literacia: Um caminho para a cidadania
Civitas, no étimo da palavra cidadania, traz uma reflexão sobre direitos e deveres daquele que vive num determinado espaço geográfico e tem, responsabilidades perante esse estatuto.
Ler É Um Ato Político: Multiletramentos Em Contexto De Censura Literária
2020
Resumo: O presente texto analisa o papel dos memes enquanto potencia critica de oposicao as acoes do atual Prefeito da cidade do Rio de Janeiro durante a Bienal do Livro de 2019 e aos defensores de movimentos conservadores em relacao a leitura e ao contexto social mais amplo. Foram movimentos de censura a livros considerados inapropriados para publico infanto-juvenil, por trazerem consigo questoes que pudesse estar vinculadas a debates sobre genero e sexualidade. No que tange aos movimentos que considero conservadores e retrogrados em termos de conquistas no campo social e educacional, tomo o exemplo do Projeto Escola sem Partido (EsP) como uma destas acoes que recebem apoio de diversos setores sociais e, dentre outras pautas, ja trazem consigo a interdicao de tais discussoes nos espacos educacionais. A partir das discussoes, entendo que o movimento #CrivellaCorreAqui e toda a producao imagetica que o envolveu e emblematico quando se pensa as reacoes dos internautas e como as redes ...
Repolítica. Literacia, novos media e cidadania
Comunicando, 2013
Este artigo analisa como a literacia dos novos media pode contribuir para a escolha cidadã nos períodos eleitorais e de como os sites do poder legislativo ajudam, ou não, a formar uma opinião sólida sobre os políticos que, futuramente, tentarão a reeleição. No último tópico analisamos brevemente o projeto Repolítica, um site de iniciativa popular que constrói a partir da escolha coletiva dos seus usuários o perfil dos políticos brasileiros.
Literacia e consciência histórica
Educar em Revista, 2006
A ideia de literacia histórica - enquanto conjunto de competências de interpretação e compreensão do passado - surge associada à proposta de desenvolvimento da consciência histórica, tal como defende Peter Lee. Esta necessidade de orientação temporal exige identificações múltiplas, a várias escalas (do local ao global), e a consideração de pontos de vista diversificados, apresentados quer por historiadores quer por outras fontes para a História. Assumindo a relevância desta problemática para a formação da consciência histórica, é pertinente interrogarmo-nos acerca de como desenvolvem os alunos universitários (futuros professores de História) as suas competências de literacia histórica. No âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino da História, no 4º ano da Licenciatura em Ensino de História (Universidade do Minho), explorararam-se as seguintes questões de investigação: 1) Que critérios utilizam os futuros professores de História quando decidem entre versões históricas diferentes?...
Literacia Digital e a Participação Cívica
2021
O presente artigo explora os conceitos de cidadania digital e de literacia para os media, mais concretamente de literacia digital considerando o meio Internet, procurando relacioná-los e compreender como a cidadania digital usa a Web em termos cívicos. Partimos de definições genéricas de cidadania, enfatizando a sua dimensão cívica, e de literacia para a caracterização da literacia digital e definição de indicadores mensuráveis da mesma. Estes indicadores são relacionados com o uso da Web pelos/as utilizadores/as comuns que caracterizamos como cidadãos/ãs digitais dado que recorrem à Web para exercer os seus direitos e responsabilidades. Foram obtidas 186 respostas válidas a questionários aplicados presencialmente a uma amostra de conveniência. Os/as utilizadores/as inquiridos/as cumpriam os pré-requisitos de serem utilizadores/as da Web e possuir um perfil na rede social Facebook. Os resultados mostram que, não obstante os elevados níveis de literacia digital das pessoas inquiridas...
A literatura como fonte de reflexão crítica do direito
2016
O objetivo do artigo e abordar a relacao Direito e Literatura, tendo em vista o crescente interesse pelo tema, uma vez que a comunidade juridica tomou ciencia de que o estudo dessa relacao possibilita ao aplicador do Direito novos ângulos de avaliacao e possibilidades de contextualizacao, as aproximacoes e distanciamentos entre as duas areas (Direito e Literatura) e a intersecao entre elas. A pesquisa correspondente foi operacionalizada atraves da revisao bibliografica de obras especificas no campo do Direito e Literatura. Hodiernamente, podemos observar a iminente falencia do positivismo juridico, enquanto unica proposta para pensar o direito, por outro lado, notamos a crescente adesao da interdisciplinaridade, no que diz respeito a novas formas de abordagens metodologicas sobre a origem e natureza do direito. Em outras palavras, e notavel o advento de um novo paradigma de novas formas de conhecer e ensinar o Direito. Na essencia, a ideia e conferir ao Direito um olhar inovador, po...
Crítica Literária: Algumas Reflexões Intempestivas 1
RESUMO: O texto discute alguns aspectos da crítica literária na contemporaneidade brasileira, com especial atenção para as alterações que se produziram, nas últimas décadas, no seu escopo e função. PALAVRAS-CHAVE: crítica literária; cultura brasileira; teoria literária. Gostaria de começar estas reflexões com algumas perguntas que me fiz e ainda me faço, com mais frequência, com o passar dos anos. Ou seja, gostaria de começar pela exposição de algumas angústias que foram tomando corpo ao longo do tempo, até que me conduziram ao relativo impasse em que hoje me encontro-que, entre-tanto, não julgo ser algo apenas pessoal, mas de caráter amplo. Essas questões, creio, se apresentam desde sempre a quem pretenda dedicar-se com seriedade à crítica literária. Nos últimos 30 anos, porém, parece cada vez mais difícil de encontrar uma boa resposta, que satisfaça a premência das perguntas. A primeira delas é: para que escrever crítica literária? A segunda, correlata, é: para quem escrever, quem...
Literatura, crítica literária e politização dos direitos humanos
2019
Hoje, a defesa dos direitos humanos, em todos os campos do saber, inclusive o da literatura, é um dos aspectos mais importantes para fortalecer as lutas na-cionais e transnacionais contra as injustiças. Todavia, a história recente já mos-trou a necessidade de uma problematização do uso e abuso desses direitos em diferentes contextos de "aplicação". A adoção da categoria de direitos humanos é realmente uma arma eficaz para desmascarar e lutar contra todas as formas de abusos e injustiças e, ao mesmo tempo, para reconhecer as responsabilidades, nomear os responsáveis e enfrentar politicamente as situações de discriminação, opressão e dominação hegemônica?
ADVOCACIA, ÉTICA E CIDADANIA: TÓPICOS PARA REFLEXÃO
1. A razão de ser do Direito: O direito moderno surge historicamente (Revolução Francesa) com o objetivo de ser um instrumento de proteção do fraco contra o forte. A ordem jurídica é vista como o elemento capaz de colocar limites ao exercício arbitrário da força por parte daqueles que detém o poder (político, físico, econômico, etc.). Essa é, inclusive, uma das razões históricas apresentadas para justificar a necessidade do estado democrático de Direito. Já o direito contemporâneo surge com o nascimento do estado social (início do século XX), tendo como objetivo proteger não mais apenas os direitos individuais, mas também os direitos coletivos (e hoje também os direitos difusos). Nesse sentido pode-se afirmar que o Direito busca (ou deve buscar) a concretização da justiça. No confronto entre o forte e o fraco (individual ou coletivo), a sua inexistência seria a continuada vitória do primeiro, através da imposição arbitrária da sua vontade. A idéia da chamada igualdade proporcional, segundo a qual tratar com igualdade é tratar desigualmente os desiguais, caminha exatamente nesse sentido. No conflito entre o forte e o fraco, o Direito existe para garantir aquele que, na sua ausência, não teria possibilidades de alcançar uma decisão justa para o problema que enfrenta. Lembrar as razões históricas pelas quais surge o Direito que se tem hoje é lembrar também o seu compromisso com o resgate da dignidade humana e com a cidadania. No entanto a prática profissional da advocacia tem esquecido isso. Tranformaram-se os advogados, regra geral,